“Ide vós também para a minha vinha”
18 de Setembro
XXV DOMINGO COMUM
LEITURAS: 1ª: Is 55,6-9.
Salmo 145,2-3.8-9.17-18. R/ O Senhor está perto de quantos o invocam.
2ª: Fl 1,20c-24.27a.
Evangelho: Mt 20,1-16a.
I Semana do Saltério.
Chamo a atenção para o diálogo entre Deus e nós estabelecido nas palavras da 1ª Leitura, que destaco : «Procurai o Senhor enquanto se pode encontrar, invocai-o enquanto está perto… Converta-se ao Senhor que terá compaixão dele. [converta-se] ao nosso Deus, que é generoso em perdoar.»
O Salmo responsorial prolonga isto em oração (era dele, o refrão do Salmo, no Domingo passado): «O Senhor é clemente e compassivo, paciente e cheio de bondade.
O Senhor é bom para com todos e a sua misericórdia se estende a todas as criaturas.
… O Senhor está perto de quantos o invocam, de quantos o invocam em verdade.»
Um Deus assim deve mover-nos a amá-lo e a servi-lo por amor. A isso nos convida Jesus, com a parábola dos convidados para a vinha. Ele/Deus, na pessoa do proprietário, chama nas várias horas do dia, como quem diz, nas várias fases da vida, e acolhe todas as respostas como igualmente meritórias, se dadas no amor e na disponibilidade.
Por isso, no fim retribui a todos por igual, sem a nossa lógica do mérito e do salário igual para trabalho igual. Como se tivéssemos qualquer direito diante dele, dá a todos o “ajustado”; mas, como tudo é gratuito, acaba por parecer mais generoso com os que trabalharam menos.
Esta é a lição da parábola, respondendo à pergunta de Pedro em Mt 19, 27b-28: «Nós deixamos tudo e seguimos-te. Qual será a nossa recompensa?»
Jesus sintetiza a resposta: «Assim, os últimos serão os primeiros e os primeiros serão os últimos» (Evangelho).
Se os salários não fossem “de fome”, todos trabalhariam com mais gosto e teriam mais empenho em salvar as empresas – e os patrões, que disso dependem. E acabariam os salários escandalosos, porque imerecidos. E “a crise”, talvez, mais depressa.
«Abri, Senhor, os nossos corações, para aceitarmos a palavra do vosso Filho» (estrofe do Aleluia).
A†Ω
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