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"Cristo: Resposta às dores da família"
As famílias devem ser sinal do amor de Deus para o mundo
Como Deus amou profundamente a humanidade e se entregou por ela, assim também deve ser o amor entre os esposos. "A família é um dom de Deus, um lugar onde eu me oferto por amor ao outro", destacou o fundador e moderador geral da Comunidade Católica Shalom, Moysés Azevedo. E acrescentou: "Pelo matrimônio, mostramos que queremos ser sinal, testemunho do amor de Deus para a humanidade". Ele proferiu a palestra "Cristo: resposta às dores da família" no Congresso das Famílias.
O amor entre os esposos deve ser semelhante à forma como Deus ama seu povo, segundo Moysés. Ele destacou que Deus assumiu sua união com o homem de forma suprema e irreversível através do mistério da encarnação e da paixão e morte de cruz. "O altíssimo se tornou carne da nossa carne. O divino se humanizou".
Moysés disse ainda que, quando Jesus fala sobre o ministério do casamento, aponta que os casais se tornarão carne da mesma carne. "O sim que o homem dá à mulher e a mulher dá ao homem é um sim recíproco que não pode ser revogado. É um sinal de como Deus se une a cada um de nós de forma irreversível".
O matrimônio também não é um meio de buscar a própria realização, mas uma forma de ser reflexo do amor divino.
DORES DA FAMÍLIA
"Onde nascem as dores da família?", perguntou Moysés em um dos pontos principais de sua pregação.Segundo ele, quatro são os motivos para a infelicidade e as dores das famílias: tirar Deus do centro da família, o aviltamento do amor humano, fechar-se à doação da vida e isolar-se.
Colocar no centro da família os esposos ou os filhos e a busca pelo dinheiro podem destruir a família. "Quer amar seu esposo, seus filhos de forma intensa? Coloque Deus no centro da sua família e do seu coração. Quantos filhos feridos, mimados, inseguros por amores desordenados e superprotetores?", questionou.
Não entender que a humanidade tem vocação para o amor também é outra forma de se distanciar da graça de Deus.
"O homem se torna semelhante a Deus na medida em que ama. Nós somos vocacionados para o amor na nossa essência", disse. No entanto, Moysés lembrou que o amor não pode ser confundido com egoísmo, com prazer ou com a busca de si mesmo, mas deve ser sim a expressão da doação ao outro. "O amor humano não pode existir se subtrair a cruz", completou.
Durante a pregação, outro ponto de destaque foi a geração de filhos. "Deus não priva o mundo da sua fecundidade. O casal não pode fechar-se à fecundidade", disse. Ele acrescentou que "evitar sistematicamente filhos sem fundamentos é uma negação da vocação do matrimônio" e destacou que os filhos são capazes de renovar a vida da família.
O isolamento da família da vida da comunidade também a fragiliza. A família cristãs, de acordo com Moysés, deve se abrir ao outro, sacrificar-se pelos pobres e ser fecunda aos dons e às vocações.
Moysés Azevedo -
Fonte: Comunidade Shalom
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