Como seus amores são belos,minha irmã, noiva minha. Seus amores são melhores do que o vinho, e mais fino que os outros aromas é o odor dos teus perfumes. Por isso Eu quero consumir meus dias, no seu amor! ══════ ღೋ♡✿♡ღೋ═══════

Ani Ledodi Vedodi Li


Mais do que qualquer outro motivo, esta é a razão pela qual quero fazer deste blog um caminho para amarmos mais a Deus, por isso seu nome: “Ani Ledodi Vedodi Li”

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Deus o Abençõe !

E que possas crescer com nossas postagens.

É algo louvável esconder o segredo dos Reis; mas há glória em publicar as obras de Deus!

A Igreja não tem pressa, porque ela possui a Eternidade. E se todas as outras instituições morrem nesta Terra, a Santa Igreja continua no Céu.

Não existem nem tempos nem lugares sem escolhas.

E eu sei quanto resisto a escolher-te.

"Quando sacralizamos alguém essa pessoa permanece viva para sempre!"

Sacralize cada instante de tua vida amando o Amado e no Amado os amados de Deus !


Pe.Emílio Carlos

segunda-feira, 26 de setembro de 2011




A verdadeira justiça e fé são encontradas em Jesus

Evangelho: Mateus (Mt 21, 28-32)

Naquele tempo, Jesus disse aos sacerdotes e anciãos do povo: 28"Que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Dirigindo-se ao primeiro, ele disse: 'Filho, vai trabalhar hoje na vinha!' 29O filho respondeu: 'Não quero'. Mas depois mudou de opinião e foi. 30O pai dirigiu-se ao outro filho e disse a mesma coisa. Este respondeu: 'Sim, senhor, eu vou'. Mas não foi. 31Qual dos dois fez a vontade do pai?" Os sumos sacerdotes e os anciãos do povo responderam: "O primeiro". Então Jesus lhes disse: "Em verdade vos digo, que os publicanos e as prostitutas vos precedem no Reino de Deus. 32Porque João veio até vós, num caminho de justiça, e vós não acreditastes nele. Ao contrário, os publicanos e as prostitutas creram nele. Vós, porém, mesmo vendo isso, não vos arrependestes para crer nele". Palavra da Salvação!

Comentando :


Quem é contra a justiça do Reino?

A parábola dos dois filhos só se encontra no Evangelho de Mateus. Esse dado é importante, pois o evangelista tirou lá do fundo do baú (cf. 13,52) coisas antigas, mas também coisas “novas”, a fim de dar ao seu escrito uma dimensão especial. As parábolas exclusivas de Mateus são as coisas novas que ele reservou para o momento certo, querendo com isso sublinhar a idéia básica que percorre todo o evangelho. Essa idéia básica é o tema da justiça do Reino, como já tivemos oportunidade de ver nos comentários ao evangelho dos domingos anteriores.

Jesus está em Jerusalém e, mais exatamente, no templo, centro do poder político, econômico e ideológico daquela época. É aí que ele conta três parábolas, sendo a primeira delas a “parábola dos dois filhos” (as outras duas vão aparecer nos próximos domingos). Trata-se de parábolas de confronto e de conflito entre o Mestre da Justiça e os promotores da sociedade injusta, representados, na parábola de hoje, pelos chefes dos sacerdotes (poder religioso-ideológico) e anciãos do povo (poder econômico).

a. Quem é quem diante da justiça do Reino (vv. 28-30)

A parábola é muito simples. Jesus se dirige, de forma provocadora, às lideranças político-econômicas e religiosas do tempo, perguntando: “O que vocês acham disso?” A parábola, portanto, é uma provocação de Jesus aos que servem de suporte a uma sociedade injusta. Ao responderem à parábola, eles serão forçados a se posicionar e, conseqüentemente, acabam emitindo a própria sentença.

A parábola fala de dois filhos com atitudes contrastantes: o filho mais velho é muito impulsivo e reage com um “não quero” quando o pai lhe pede que vá trabalhar na vinha. A seguir, pensa melhor e volta atrás: “depois, arrependeu-se e foi”. O filho mais novo é cheio de etiquetas, incapaz de responder impulsivamente: “Sim, senhor, eu vou”, mas acaba não indo trabalhar na vinha.

O filho mais velho representa os pecadores e os marginalizados que aceitam a mensagem de Jesus e se comprometem com a proposta da justiça do Reino. O próprio evangelista Mateus está entre essas categorias sociais, pois era cobrador de impostos. As prostitutas e os cobradores de impostos constituíam os grupos sociais mais detestados pelas elites religiosas e políticas do tempo de Jesus. Os donos do saber e da religião haviam decretado que essas categorias de pessoas não teriam parte no mundo futuro – exatamente o contrário de tudo o que Jesus ensinou. Cobradores de impostos e prostitutas, portanto, são a síntese da marginalidade, considerados pecadores públicos.

O filho mais novo recorda as “pessoas de bem”, maquiladas de religiosidade e “justiça” – prontas a se escandalizar e se levantar em defesa de suposta verdade, mas presas fáceis do dinheiro (os anciãos eram latifundiários) e crentes de que estavam cumprindo a vontade de Deus. Desde o começo do Evangelho de Mateus, os chefes dos sacerdotes estão ao lado de Herodes, que pretende matar Jesus (cf. 2,3-4). Herodes morreu em seguida, mas os chefes dos sacerdotes e os anciãos do povo, membros do sinédrio, serão os responsáveis diretos pela morte do Mestre da Justiça.

Notemos ainda duas coisas: 1) No Antigo Testamento, Israel inteiro era considerado filho de Deus. No tempo de Jesus, todavia, as elites haviam determinado que pobres, analfabetos, cobradores de impostos, prostitutas e outras categorias de marginalizados deveriam ser considerados “malditos de Deus”, portanto, excluídos do povo. 2) O pai pede que os filhos vão hoje trabalhar na vinha. Esse “hoje” não é um dia apenas. É o período que vai do início da atividade libertadora de Jesus, anunciada por João Batista, até a construção aqui na terra da justiça que instaura o Reino no meio de nós. Os marginalizados deram ouvidos e se comprometeram. O mesmo não se pode dizer das elites. Isso nos mostra que ser filho obediente do Pai não é questão de palavras, mas de gestos libertadores, à semelhança da prática de Jesus.

b. Uns entram no Reino, outros não (vv. 31-32)

Depois de contar a parábola, Jesus pergunta aos chefes dos sacerdotes e anciãos do povo: “Qual dos dois fez a vontade do Pai?”. Por trás dessa pergunta ressoam as primeiras palavras que traçam o programa de Jesus segundo o Evangelho de Mateus: “Devemos cumprir toda a justiça” (3,15). A vontade do Pai está expressa na prática do Filho. Os que se comprometem com ele se comprometem também com o projeto de sociedade nova por ele trazido. Jesus confirma, a seguir, a sentença que as elites inconscientemente deram a si próprias: “Pois eu lhes asseguro que os cobradores de impostos e as prostitutas vão entrar antes de vocês no reino do céu. Porque João veio até vocês para mostrar o caminho da justiça, e vocês não creram nele. Os cobradores de impostos e as prostitutas creram nele” (vv. 31b-32a). Segundo os estudiosos, a expressão “entrar antes” é um modo de afirmar a exclusão. Não é que os cobradores de impostos e as prostitutas entram antes e os outros entram depois. Afirma, isso, sim, que os primeiros entram e os segundos ficam fora. E isso está de acordo com a parábola, pois o filho mais novo diz sim e acaba não indo trabalhar na vinha. Ressoa mais uma vez a afirmação de 5,20: “Se a justiça de vocês não superar a dos doutores da Lei e fariseus, vocês não entrarão no reino do céu”.

Por que há pessoas que não entram no reino do céu? Porque não se sensibilizaram diante de João Batista nem com a adesão dos cobradores de impostos e prostitutas e, pior ainda, procuram sufocar o caminho da justiça, matando Jesus. Grave alerta para todos nós que nos julgamos seguidores de Jesus. Há muita gente por aí que, embora não freqüente igrejas e não se diga cristã, tem um sentido e uma prática de justiça muito mais acurados que os nossos. Exatamente como no tempo de Jesus. O sentido da justiça se encontrava precisamente naqueles que nada tinham a ver com a religião. Esta é grave previsão de futuro: encontrar o sentido da justiça longe das igrejas e das entidades religiosas, entre os discípulos anônimos do Mestre da Justiça. Por quê? Porque eles descobriram no hoje da nossa História a urgência da justiça que, por si só, já os faz participantes do Reino.

Eles vos precederão no Reino de Deus

As três parábolas lidas nos evangelho deste e dos dois domingos seguintes, tratam de um único tema: a rejeição do povo judeu que não quis escutar Jesus, e a sua substituição pelos pagãos.

Ninguém é marginalizado por Deus

A parábola dos dois filhos justifica a posição do Cristo diante dos “desprezados”, esta nova categoria de pobres. Cristo dirige a parábola aos sumos sacerdotes e anciãos, como faz, com outra do mesmo teor, aos fariseus (fariseu e publicano: Lc 18,9); replica a todos os que se escandalizam com sua predileção pelos pecadores, dizendo-lhes que estes estão mais próximos da salvação do que os que se consideram justos; entra em casa de Zaqueu, que durante anos usurpou os vencimentos de todos, deixa que uma prostituta lhe lave os pés, protege a adúltera contra os “puros” que a queriam apedrejar.

Sua vida deixa a Deus a possibilidade de manifestar-se como verdadeiramente é. Estas situações revelam, no fundo, a liberdade de Deus. A parábola se dirige, pois, aos que se fecham para a Boa-nova, aos que não querem reconhecer a identidade de Deus em nome da própria justiça e se consideram pagos por sua própria suficiência.

As prostitutas haviam dito “não”

A fidelidade a Deus e a justiça não se julgam pelo dizer “sim” ou pela vinha que se possui (figura da pertença racial ao povo eleito!), mas pelos fatos. Trata-se de eliminar as discriminações sociais que a tradição hebraica elaborou. O que importa não é agir como a tradição ensina. É necessário ter coragem de sujar as mãos e de se arriscar na busca de novos valores mais próximos da liberdade, do amor, da felicidade do homem. É pelas obras que se julga a pertença. “Nem todo que me diz: Senhor, Senhor, entrará no reino dos céus” (Mt 7, 21). As palavras, as ideologias podem enganar, podem ser uma ilusão. Descobre-se a verdade do homem por suas obras. Elas não dão margem a equívocos. Só então o homem mostra o que é. Compreendemos então aquela palavra de Jesus, que provoca escândalos aos ouvidos dos que se pretendem bons: “Em verdade vos digo: os publicanos e as prostitutas vos precederão no reino de Deus”. Oficialmente, conforme as categorias religiosas e os critérios morais exteriores da época, eles tinham dito “não”, mas de fato o que importa é sua profunda disponibilidade: a vontade de cumprir, não com palavras, mas com fatos, as obras de penitências.

Deus não decidiu, um dado momento da história, rejeitar Israel e adotar as nações pagãs. Foi o comportamento perante o Messias que os fez perder o papel que desempenhavam na ordem da mediação. O modo como viviam o seu “sim” à Lei os levou a dizer “não” ao evangelho.

Para além das práticas

Existe ainda uma concepção exterior e quantitativa da religiosidade dos grupos e das pessoas (como se só fosse possível medir a religiosidade pela pertença sociológica ou a presença a certas práticas religiosas facilmente verificáveis: missa, sacramentos, orações, devoções, esmolas...) Contribuem para provocar este equívoco certas pesquisas sócio-religiosas que codificam convencionalmente uma escala de religiosidade e de pertença eclesial que, se de certo ponto de vista obriga a abrir os olhos para situações penosas, de outro está bem longe de esgotar o complexo fenômeno da religiosidade, tanto de grupo como individual.

Para além da prática e da pertença exterior e jurídica, existe uma presença e um evidente influxo cristão e evangélico em camadas de populações aparentemente marginais e alheias.

A religião, como é vivida pelos cristãos, apresenta diversos níveis e modalidades de experiência. Pode ser vivida como uma soma de práticas, de devoções, de ritos, como fins em si mesmos; como uma visão do mundo e das coisas; como um critério de juízo sobre pessoas, valores, acontecimentos. Pode manifestar-se como código moral e norma de ação ou como integração fé-vida, isto é, como síntese no plano do juízo e da ação, entre a mensagem do evangelho e as exigências e os esforços da própria vida pessoal e comunitária.

O cristão opera a integração fé-vida. Isto é, o “sim” de sua fé se torna o “sim” de sua vida; a palavra e a confissão dos lábios se tornam ação e gesto das mãos. Assim, a discriminação entre o “sim” e o “não” não passa través das práticas e da observância das leis, mas através da vida.


A



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