Como seus amores são belos,minha irmã, noiva minha. Seus amores são melhores do que o vinho, e mais fino que os outros aromas é o odor dos teus perfumes. Por isso Eu quero consumir meus dias, no seu amor! ══════ ღೋ♡✿♡ღೋ═══════

Ani Ledodi Vedodi Li


Mais do que qualquer outro motivo, esta é a razão pela qual quero fazer deste blog um caminho para amarmos mais a Deus, por isso seu nome: “Ani Ledodi Vedodi Li”

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Deus o Abençõe !

E que possas crescer com nossas postagens.

É algo louvável esconder o segredo dos Reis; mas há glória em publicar as obras de Deus!

A Igreja não tem pressa, porque ela possui a Eternidade. E se todas as outras instituições morrem nesta Terra, a Santa Igreja continua no Céu.

Não existem nem tempos nem lugares sem escolhas.

E eu sei quanto resisto a escolher-te.

"Quando sacralizamos alguém essa pessoa permanece viva para sempre!"

Sacralize cada instante de tua vida amando o Amado e no Amado os amados de Deus !


Pe.Emílio Carlos

sábado, 28 de julho de 2012


17º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO B
29 DE JULHO DE 2012

 “Vós abris a mão e sacias todo o ser vivo com fartura” (Sl 144,16)
 
Leituras:
Segundo Livro dos Reis 4, 42-44;
Salmo 144 (145);
Carta de São Paulo aos Efésios 4, 1-6;
João 6, 1-15. (Multiplicação dos pães).

COR LITÚRGICA: VERDE

Nesta Eucaristia, onde celebramos a multiplicação dos pães, Jesus se manifesta em todas as pessoas que se comprometem em combater a fome do povo. Comendo o pão à mesa do Senhor realiza-se para nossa comunidade aqui reunida o milagre da multiplicação, ao mesmo tempo em que somos chamados em missão para vencer a fome do mundo. Acolhemos Jesus como aquele que se põe a serviço e nos ensina o caminho que leva ao Pai.

1. Situando-nos brevemente

Interrompendo a sequência do Evangelho de Marcos, a liturgia nos propõe, nos próximos cinco domingos, o capitulo sexto (6) de João: a multiplicação dos pães e o discurso sobre o Pão da Vida.

A multiplicação dos pães concentra um simbolismo muito forte, revolucionário, e caracteriza sobremaneira a identidade dos cristãos. Não é apenas uma imagem da Eucaristia, mas revela a intimidade do Reino anunciado e aponta para o banquete messiânico, no final dos tempos, quando todos serão saciados e a morte, vencida.

Este é o verdadeiro sentido da missão de Jesus, que sente as necessidades do povo e o alimenta com a Palavra e o pão partilhado. O pão é abençoado porque é um presente e alimento de Deus para todos os viventes. Repartir o pão com os pobres significa entrar e viver na dinâmica do Reino. Repartir o pão é participar na comunhão do corpo e sangue do Senhor, entregues para a vida do mundo. É o segredo maior do Reino, por isso, nada pode ser perdido, mas recolhido e sempre multiplicado.

O memorial da páscoa do Senhor implica nessa memória da partilha e na profunda solidariedade com todos os que passam fome e são rejeitados e expatriados.

Celebrar a Eucaristia no contexto da multiplicação dos pães é contestar o sistema de acumulação que domina o mundo e coloca milhões na miséria.

2. Recordando a Palavra

A multiplicação dos pães, quarto sinal do Evangelho de João, é o centro dos sete sinais que simbolizam a ação de Jesus.

Jesus passa para a outra margem do lago, isto é, para outra chave de ver e entender o mundo, e aí estabelecer um novo modo de viver e compreender o sentido da criação, lugar de Deus na história e no relacionamento humano. Sinais da novidade do Reino.

Jesus se encontra na Galileia, marcada pela escravidão, região dos trabalhadores pobres, mantida por latifundiários que moram na corte de Herodes. A Páscoa dos judeus está próxima, bem como o sonho de liberdade e pão. O povo decide não ir a Jerusalém, mas seguir Jesus. Gesto novo e revolucionário. Liberta-se, assim, do poder explorador concentrado no Templo de Jerusalém.

E Jesus se torna verdadeiro libertador que conduz à Páscoa autêntica. É o novo Moisés, sobe ao monte e é rodeado por muita gente que deseja escutá-lo. O povo vinha de longe, atraído pela fama e pelo fascínio dos sinais. Jesus aproveita esses momentos para ensinar a partilha, característica fundamental de seu projeto. Começa interpelando os discípulos sobre como solucionar o problema da fome. Logicamente, no sistema do império e na política do Templo, nunca haverá comida e pão para todos. Os discípulos atestam isso.

E então a primeira leitura adquire sentido e prepara para entendermos proposta de Jesus. Pão de cevada era comida modesta, de pobres ou gente simples, e o único alimento que tinham para partilhar naquele momento.

Jesus não dá esmola, mas ensina as pessoas a repartir o que têm, mesmo que sejam cinco pães e dois peixes. Há uma grande diferença entre dar esmola e o ato de repartir. A solidariedade e o partilhar geram irmandade, trazem alegria. A esmola e o paternalismo podem produzir desigualdade, descontentamento, divisão e humilhação.

Jesus revela, faz sensível e encarna a bondade e a generosidade de Deus. O povo come enquanto precisa e ainda sobram doze cestos. Doze é numero simbólico que, às vezes, se refere à organização do Povo. Mas o que se torna claro é que não se deve desperdiçar o dom de Deus.

A primeira leitura lembra a atividade profética de Eliseu no Reino do Norte. No seu tempo, muitos pobres, para sobreviverem, submetiam-se a dívidas com os latifundiários, vendendo seu trabalho por nada. Eliseu, homem de Deus, ensina o povo a se organizar para sair de tal situação. A libertação não é um favor, mas presente generoso de Deus.

A multiplicação dos pães sacia cem pessoas com vinte pãezinhos de cevada, lembrando a fartura do maná, no tempo de Moisés. Embora à primeira vista pareça não ser suficiente para tanta gente, quando partilhado, satisfaz a todos e ainda sobra.

Fartura, abundância e alimento à vontade são frutos da partilha, que é sinal da realização do projeto de Deus, da chegada do tempo messiânico que se realiza em Jesus Cristo.

O Salmo 144 (145) respira a aliança de Javé com o rei, representante do povo, na defesa e no cultivo da justiça para todos. O povo que tem Javé como Deus é feliz. Javé é um guerreiro poderoso, aliado do rei na defesa do povo. Ele é Senhor do universo e da história. Ocupa-se com o ser humano e coloca a sua atenção sobre o povo da aliança.

As leituras bíblicas deste domingo se completam no salmo, que mostram quem é o Deus de Jesus Cristo, aliado dos pobres, mensageiros da boa nova da partilha e da vida para todos.

Por isso, em comunhão com o povo explorado pelos poderosos louvamos a fidelidade de Deus, traduzida em suas obras amorosas. Ele ampara, endireita, dá alimento, estende a mão e sacia. Ele ama os que estão encurvados, os que caem, os oprimidos.

A segunda leitura é uma exortação à unidade. Não são simples conselhos, mas exigências éticas que tem suas raízes no ser de Deus para os homens. Por isso, Paulo, na prisão, suplica aos efésios que vivam de acordo com a vocação a que foram chamados e se esforcem para manter a unidade, já que receberam um mesmo batismo. O reconhecimento da paternidade de Deus nos leva a admitir que os “demais” são nossos irmãos!

A unidade é a essência da Igreja: um corpo, um espírito, um Senhor, uma fé, um batismo, um Deus e Pai de todos. E, para manter essa unidade, é preciso humildade, paciência e suportar-se mutuamente na caridade. A humildade e a modéstia desempenham papel muito importante onde a unidade é ameaçada.

A mansidão, o espírito pacífico e a docilidade são comportamentos que distanciam toda espécie de rixa, evitam a agressividade e o sentimento de superioridade. A paciência é um sinal essencial do amor e torna possível a unidade e a paz. É o Espírito que cria e conserva a unidade.

A unidade da comunidade cristã, portanto, provém da união existente na Trindade que age na história para o bem e a felicidade de todos. Trabalhar a serviço da unidade dos cristãos é prolongar a ação da Trindade na história e na Igreja.

3. Atualizando a Palavra

Jesus saciou pessoas que tinham fome e se revelou o pão da vida eterna, levando em conta a situação concreta e real do dia a dia. O pão, a comida que Ele oferece não é o símbolo do pão sobrenatural. Nos desígnios do Pai, não é possível revelar o pão da vida eterna sem solidarizar-se com as realidades humanas.

O amor aos pobres, como o amor aos inimigos, é um teste e um testemunho por excelência da nossa caridade e doação. Reconhecer aos pobres o direito de receber o pão da vida significa engajar-se de corpo e alma nas exigências do amor, e, para o cristão, fazer acontecer uma “nova multiplicação dos pães”.

Se o povo passa fome não é tanto pela pobreza em si, mas pelo fechamento de quem não se importa com os demais. A partilha marcou profundamente as primeiras comunidades cristãs. Ao partir o pão, descobre-se a presença nova do Ressuscitado!

A salvação trazida por Jesus atinge nossa vida em todas as suas necessidades, em sua totalidade, e não deixa ninguém com fome. Por isso, a atuação e responsabilidade com as questões sociais, econômicas e políticas são sinais da salvação que Deus quer realizar, hoje, através de nós.

Ao multiplicar os pães, Jesus nos oferece critérios evangélicos fundamentais para vivermos a fraternidade, a partilha e a solidariedade. É repartindo e sendo solidários que realizamos o projeto de Jesus, o banquete de fartura e de alegria entre irmãos que se amam. O dinheiro, a terra, os bens ou servem para criar a fraternidade ou acabam dividindo e matando as pessoas.

Jesus ensina que a dinâmica do Reino é a arte de repartir. Somente o dinheiro do mundo não seria suficiente para comprar alimento necessário para os que estão passando fome... O problema não se soluciona comprando, mas repartindo.

A dinâmica do mundo capitalista é o dinheiro. A filosofia é que, sem dinheiro, nada se pode fazer. Tudo é convertido em moeda. No mundo capitalista, não há espaço para a gratuidade. Tudo tem seu preço! Esquecemos, contudo, de que a vida nos é dada por pura gratuidade de Deus.

4. Ligando a Palavra e a Eucaristia

Necessidade de força e de sentido para a vida, participamos da ceia do Senhor, onde se realiza entre nós a multiplicação dos pães.

Jesus, o Pão da vida, sacia a fome com a Palavra que nos revela o sentido da vida e com a ceia eucarística, sacramento da salvação, sinal e antecipação do banquete sem fim a que somos destinados e convocados.

Ele nos convida a termos compaixão das multidões famintas. Precisamos abrir as mãos e o coração para a partilha e a solidariedade, a fim de vencermos a fome e a miséria do mundo.

A eucaristia é o pão que sacia e plenifica o sonho de paz e fraternidade. É o alimento para conservar a vida. É o pão que nos dá força para superar as atribulações que existem e atormentam a vida. É segurança de que Deus nos ama e a certeza da ressurreição. É Deus-conosco e no meio dos pobres neste mundo.

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