Como seus amores são belos,minha irmã, noiva minha. Seus amores são melhores do que o vinho, e mais fino que os outros aromas é o odor dos teus perfumes. Por isso Eu quero consumir meus dias, no seu amor! ══════ ღೋ♡✿♡ღೋ═══════

Ani Ledodi Vedodi Li


Mais do que qualquer outro motivo, esta é a razão pela qual quero fazer deste blog um caminho para amarmos mais a Deus, por isso seu nome: “Ani Ledodi Vedodi Li”

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Deus o Abençõe !

E que possas crescer com nossas postagens.

É algo louvável esconder o segredo dos Reis; mas há glória em publicar as obras de Deus!

A Igreja não tem pressa, porque ela possui a Eternidade. E se todas as outras instituições morrem nesta Terra, a Santa Igreja continua no Céu.

Não existem nem tempos nem lugares sem escolhas.

E eu sei quanto resisto a escolher-te.

"Quando sacralizamos alguém essa pessoa permanece viva para sempre!"

Sacralize cada instante de tua vida amando o Amado e no Amado os amados de Deus !


Pe.Emílio Carlos

sábado, 7 de julho de 2012


14º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO B
08 DE JULHO DE 2012



“Senhor, tende piedade de nós! Estamos fartos do desprezo dos soberbos” (Sl 122,3-4)

Leituras: Ezequiel 2, 2-5; 
Salmo 122 (123); 
Segunda Carta São Paulo aos Coríntios 12, 7-10; 
Marcos 6, 1-6.

COR LITÚRGICA: VERDE

Reunidos para celebrar a páscoa semanal de Jesus, estamos testemunhando a nossa fé nas palavras de Jesus. Como Ele, procuramos ser profetas e manifestar Deus às pessoas de hoje, mesmo enfrentando dificuldades e sofrimentos. Que possamos realmente ser instrumentos vivos da missão da Igreja no mundo.

1. Situando-nos brevemente

A comunidade se reúne para celebrar a festa da vida que vence a morte, ouvindo a Palavra e repartindo o pão eucarístico. Ao celebrar a Eucaristia, oferecemos a Deus os frutos da semana e viemos nos reabastecer para seguir na missão. A liturgia é o “cume para onde converge toda a ação da Igreja e a fonte de onde emana toda a sua força” (SC n.10).

A Palavra de Deus toca na vocação, no chamado recebido pelos profetas, pelos apóstolos, pelos discípulos e por todos nós aqui reunidos, para sermos enviados na força do Espírito Santo.

Mais uma vez, somos convidados a passar da morte para a vida, a realizar a vontade do Pai e a fazer memória da páscoa do Senhor, que experimentou a rejeição do seu povo em sua terra natal, e ainda continua rejeitado em tantas pessoas marginalizadas e excluídas da vida social, mesmo em nossas comunidades.

2. Recordando a Palavra

Encontramos Jesus em sua terra natal, acompanhado pelos discípulos. Pela última vez, vai à sinagoga no sábado, conforme o costume do seu povo. Como adulto, tem o direito de usar da palavra e aproveita para ensinar. Há grande interesse em ouvi-lo. Muitos o imaginam todo-poderoso investido de poderes políticos especiais. Mas o conteúdo de sua fala causa perplexidade porque todos o conhecem como um simples homem, um carpinteiro, parente e familiar de seus vizinhos e amigos.

Jesus logo percebe o que baila em suas cabeças e declara com certa tristeza: “um profeta só é desprezado em sua terra”. Com esta afirmação, se apresenta como profeta, explicita a que veio e declara o sentido de sua missão. Proclama o alcance de sua vocação, pois foi enviado pelo Pai para visitar o mundo, trazer-nos a salvação e oferecer em plenitude a vida.

É contraditório que, no início da missão na Galileia, tenha sido aceito com entusiasmo pela multidão que ouvia a Boa Nova, sobretudo os pobres e doentes. Mas sofre rejeição em sua terra natal, por parte de seus familiares e vizinhos. Seus conterrâneos esperavam por um messias forte dominador e não podiam imaginá-lo simples carpinteiro e filho de Maria.

O que é extraordinário em Jesus-Messias é o fato de em nada ser diferente da pessoa humana comum: sua encarnação. O Filho de Deus se fez como qualquer um de nós, inseriu-se na história de seu povo, onde aprendeu e cresceu em humanidade.

A primeira leitura mostra que Deus sempre envia profetas para nos chamar à conversão, mesmo quando não queremos escutá-los. A atividade de Ezequiel pode ser situada entre 593-751 a.C., período de dificuldades e sofrimentos para o povo de Deus, exilado na Babilônia.

Em ambiente difícil e hostil, Ezequiel precisa manter a lucidez profética. Sua missão é dramática: está junto do povo, mas não para dizer palavras agradáveis. É chamado de “filho do homem”, o que significa que pertence à frágil raça humana. Ele nada mais é que um homem, um servo.

Ezequiel, caído prostrado como todo o povo exilado, recebe o espírito de profecia que o põe de pé e lhe permite discernir, em meio a situações difíceis e obscuras, o que Deus fala. Gostando ou não, deve ser porta-voz de Deus.

Profeta não é diplomata. Sua missão tem duplo sabor: experimenta a doçura do mel que brota da Palavra de Deus, mas esta mesma Palavra lhe causa amargura. Deve proclamá-la, sendo aceita ou não, oportuna ou importunamente, mesmo rejeitado.

Ser profeta é por em risco a própria vida. Para ele, não há elogios nem aplausos. O exílio não foi fruto do acaso, como não o é a miséria, a dependência e a opressão em que vive o povo hoje. O sofrimento de muitos era responsabilidade da elite que também se encontrava na Babilônia: a “nação de rebeldes, filhos de cabeça dura e coração de pedra”. Ela se torna surda aos apelos que Deus faz por meio de Ezequiel. Mesmo sem ser ouvido, o profeta é um sinal de que Deus não abandona seu povo.

O Salmo 122 (123), expressão do povo farto do sofrimento e do desprezo, é um poema de confiança íntima, terna, profunda e cheia de humildade em Deus. É a oração do servidor esmagado e humilhado pelo sarcasmo dos arrogantes e pelo desprezo dos soberbos, mas cujos olhos se fixam nas mãos de Deus, junto do qual sabe que encontrará piedade. É a oração dos peregrinos em marcha para a pátria definitiva e que, no meio das inseguranças da vida, levantam os olhos para Deus que habita nos céus, para o Senhor que é sua esperança, sua luz e sua glória.

A segunda leitura mostra quem ampara o discípulo de Jesus em sua missão. Paulo experimenta um “espinho na carne”; conflitos que acompanham quem segue Jesus; resistências que encontra dentro e ao redor de si mesmo. E, ainda dentro, a pessoa se sente repleta de fraqueza e de necessidades. Por outro lado, há os conflitos que vêm de fora: “fraquezas, injúrias, perseguições e angústias sofridas por amor de Cristo”.

“A você, basta a minha graça”. Nasce, assim, uma espiritualidade do conflito, uma mística que descobre Deus não no sucesso, mas justamente no aparente fracasso de pessoas e projetos, pois o próprio Deus se manifestou vitorioso no suposto fracasso de Jesus na cruz. É uma presença que é graça, força, dinamismo. “Quando sou fraco, então é que sou forte”, porque o que o ampara na missão é a graça de Deus.

3. Atualizando a Palavra

Jesus foi rejeitado porque se apresentou como um trabalhador que cresceu em Nazaré ao lado de parentes, amigos e conhecidos. Seus conterrâneos não descobriram nele nada de extraordinário que o identificasse com o Messias de Deus. Mas o extraordinário esta justamente aí: no fato de não ter nada que possa diferir da condição humana comum.

O Filho de Deus se fez como qualquer um de nós. Muitos afirmam que não creem porque não vêem. Os conterrâneos de Jesus não crêem justamente porque vêem Jesus trabalhador, o filho de Maria, um homem que vem de Nazaré, lugarejo insignificante.

O escândalo da encarnação continua sendo um espinho atravessado na garganta de muitos cristãos de boa vontade. Isto faz pensar no desafio que é a encarnação do Evangelho na realidade do povo.

A Palavra de Deus nos faz um apelo: não depositar nossa confiança nos grandes. Também não precisamos ter medo de nossa pequenez e fraqueza. Na trajetória de Jesus, o maior fracasso se transforma em vitória e ressurreição. Junto a Ele, há lugar para os fracos. Em Cristo, somos fortes.

Jesus fica admirado com a falta de fé das pessoas de sua terra, as quais não acreditam que Deus possa falar através de pessoas simples. A Palavra de Deus se reveste de roupagem humana e vem a nós com auxílio da história e de pessoas frágeis, enviadas por Ele.

A fraqueza humana dos enviados por Deus cria um espaço de liberdade; quem ouve pode decidir a favor ou contra. Às vezes, gostaríamos que Deus se revelasse mediante atos maravilhosos e, assim, evitaríamos o trabalho de discernir quando e por meio de quem Deus se revela.

Jesus se fez servo e, por isso, entra em choque com os que preferem o privilegio e o poder. A encarnação continua nos questionando e nos empurrando para a missão junto aos marginalizados e enfraquecidos.

Neste ano de eleições municipais, é preciso saber distinguir os poderosos que se revestem de aparente humildade para manipular e enganar o povo, em proveito próprio. É muito comum, também entre nós, considerar o poderoso como único capaz de realizar algo pelo povo.

O Documento de Puebla nos fala do “potencial evangelizador dos pobres”. O que podem nos dizer os pobres, os deficientes de nossos pais? Aceitamos a revelação de Deus vinda na fraqueza de nossos irmãos e irmãs, na simplicidade do dia a dia?

4. Ligando a Palavra e a Eucaristia

Jesus de Nazaré foi motivo de escândalo para os que o viram só com olhos humanos. Para quem não quer crer, Ele nada revela. Mas a nós, aqui reunidos na fé, Ele se revela em toda sua profundidade. Ele é tão grande que supera toda expectativa, a ponto de estar no meio de nós como alimento e bebida. Para quem não crê, isto não deixa de ser um escândalo.

A Palavra de Deus nos convida a renovar nossa adesão a Jesus, consagrando-o mais generosamente à causa do Reino. Essa nossa profissão de fé nos levar a confirmar que seguimos aqueles que foi rejeitado por ser trabalhador, filho de Maria, uma pessoa comum de seu tempo, vindo de uma aldeia e, por isso, motivo de desprezo e rejeição.

Movidos por essa fé, reunimo-nos em assembléia onde, pela sua Palavra, Jesus nos leva a assumir nossa evidente fragilidade, sem precisar mascará-la com falsa grandeza, e a buscar em sua graça a nossa força. Hoje, particularmente, nossas preces precisam expressar essa realidade.

Acima de qualquer expectativa humana, o Senhor manifesta sua grandeza na singeleza do pão e do vinho, frutos da terra e do nosso trabalho. Na simplicidade da partilha, Ele nos confirma no seu caminho. É em nossa fraqueza que Deus continua manifestando sua força.

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