Como seus amores são belos,minha irmã, noiva minha. Seus amores são melhores do que o vinho, e mais fino que os outros aromas é o odor dos teus perfumes. Por isso Eu quero consumir meus dias, no seu amor! ══════ ღೋ♡✿♡ღೋ═══════

Ani Ledodi Vedodi Li


Mais do que qualquer outro motivo, esta é a razão pela qual quero fazer deste blog um caminho para amarmos mais a Deus, por isso seu nome: “Ani Ledodi Vedodi Li”

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Deus o Abençõe !

E que possas crescer com nossas postagens.

É algo louvável esconder o segredo dos Reis; mas há glória em publicar as obras de Deus!

A Igreja não tem pressa, porque ela possui a Eternidade. E se todas as outras instituições morrem nesta Terra, a Santa Igreja continua no Céu.

Não existem nem tempos nem lugares sem escolhas.

E eu sei quanto resisto a escolher-te.

"Quando sacralizamos alguém essa pessoa permanece viva para sempre!"

Sacralize cada instante de tua vida amando o Amado e no Amado os amados de Deus !


Pe.Emílio Carlos

quinta-feira, 12 de julho de 2012


15º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO B
15 DE JULHO DE 2012















“Amor e fidelidade se encontram, justiça e paz se abraçam” (Sl 84,11)
Leituras: Amós 7, 12-15; 
Salmo 84 (85); 
Carta de São Paulo aos Efésios 1, 3-14; 
Marcos 6, 7-13.

COR LITÚRGICA: VERDE

Nesta celebração Deus nos chama, assim como no passado chamou os apóstolos e nos diz: “vai profetizar”, vai anunciar, com palavras e atitudes, caminhos de vida verdadeira e plena para todos. Caminhos de vida eterna, aqueles que nos conduzem à plenitude de vida que Cristo nos trouxe.

1. Situando-nos brevemente

Convocados e reunidos pela bondade do Senhor, aqui estamos com o coração em festa para celebrar a nossa Páscoa semanal. Alegres e abertos aos apelos para a missão, fazemos memória de Jesus, o missionário do Pai.

Um dia, Ele chamou e enviou apóstolos para junto do povo, necessitado de saúde, de paz, de conforto e de um sentido para a vida. Hoje, nos confia a continuidade dessa missão. Sentimos e vivemos a sua Páscoa na vida das pessoas que se entregam à causa dos pequenos e dos pobres.

Na celebração litúrgica, o Senhor nos fortalece e nos ajuda a recuperar a alegria e o entusiasmo de nossa consagração a serviço do Reino. Nos desígnios do Pai, fomos feitos filhos seus e herdeiros desse Reino. Os filhos e os herdeiros têm o direito e a responsabilidade de serem os continuadores e amigos do projeto divino.

2. Recordando a Palavra

No Evangelho de Marcos, como caminho de iniciação cristã, descobrimos, passo a passo, quem é Jesus e como ser seu amigo, parceiro e discípulo. Como apóstolos, somos convocados, batizados e iluminados, para sermos enviados. O convite de Deus sempre implica num envio. Somos cristãos não para enfeitar a Igreja, nem para granjear honrarias, mas para a missão e o compromisso.

Depois de rejeitado em Nazaré, sua terra (Evangelho do domingo passado), Jesus chama os discípulos e começa a enviá-los em missão, dois a dois, com o poder de expulsar os espíritos maus e de curar os doentes. Mas impõe algumas condições:

1.      Ir dois a dois, isto é, de mãos dadas, abraçados com a vida sonhada por Deus para todos, em harmonia e bom entendimento. O segredo é a ajuda mútua entre as pessoas que evangelizam. Havia o costume judaico de não viajar sozinho e, aqui, simboliza também a dimensão comunitária da missão.

2.      Levar um cajado e ter sandálias nos pés significa estar disposto para uma longa caminhada. Cajado é símbolo do caminheiro do deserto, apoio nas estradas tortuosas e perigosas e identidade do servidor. “Sandálias nos pés” significa desprendimento e atitude de colocar-se a serviço sem reservas.

3.      Levar só o necessário, evitar aparências, ser pobre para ser livre e apresentar-se pobre e sem poder. O supérfluo pesa e atrapalha a missão. O passo do peregrino do Evangelho se caracteriza pela leveza e rapidez.

4.   Contentar-se com a hospitalidade do caminho. Hospitalidade não está no conforto de uma residência, mas na Igreja e na paz experimentadas, frutos da Palavra partilhada. Na verdade, simboliza o exercício da missão com gratuidade, sem esperar recompensas e muito menos pagamentos. Com desapego às coisas que passam e inteiro despojamento de si mesmo. Para tanto, ter cuidado com a “poeira” dos que não aceitam o Evangelho. Não impor seus ideais e ideologias, mas comunicar os ensinamentos do Senhor com liberdade e sem medo das possíveis recusas. Nunca impor o Evangelho, pois é mais coerente com o jeito de Deus respeitar a liberdade e a opção religiosas das pessoas.

“Convertam-se e creiam no Evangelho”! Nisso está o ensinamento básico, tanto na boca de Jesus como na missão dos apóstolos. O desafio é desempenhar a missão no modo de Jesus na pedagogia dele, que veio curar e consolar. Não são discursos, mas sinais concretos: expulsar demônios, curar e libertar. Numa palavra: destruir tudo o que oprime, escraviza, rebaixa e exclui as pessoas. Abrir-se para todas as possibilidades de vida feliz e abundante para todos.

Os discípulos expulsaram “espíritos imundos e muitos demônios” e curaram vários enfermos. Espíritos imundos são todas as forças do mal, as forças que provocam doenças, que suscitam maus sentimentos e que originam opressões, violências e injustiças. Dessa forma, os Doze foram adquirindo autonomia e confiança em si mesmo, e tomaram mais consciência de que eram capazes de realizar as mesmas coisas que Jesus realizava. O enviado não escolhe a própria direção; age em nome de quem o enviou.

A leitura do Primeiro Testamento está em um contexto de crescente desigualdade entre ricos e pobres. Ricos cada vez mais ricos à custa dos pobres, sempre mais pobres. Há uma manipulação do rei à religião e ao culto. Amós, simples vaqueiro e cultivador de sicômoros, é escolhido por Deus para falar como profeta numa terra que não era sua. Ele era do sul e foi enviado a profetizar no norte. Sua palavra contesta o rei e a própria religião oficial, que encobre os desmandos dos poderosos. Foi logo rejeitado, expulso e intimado a voltar para sua região de origem, Judá.

Amós, profeta e escritor, profetiza mais ou menos em 760 a.C., no tempo de Jeroboão, rei de Israel no norte (783-743 a.C) que criou santuários em Betel e Dã. Nos santuários, colocou bezerros de ouro, Betel passou a ser “santuário do rei”. A denúncia e a inconformidade do profeta provêm de Deus para defender a vida do povo.

Deus garante que o povo lhe pertence. Ninguém poderá, mesmo em nome da religião, manipular, explorar e oprimir seu povo. Tal convicção encoraja e fortalece o profeta diante das grandes dificuldades que a missão lhe impõe.

Essa consciência política e religiosa de Amós o fará não temer os poderosos, nem fugir do compromisso profético diante da herança de Deus esmagada: o seu povo, o povo da aliança, vocacionado à liberdade, à terra e a dignidade da vida.

O Salmo 84 (85) é uma súplica coletiva. A sua compilação é posterior à volta do exílio da Babilônia. Ocupa-se com o povo reunido clamando por restauração e salvação. “A salvação está próxima e a glória de Deus vai habitar outra vez a terra. O universo inteiro vai participar de uma grande coreografia. É a dança da vida que está por começar. Já se formam os pares: Amor e Fidelidade, Justiça e Paz, Fidelidade e Justiça” (José Bortolini, Conhecer e Rezar os Salmos. Paulus. São Paulo, 2001 p.353).

O Salmo atesta que Deus está ligado à terra, símbolo da vida. Entre Ele e a terra há um diálogo aberto e uma troca de bens. Javé dá a chuva, e a terra dá alimento ao povo, e o povo, por sua vez, festeja com Deus, oferecendo os primeiros frutos produzidos pela terra. Hoje, cantamos o salmo à luz do mistério de Cristo.

Ouviremos partes da carta aos Efésios nos próximos sete domingos. Hoje em (1,3-14), encontramos um hino de benção e louvor, síntese de toda a carta. Bento XVI reafirma que é uma anáfora litúrgica, exaltando o desígnio de Deus, realizado nas pessoas por meio de Cristo.

A “benção” é uma característica da oração judaica. O israelita medita o dia todo nas intervenções de Deus em favor do seu povo. Recorda com muita alegria os benefícios por Ele concedidos e lhe rende graças, pronunciando uma “benção”.

Deus, antes da criação do mundo, pensou em nós. E, movido por seu imenso amor, não se limitou em nos dar a vida. Idealizou um plano de salvação para toda a humanidade. Decidiu que todos os homens formassem uma só pessoa com Cristo, que recebessem a sua vida divina e fossem introduzidos na sua intimidade. Deste modo, poderão ser eternamente felizes com Ele. A humanidade não está destinada à ruína e à destruição, mas à felicidade sem fim.

A bênção de Deus é considerada como eleição, libertação, recapitulação, herança prometida, dom do Espírito, presença da Páscoa de Cristo, nossa vida e ressurreição.

3. Atualizando a Palavra

A Palavra de Deus indica que o seguimento acontece no cotidiano: no trabalho comunitário, realizado em mutirão, no desprendimento e na disponibilidade. O anúncio alegre da Boa Nova deve envolver toda a pessoa, não como simples funcionário, mas como profeta, em meio a tantos conflitos e situações de injustiça e exploração do povo simples.

Fomos chamados para uma missão que não escolhemos, mas fomos escolhidos antes da criação do mundo para sermos enviados como servidores do povo. Escolha é graça e, por outro lado, traz exigências, como a recusa de privilégio social e econômico; um desprendimento pessoal.

A vivência religiosa tem conseqüência social, política e econômica. Esta foi a postura de Jesus. O Evangelho que propõe leva-nos a fazer política, segundo o interesse do amor, da fraternidade e da justiça.

Fomos marcados por Cristo e com o Espírito Santo, para uma ação transformadora. O compromisso é fazer com que a situação de injustiça se converta numa sociedade de irmãos. Jesus sempre chamou à conversão que implica na modificação integral de nossa maneira de viver e agir.

4. Ligando a Palavra e a Eucaristia

A mesa da Palavra conduz a assembléia à mesa eucarística, local da partilha do pão e da missão; introduz-nos mais na intimidade com o nosso Deus. Jesus, com clareza, recomenda o afastamento dos “espíritos imundos”, a fim de atendermos à vocação à santidade e à sintonia com o Reino de Deus.

E, por isso, na oração sobre as oferendas, suplicamos ao Pai que as acolha e que faça “crescer em santidade os fiéis que participam” do sacrifício celebrado. Essa oração completa o pedido inicial, contido na oração do dia: “Pai, dai a todos os que professam a fé, rejeitar o que não convém ao cristão e abraçar tudo o que é digno deste nome”.

Alimentados pela Palavra e pelo Corpo e Sangue do Senhor, somos convidados à mesa da caridade, ao encontro com nossos irmãos e irmãs, e a sermos, junto a eles, testemunhas de tudo que celebramos. Para isso, recebemos a bênção e somos enviados: ”Ide profetizar”.

A assembleia eucarística é lugar privilegiado da salvação, cuja, força vem da Palavra acolhida em nosso coração e do Espírito que nos faz, com Cristo, uma oferenda agradável a Deus. E o profetismo também se manifesta na perseverança e na radicalidade com que vivemos o nosso testemunho cotidiano.

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