25º Domingo do Tempo Comum - Ano C
Os discípulos devem usar os bens deste mundo, não como um fim em si
mesmo.
A liturgia sugere-nos, hoje, uma
reflexão sobre o lugar que o dinheiro e os outros bens materiais devem assumir
na nossa vida. De acordo com a Palavra de Deus que nos é proposta, os
discípulos de Jesus devem evitar que a ganância ou o desejo imoderado do lucro
manipulem as suas vidas e condicionem as suas opções; em contrapartida, são
convidados a procurar os valores do “Reino”.
Na primeira leitura, o
profeta Amós denuncia os comerciantes sem escrúpulos, preocupados em ampliar
sempre mais as suas riquezas, que apenas pensam em explorar a miséria e o
sofrimento dos pobres. Amós avisa: Deus não está do lado de quem, por causa da
obsessão do lucro, escraviza os irmãos. A exploração e a injustiça não passam
em claro aos olhos de Deus.
O Evangelho apresenta a
parábola do administrador astuto. Nela, Jesus oferece aos discípulos o exemplo
de um homem que percebeu como os bens deste mundo eram caducos e precários e
que os usou para assegurar valores mais duradouros e consistentes… Jesus avisa
os seus discípulos para fazerem o mesmo.
Na segunda leitura, o
autor da Primeira Carta a Timóteo convida os crentes a fazerem do seu diálogo
com Deus uma oração universal, onde caibam as preocupações e as angústias de
todos os nossos irmãos, sem exceção. O tema não se liga, diretamente, com a
questão da riqueza (que é o tema fundamental da liturgia deste domingo); mas o
convite a não ficar fechado em si próprio e a preocupar-se com as dores e
esperanças de todos os irmãos, situa-nos no mesmo campo: o discípulo é
convidado a sair do seu egoísmo para assumir os valores duradouros do amor, da
partilha, da fraternidade.
LEITURA I – Am 8,4-7
Amós, o “profeta da justiça
social”, exerceu o seu ministério profético no reino do Norte (Israel) em
meados do séc. VIII a.C., durante o reinado de Jeroboão II. É uma época de
prosperidade econômica e de tranquilidade política: as conquistas de Jeroboão II
alargaram consideravelmente os limites do reino e permitiram a entrada de
tributos dos povos vencidos; o comércio e a indústria (mineira e têxtil)
desenvolveram-se significativamente… As construções da burguesia urbana
atingiram um luxo e magnificência até então desconhecidos.
A prosperidade e o bem-estar das
classes favorecidas contrastavam, porém, com a miséria das classes baixas. O
sistema de distribuição estava nas mãos de comerciantes sem escrúpulos que,
aproveitando o bem-estar econômico, especulavam com os preços. Com o aumento
dos preços dos bens essenciais, as famílias de menores recursos endividavam-se
e acabavam por se ver espoliadas das suas terras em favor dos grandes
latifundiários. A classe dirigente, rica e poderosa, dominava os tribunais e
subornava os juízes, impedindo que o tribunal fizesse justiça aos mais pobres e
defendesse os direitos dos menos poderosos.
É neste contexto que aparece o
profeta Amós. Natural de Técua (uma pequena aldeia situada no deserto de Judá),
Amós não é profeta profissional; mas, chamado por Deus, deixa a sua terra e
parte para o reino vizinho para gritar à classe dirigente a sua denúncia
profética. A rudeza do seu discurso, aliada à integridade e afoiteza da sua fé,
traz algo do ambiente duro do deserto e contrasta com a indolência e o luxo da
sociedade israelita da época.
O oráculo que nos é proposto é
uma denúncia das atividades desses que “espezinham o pobre” e querem “eliminar
os humildes da terra”. Quem são, em concreto, esses que o profeta denuncia?
Trata-se de comerciantes sem
escrúpulos, dominados pelo espírito do lucro, em cujos olhos só brilham
cifrões. Eles compram aos agricultores os produtos da terra a preços irrisórios
e revendem-nos aos pobres a preços exorbitantes, especulando com as necessidades
dos humildes; roubam os clientes pobres, usando pesos, medidas e balanças
falsas; aldrabam a qualidade dos produtos, misturando as cascas com o trigo;
nos dias de sábado e de lua nova (dias sagrados, em que as atividades
lucrativas eram suspensas), em lugar de se preocuparem com o louvor de Deus,
eles estão ansiosos por recomeçarem os seus negócios de especulação e de
exploração do pobre, a fim de aumentarem os seus lucros.
Que é que Deus tem a ver com
isto? Tudo isto configura uma violação grosseira dos mandamentos da aliança.
Jahwéh não está disposto a ser cúmplice da injustiça e da exploração do pobre.
Qualquer crime cometido contra os pobres é um crime contra Deus… Por isso, Amós
anuncia que Deus não esquece (quer dizer, não deixa passar em claro) este
comportamento; ora, dizer que Deus não esquece significa que Deus vai intervir
e acabar com a exploração e a injustiça. A fórmula solene de juramento (“o
Senhor jura pelo orgulho de Jacob” – vers. 7) exprime o caráter irrevogável da
decisão de Deus.
ATUALIZAÇÃO
Para refletir, considerar as
seguintes questões:
• Os esquemas de exploração
descritos por Amós não são uma infeliz recordação de um passado que não volta;
pelo contrário, trata-se de uma realidade que os pobres dos nossos dias conhecem
bem… A única coisa que é diferente é a sofisticação das técnicas utilizadas
pelos maníacos do lucro. De resto, especula-se com bens de primeira
necessidade, que as multinacionais vendem a preços exorbitantes (basta pensar
naquilo que se passa em relação a certos medicamentos, indispensáveis para
combater certas doenças e que são vendidos a peso de ouro aos países do quarto
mundo); basta pensar na publicidade, que gera necessidades nos pobres, que lhes
promete paraísos ilusórios, que os leva a endividarem-se até porem em causa o
seu futuro; basta pensar nos produtos adulterados, impróprios, que são
introduzidos pelos especuladores na cadeia alimentar e que põem em causa a
saúde pública e a vida das pessoas…
• Amós garante: Deus não esquece
este quadro e não pactua com quem explora as necessidades dos outros, a
miséria, o sofrimento, a ignorância. Na realidade, o nosso Deus não suporta a
injustiça e a opressão. Ele não está do lado dos opressores, mas dos oprimidos;
e qualquer crime contra o irmão é um crime contra Deus. Se há entre os cristãos
quem explora estes esquemas desumanos de lucro, quem oprime e explora os pobres
(embora ao domingo vá à missa, faça parte do conselho econômico da paróquia e
dê quantias significativas para as obras da Igreja), convém que tenha isto em
conta.
• Que podemos fazer para
denunciar estes esquemas desumanos? Hoje fala-se cada vez mais em boicotar os
produtos de certas multinacionais que se distinguem pelo seu envolvimento em
questões injustas… Não será um caminho possível? Somos sensíveis a estas
questões e estaremos dispostos a dar o nosso contributo? A Igreja não devia ter
uma voz clara e firme (tão clara e tão firme como a que usa para denunciar
outras situações, nem sempre tão graves) para gritar aos homens que a exploração
e o lucro desmedido não fazem parte do projeto de Deus?
SALMO RESPONSORIAL – Salmo 112 (113)
Refrão 1: Louvai o Senhor, que
levanta os fracos.
Refrão 2: Louvai o Senhor, que
exalta os humildes.
Refrão 3: Aleluia.
Louvai, servos do Senhor,
louvai o nome do Senhor.
Bendito seja o nome do Senhor,
agora e para sempre.
O Senhor domina sobre todos os
povos,
a sua glória está acima dos céus.
Quem se compara ao Senhor nosso
Deus, que tem o seu trono nas alturas
e Se inclina lá do alto a olhar o
céu e a terra.
Levanta do pó o indigente
e tira o pobre da miséria,
para o fazer sentar com os
grandes,
com os grandes do seu povo.
LEITURA II – 1 Tim 2,1-8
Continuamos a ler a Primeira
Carta a Timóteo. Recordamos aquilo que já dissemos no passado domingo: este
Timóteo, nascido em Listra, de pai grego e de mãe judeo-cristã, é um
companheiro inseparável de Paulo, a quem Paulo confiou importantes missões e a
quem encarregou da responsabilidade pastoral das Igrejas da Ásia Menor. Segundo
a tradição, foi o primeiro bispo da comunidade cristã de Éfeso.
Esta carta – já o dissemos,
também, no passado domingo – dificilmente provirá de Paulo (a linguagem, o
estilo, a teologia sugerem que este texto está longe de Paulo; além disso, há
um fator mais decisivo: esta carta apresenta um modelo de organização da Igreja
que é, claramente, posterior a Paulo); no entanto, apresenta-se como escrita
por Paulo a Timóteo, instruindo-o acerca da forma de organizar a comunidade
cristã e a vida cristã dos fiéis.
Nos versículos que hoje nos são
propostos, o autor da carta dá a Timóteo normas sobre a oração litúrgica.
Começa com um convite a rezar por todos os homens (vers. 1), particularmente
pelos que estão investidos de autoridade: deles depende o bem-estar social e a
paz, condições necessárias para que os cristãos possam viver com tranquilidade,
na fidelidade à sua fé (vers. 2).
De resto, a oração dos cristãos
deve ser universal, pois é universal a proposta da salvação que Deus oferece:
todos – judeus e gregos, escravos e livres, homens e mulheres, maus e bons –
são convidados por Deus a fazer parte da comunidade da salvação (vers. 3-4).
Duas razões apoiam este universalismo: a unicidade de Deus, criador de todos e
a mediação universal de Cristo, que derramou o seu sangue por todos… A
propósito, o autor da carta insere uma fórmula (vers. 5-6a) que parece
reproduzir uma confissão de fé, em uso na comunidade primitiva, e que proclama
essas verdades (há um só Deus, e Cristo – o único mediador entre Deus e os
homens – trouxe, pela sua morte, a redenção a todos).
Dando-Se em redenção por todos,
Jesus deu testemunho do projeto de salvação que Deus tem e que se destina a
todos os homens; e Paulo sente que foi escolhido por Deus para continuar a
anunciar aos homens esse testemunho que Jesus deu (vers. 6b-7).
O texto termina com um apelo a
que esta oração universal se faça em todo o lugar onde o Evangelho é anunciado,
“erguendo para o céu as mãos santas, sem cólera nem disputa” (vers. 8) – o que
pode fazer referência a uma condição que, na perspectiva de Jesus, era
necessária para rezar: estar em paz com todos, estar verdadeiramente
reconciliado com os irmãos (“se fores apresentar uma oferta sobre o altar e ali
te recordares de que o teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa lá a tua
oferta diante do altar e vai, primeiro, reconciliar-te com o teu irmão; depois
volta, para apresentar a tua oferta” – Mt 5,23-24).
ATUALIZAÇÃO
A reflexão e partilha podem
fazer-se a partir das seguintes linhas:
• O autor da Primeira Carta a
Timóteo deixa claro que a oração não pode ser a expressão de uma vida vivida em
“circuito fechado”, em que o crente apresenta a Deus, exclusivamente, os seus
problemas, as suas questões, os seus desejos, os seus pedidos, e em que,
eventualmente, lembra a Deus aqueles que lhe são próximos; mas a oração tem de
ser a expressão da comunhão e da solidariedade do crente com todos os irmãos
espalhados pelo mundo inteiro – conhecidos e desconhecidos, amigos e inimigos,
bons e maus, negros e brancos… Todo o crente, no seu diálogo com Deus, tem de
deixar transparecer a ilimitada capacidade de amar e de ser solidário com todos
os homens. É assim a nossa oração?
• A oração só faz sentido se for
a expressão de uma vida de comunhão – comunhão com Deus e comunhão com os
irmãos. Portanto, não é impossível rezar e, ao mesmo tempo, cultivar
sentimentos de ódio, de intolerância, de racismo, de divisão. Como me situo
face a isto?
• Também fica claro, neste texto,
que a salvação não é monopólio ou privilégio de alguns, mas um dom universal
que Deus oferece a todos os homens, sem exceção. Esta universalidade acentua a
nossa ligação a todos os homens, a nossa solidariedade com todos. Sinto-me,
verdadeiramente, irmão de todos, responsável por todos? As dores e as
esperanças de todos os homens – mesmo aqueles que eu nunca vi – são as minhas
dores e esperanças?
ALELUIA – 2 Cor 8,9
Aleluia. Aleluia
Jesus Cristo, sendo rico, fez-Se
pobre,
para nos enriquecer na sua
pobreza.
EVANGELHO – Lc 16,1-13
O Evangelho que nos é proposto
apresenta-nos mais um passo do “caminho para Jerusalém”. Desta vez, Jesus não
Se dirige aos fariseus, mas aos discípulos e, através deles, aos crentes de
todos os tempos… Com uma história que apresenta contornos de caso real, tirado
da vida, Jesus instrui os discípulos acerca da forma como se hão-de situar face
aos bens deste mundo.
A mensagem essencial aqui
apresentada gira, portanto, à volta da sábia utilização dos bens deste mundo:
eles devem servir para garantir outros bens, mais duradouros.
Na primeira parte do nosso texto
(vers. 1-9) apresenta-se a parábola de um administrador sagaz. A parábola
conta-nos a história de um homem que é acusado de administrar de forma
incompetente (possivelmente desonesta) os bens do patrão. Chamado a contas e
despedido, este homem tem a preocupação de assegurar o futuro. Chama os
devedores do patrão e reduz-lhes consideravelmente as quantias em dívida. Dessa forma
– supõe ele – os devedores beneficiados não esquecerão a sua generosidade e,
mais tarde, manifestar-lhe-ão a sua gratidão e acolhê-lo-ão em sua casa. Como
justificar o proceder deste administrador, que assegura o futuro à custa dos
bens do seu senhor? Porque é que o senhor, prejudicado nos seus interesses, não
tem uma palavra de reprovação ao inteirar-se do prejuízo recebido? Como pode Jesus
dar como exemplo aos discípulos as aldrabices de um tal administrador?
Estas dificuldades desaparecem se
entendemos esta história tendo em conta as leis e costumes da Palestina nos
tempos de Jesus. O administrador de uma propriedade atuava em nome e em lugar
do seu senhor; como não recebia remuneração, podia ressarcir-se dos seus gastos
a expensas dos devedores.
Habitualmente, ele fornecia um
determinado número de bens, mas o devedor ficava a dever muito mais; a
diferença era a “comissão” do administrador. Deve ser isso que serve de base à
nossa história… Dos cem “baths” de azeite (uns 3.700 litros)
consignados no recibo (vers. 6), só uns cinquenta haviam sido, na realidade,
emprestados; os outros cinquenta constituíam o reembolso dos gastos do
administrador e a exorbitante “comissão” que lhe devia ser paga pela operação.
Provavelmente, o que este administrador sagaz fez foi renunciar ao lucro que
lhe era devido, a fim de assegurar a gratidão dos devedores: renunciou a um
lucro imediato, a fim de assegurar o seu futuro. Este administrador (se ele é
chamado “desonesto” – vers. 8 – não o é por este gesto, mas pelos atos
anteriores, que até levaram o patrão a despedi-lo) é um exemplo pela sua
habilidade e sagacidade: ele sabe que o dinheiro tem um valor relativo e
troca-o por outros valores mais significativos – a amizade, a gratidão. Jesus
conclui a história convidando os discípulos a serem tão hábeis como este
administrador (vers. 9): os discípulos devem usar os bens deste mundo, não como
um fim em si mesmo, mas para conseguir algo mais importante e mais duradouro (o
que, na lógica de Jesus, tem a ver com os valores do “Reino”).
Na segunda parte do texto (vers.
10-13), Lucas apresenta-nos uma série de “sentenças” de Jesus sobre o uso do
dinheiro (originariamente, estas “sentenças” não tinham nada a ver com o
contexto desta parábola). No geral, essas “sentenças” avisam os discípulos para
o bom uso dos bens materiais: se sabemos utilizá-los tendo em conta as
exigências do “Reino”, seremos dignos de receber o verdadeiro bem, quando nos
encontrarmos definitivamente com o Senhor ressuscitado. O nosso texto termina
com um aviso de Jesus acerca da deificação do dinheiro (vers. 13): Deus e o
dinheiro representam mundos contraditórios e procurar conjugá-los é impossível…
Os discípulos são, portanto, convidados a fazer a sua opção entre um mundo de
egoísmo, de interesses mesquinhos, de exploração, de injustiça (dinheiro) e um
mundo de amor, de doação, de partilha, de fraternidade (Deus e o “Reino”). Onde
é que estão, aqui, os valores eternos e duradouros?
ATUALIZAÇÃO
A reflexão e partilha podem
considerar as seguintes linhas:
• O mundo em que vivemos decidiu
que o dinheiro é o deus fundamental e que tudo deixa de ter importância, desde
que se possam acrescentar mais uns números à conta bancária. Para ganhar mais
dinheiro, há quem trabalhe doze ou quinze horas por dia, num ritmo de escravo,
e prescinda da família e dos amigos; por dinheiro, há quem sacrifique a sua
dignidade e apareça a expor, diante de uma câmara de televisão, a sua
intimidade e a sua privacidade; por dinheiro, há quem venda a sua consciência e
renuncie a princípios em que acredita; por dinheiro, há quem não tenha
escrúpulos em sacrificar a vida dos seus irmãos e venda drogas e armas que
matam; por dinheiro, há quem seja injusto, explore os seus operários, se recuse
a pagar o salário do mês porque o trabalhador é ilegal e não se pode queixar às
autoridades… Que pensamos disto? Ser escravo dos bens é algo que só acontece
aos outros? Talvez não cheguemos, nunca, a estes casos extremos; mas até onde
seríamos capazes de ir por causa do dinheiro?
• Jesus avisa os discípulos de
que a aposta obsessiva no “deus dinheiro” não é o caminho mais seguro para
construir valores duradouros, geradores de vida plena e de felicidade. É
preciso – sugere Ele – que saibamos aquilo em que devemos apostar… O que é, para
nós, mais importante: os valores do “Reino” ou o dinheiro? Na nossa atividade
profissional, o que é que nos move: o dinheiro, ou o serviço que prestamos e a
ajuda que damos aos nossos irmãos? O que é que nos torna mais livres, mais
humanos e mais felizes: a escravidão dos bens ou o amor e a partilha?
• Todo este discurso não
significa que o dinheiro seja uma coisa desprezível e imoral, do qual devamos
fugir a todo o custo. O dinheiro (é preciso ter os pés bem assentes na terra) é
algo imprescindível para vivermos neste mundo e para termos uma vida com
qualidade e dignidade… No entanto, Jesus recomenda que o dinheiro não se torne
uma obsessão, uma escravidão, pois Ele não nos assegura (e muitas vezes até
perturba) a conquista dos valores duradouros e da vida plena.
Nenhum comentário:
Postar um comentário