Herodes Antipas
procurava ver Jesus
Criado à imagem de Deus, chamado
a conhecer e a amar a Deus, o homem que procura Deus descobre certos «caminhos»
de acesso ao conhecimento de Deus. Também se lhes chama «provas da existência
de Deus» – não no sentido das provas que as ciências naturais indagam, mas no
de «argumentos convergentes e convincentes» que permitem chegar a verdadeiras
certezas. Estes «caminhos» para atingir Deus têm como ponto de partida criação:
o mundo material e a pessoa humana.
O mundo: A partir do movimento e
do devir, da contingência, da ordem e da beleza do mundo, pode chegar-se ao
conhecimento de Deus como origem e fim do universo. São Paulo afirma a respeito
dos pagãos: «O que se pode conhecer de Deus é manifesto para eles, porque Deus
lho manifestou. Desde a criação do mundo, as perfeições invisíveis de Deus, o
seu poder eterno e a sua divindade tornaram-se, pelas suas obras, visíveis à
inteligência» (Rom 1,19-20). […]
O homem: Com a sua abertura à
verdade e à beleza, com o seu sentido do bem moral, com a sua liberdade e a voz
da sua consciência, com a sua ânsia de infinito e de felicidade, o homem
interroga-se sobre a existência de Deus. Nestas aberturas, detecta sinais da
sua alma espiritual; […] a sua alma só em Deus pode ter origem. O mundo e o
homem atestam que não têm em si mesmos, nem o seu primeiro princípio, nem o seu
fim último, mas que participam do Ser-em-si, sem princípio nem fim. Assim, por
estes diversos «caminhos», o homem pode ter acesso ao conhecimento da
existência duma realidade que é a causa primeira e o fim último de tudo, «e a
que todos chamam Deus» (São Tomás de Aquino).
As faculdades do homem tornam-no
capaz de conhecer a existência de um Deus pessoal. Mas, para que o homem possa
entrar na sua intimidade, Deus quis revelar-Se ao homem e dar-lhe a graça de
poder receber com fé esta revelação. Todavia, as provas da existência de Deus
podem dispor para a fé e ajudar a perceber que a fé não se opõe à razão humana.
Catecismo da Igreja Católica-
§§ 31-35
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