Como seus amores são belos,minha irmã, noiva minha. Seus amores são melhores do que o vinho, e mais fino que os outros aromas é o odor dos teus perfumes. Por isso Eu quero consumir meus dias, no seu amor! ══════ ღೋ♡✿♡ღೋ═══════

Ani Ledodi Vedodi Li


Mais do que qualquer outro motivo, esta é a razão pela qual quero fazer deste blog um caminho para amarmos mais a Deus, por isso seu nome: “Ani Ledodi Vedodi Li”

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Deus o Abençõe !

E que possas crescer com nossas postagens.

É algo louvável esconder o segredo dos Reis; mas há glória em publicar as obras de Deus!

A Igreja não tem pressa, porque ela possui a Eternidade. E se todas as outras instituições morrem nesta Terra, a Santa Igreja continua no Céu.

Não existem nem tempos nem lugares sem escolhas.

E eu sei quanto resisto a escolher-te.

"Quando sacralizamos alguém essa pessoa permanece viva para sempre!"

Sacralize cada instante de tua vida amando o Amado e no Amado os amados de Deus !


Pe.Emílio Carlos

sábado, 28 de setembro de 2013



26º Domingo do Tempo Comum
29 de setembro de 2013

O amor, essência de Deus em nossa vida...


“Tu, porém, ó Homem de Deus, foge destas coisas, procura antes a justiça, a piedade, a fé, a caridade, a constância, a mansidão”
(1 Tm 6,11-16)

Leituras: 
Amós 6, 1a.4-7; 
Salmo 145 (146), 7.8-9a.9bc-10 (R. 1); 
Primeira Carta a Timóteo 6, 11-16; 
Lucas 16, 19-31.


COR LITÚRGICA: VERDE

A liturgia hoje nos fala da parábola do rico e do Lázaro. Hoje, haveria muitos lugares onde poderíamos encontrar esse desamparado Lázaro: ele está doente sem hospital, desempregado, é mendigo na rua, mora em cortiços, alagados, favelas, é migrante sem destino, operário de salário mínimo, criança fora da escola, mãe solteira sem amparo, idoso que ninguém quer. Neste “Dia da Bíblia” o Senhor quer abrir nossos ouvidos e nosso coração para acolher a “Palavra VIVA e eficaz” que brota da situação sofrida dos empobrecidos, nos desperta da alienação e da indiferença e nos indica a solidariedade como verdadeiro caminho da SALVAÇÃO.

1. Situando-nos brevemente

É o Senhor que aqui nos reúne. Chamados a viver o amor procuramos, na escuta da Palavra de Deus, entender e aperfeiçoar nossa vivência desse grande mistério. Na Celebração da Eucaristia, em que Cristo se entrega a nós, vamos ao encontro do Pão da Vida eterna, alimento para nossa caminhada. É o amor que nos reúne, hoje, para juntos elevarmos nossas preces e pedidos a Deus Pai.

Chegamos ao final do mês de setembro, especialmente dedicado à escuta e à reflexão sobre a Palavra de Deus. Inspirada por ele, a Sagrada Escritura manifesta de modo primordial o imenso desejo do Pai de nos revelar o grande mistério da salvação.

Neste domingo celebramos o Dia da Bíblia. A exemplo de São Jerônimo, queremos aprofundar nossa compreensão da Palavra para vivenciarmos o chamado de Deus e vivermos na plenitude do amor.

Deixemos que Deus, que nos falou através das leituras que ouvimos, toque o nosso coração. Veremos que a perspectiva do futuro tem influencia sobre o hoje e que a relação da pessoa com seus irmãos incide na vida definitiva na presença de Deus.

2. Recordando a Palavra

Na primeira leitura, ouvimos uma passagem do profeta Amós. Natural de Judá, Amós tralhava como pastor. Foi chamado para exercer seu ministério profético em Israel. A situação era vibrante. O rei Jeroboão II havia acabado de levar os limites do império até onde Davi havia chegado. A sociedade prosperou.

No entanto, com a prosperidade, houve decadência nas questões morais. A prostituição era comum. As fraudes, muito mais. A religião era utilizada apenas para amenizar a consciência dos ricos, perpetradores da miséria.

A passagem de Amós aqui vai contra os comerciantes, responsáveis diretos não só pela miséria do povo, mas também, e muito mais, por sua condição de indignidade. O castigo veio, a perda de tudo aconteceu por causa da injustiça que cometeram contra os “pobres do Senhor”.

O Salmo que cantamos, em nítido contraste com a atitude dos chefes do povo, acusados na primeira leitura, apresenta o rosto misericordioso do Deus que faz justiça aos oprimidos, dá alimento aos famintos, liberdade aos cativos, abre os olhos dos cegos, faz erguer os caídos, ama aquele que é justo, protege o estrangeiro, o órfão e a viúva e confunde o caminho dos maus. Felizes os que nele confiam!

A Carta de São Paulo a Timóteo é direcionada às comunidades cujos líderes deixaram o poder lhes subir à cabeça. Trata-se de uma orientação pastoral para o povo não dar ouvidos aos falsos profetas e, principalmente, às doutrinas anticristãs então muito influentes.

A parábola que ouvimos hoje se encontra somente no Evangelho de Lucas, o evangelista dos pobres, o qual vê, na riqueza injusta ou mal administrada, um perigo mortal para a fé e para a vida.

O rico, a julgar por suas vestes e por seu modo de viver, levava uma boa e confortável vida. O pobre Lázaro, enquanto suas feridas eram lambidas pelos cachorros, procurava saciar sua fonte com as sobras do rico.

Eis que os dois homens morrem. Enquanto o homem rico, que tivera uma vida boa e confortável, passa aos tormentos da região dos mortos, Lázaro, que tivera uma vida de sofrimentos, é acompanhado por anjos à morada eterna, na qual é referido junto do Pai Abraão.

Sem demora, os sofrimentos provocam no rico um sentimento de revolta. Ele procura receber de Lázaro, a quem antes atormentava, um pequeno sinal de alívio. A este pedido, ouvimos de Abraão a confirmação daquilo que fora anunciado: o rico já havia recebido, em vida, todas as chances para se reconciliar, porém não as aproveitou.

O rico ainda tenta, sem sucesso, pedir que Lázaro avise seus familiares acerca da iminente condenação. Uma vez mais, ouvimos de Abraão o reforço da condição em que vivem: aos vivos é necessário escutar a Palavra de Deus; àqueles que já partiram desta vida, porém, já não é mais possível retornar.

Temos, portanto, neste Evangelho, a figura do rico, cujas posses podem, inicialmente, parecer causa condenação. Desde o Antigo Testamento, o pensamento do povo considerava a riqueza como preferência de Deus. Devemos ressaltar a promessa feita por Deus a seu povo, no Antigo Testamento, acerca da abundância de bênçãos e da riqueza de bens materiais. A riqueza era então tomada como sinal da fidelidade na relação da pessoa com Deus.

O problema e, por consequência a condenação, surgem quando o rico despreza o clamor daquele indigente chamado Lázaro, que procurava saciar sua fome, não recebendo, no entanto, nem mesmo as migalhas. O rico foi, portanto, condenado porque tirou do pobre.

Quanto à figura do pobre chamado Lázaro, devemos prestar atenção em seu sofrimento devido à condição de miséria, como o texto sugere. Também aqui há relação com o pensamento do Antigo Testamento. No tempo de Jesus, o significado da pobreza, especialmente da doença, está relacionado às conseqüências do pecado, seja da própria pessoa, seja de seus antepassados.

Percebemos isto em outra passagem, quando, ao ver um cego de nascença, os discípulos perguntam qual pecado ele havia cometido para assim nascer. Eles escutam do próprio Jesus a explicação de que, também na miséria daquele homem, Deus manifestava suas obras. Há, portanto, na proposta de Jesus, uma quebra de conceitos e de paradigmas daquele povo.

3. Atualizando a Palavra

A liturgia da Palavra deste domingo nos chama a atenção para a forma como levamos nossa vida. A força com que são apresentados os acontecimentos, na parábola que ouvimos, nos convoca a avaliar a forma como vivemos e nos relacionamos com os irmãos. O critério para tal avaliação é o mandamento do amor.

Escutamos ponderações semelhantes nas demais leituras de hoje. O profeta Amós chama a atenção para a prudência, a reflexão e o exame de consciência, necessários à vida com Deus. O apóstolo Paulo reflete sobre a vivência em plenitude da Palavra de Deus e o cuidado com o objetivo a que fomos chamados: o amor.

       Como vivemos? Com que nos preocupamos? Mais ainda: com quem nos preocupamos?

Através da figura do rico da parábola, Jesus nos ensina como a abundância dos bens materiais pode retirar a atenção de nosso verdadeiro plano de vida, aquele dito por Jesus no evangelho: “Amará o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, com, toda a tua alma, com todo o teu entendimento; e a teu próximo como a ti mesmo” (Mc 12, 30ss).

Toda a vida de Jesus foi ocupada em demonstrar a necessidade do amor para viver bem para sempre. A preocupação com os bens materiais, assim como o prazer em excesso, retiraram daquela pessoa sua humanidade.

Ao nos atermos à figura do pobre chamado Lázaro, nos damos conta do grande amor de Deus, manifestado de especial forma pelo cuidado com os pobres e necessitados. Somos todos chamados a demonstrar diariamente nosso amor aos irmãos.

O amor, essência de Deus em nossa vida, de fato, apenas pode ser vivido se nos ocupamos dele no trato com as pessoas. Na parábola que acabamos de escutar, não tendo quem dele cuidasse, o pobre Lázaro recebe de Deus as bênçãos e a recompensa por sua vida de fé.

E, em sua vida, Lázaro, apenas e tão somente sofre as injúrias do mundo. Ao ser chamado por Deus à vida eterna, é carregado pelos próprios anjos à vida. Se for sofrimento que o acompanhava anteriormente, muito maior será o cuidado de Deus para com ele na vida eterna.

Estamos perante uma página de grande atualidade que contesta a acumulação indevida e escandalosa de riquezas por parte de poucos, perante uma pobreza generalizada e trágica, que contradiz clamorosamente o desígnio de Deus sobre o mundo e coloca sempre em crise as relações de convivência entre indivíduos e nações.

Quantos pobres como Lázaro jazem famintos e cheios de chaga às portas das chamadas sociedades de bem-estar, sobretudo em países onde a riqueza está concentrada vergonhosamente nas mãos de poucos, sem escrúpulos e privados de sensibilidade social?

É urgente a todos os níveis uma inversão de tendência: é necessário lançar pontes sobre os abismos que nos separam, antes que se tornem precipícios de falta de comunicação e de conflitos irreparáveis. Neste processo, os cristãos têm grandes responsabilidades e, por vezes, decisivas (Giuseppe Casarin [org.] Leccionário comentado, vol. II, São Paulo, Paulus, 2010, p.449).

4. Ligando a Palavra com ação litúrgica

A parábola que ouvimos e seu ensinamento constituem grande e valiosa ajuda em nossa vida de cristãos. Nós nos deparamos com cada um de seus personagens. Como vivemos? Com que nos preocupamos? Com quem ocupamos nosso tempo e nosso viver? Buscamos, na Palavra, o fundamento e o critério do amor?

Depois de buscarmos, na Palavra, o fundamento e razão de nossa existência, somos também chamados à mesa da Eucaristia, na qual encontramos nossa verdadeira vocação: a vida em Cristo.

Em cada celebração eucarística, vamos ao encontro dos frutos eficazes da comunhão sacramental. Nossa vida no amor é fortalecida quando entramos em comunhão com o Corpo e Sangue de Jesus Cristo. É isto que rezamos na oração do dia: o poder de Deus não está nas posses, mas no perdão e na misericórdia. É preciso caminhar ao encontro das promessas divinas para alcançarmos os bens que nos estão reservados.

Entre o rico e seus familiares havia um “grande abismo”, intransponível. Na oração sobre as oferendas, rezemos para que nossa oferenda agradável “abra para nós a fonte de toda a bênção”. Deus não é tão mesquinho como demonstrou o pedido do rico: “manda Lázaro molhar a ponta do dedo para me refrescar a língua”. Deus faz jorrar sobre nós a água e da salvação.

A oração após a comunhão pede que a Eucaristia que hoje celebramos “renove a nossa vida, para que, participando da Paixão de Cristo, neste Mistério, sejamos herdeiros de toda a glória”.

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