Como seus amores são belos,minha irmã, noiva minha. Seus amores são melhores do que o vinho, e mais fino que os outros aromas é o odor dos teus perfumes. Por isso Eu quero consumir meus dias, no seu amor! ══════ ღೋ♡✿♡ღೋ═══════

Ani Ledodi Vedodi Li


Mais do que qualquer outro motivo, esta é a razão pela qual quero fazer deste blog um caminho para amarmos mais a Deus, por isso seu nome: “Ani Ledodi Vedodi Li”

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Deus o Abençõe !

E que possas crescer com nossas postagens.

É algo louvável esconder o segredo dos Reis; mas há glória em publicar as obras de Deus!

A Igreja não tem pressa, porque ela possui a Eternidade. E se todas as outras instituições morrem nesta Terra, a Santa Igreja continua no Céu.

Não existem nem tempos nem lugares sem escolhas.

E eu sei quanto resisto a escolher-te.

"Quando sacralizamos alguém essa pessoa permanece viva para sempre!"

Sacralize cada instante de tua vida amando o Amado e no Amado os amados de Deus !


Pe.Emílio Carlos

sábado, 7 de setembro de 2013



23º Domingo do Tempo Comum



“Qualquer um de vós, se não renunciar a tudo o que tem, não pode ser meu discípulo!” (Lc 14,33)


Leituras: 
Sabedoria 9, 13-18; 
Salmo 89; 
Filemon 10, 12-17; 
Lucas 14, 25-33.

COR LITÚRGICA: VERDE

Irmãos e irmãs, Jesus nos convida a segui-Lo com absoluta decisão. Quem se dispõe a caminhar com Ele deve, com sabedoria, discernir quais são os valores que constroem o mundo novo de modo permanente. O cristão deve estabelecer prioridades, conforme o projeto de Jesus e assumi-las, colaborando com todo o coração com o Reino de Deus.

1. Situando-nos brevemente

Ao domingo aplica-se, com muito acerto, a exclamação do salmista: “Este é o dia que o Senhor fez para nós: exultemos e alegremo-nos nele” – é o que nos dizia o Beato João Paulo II, na carta apostólica “Dies domini”.

Repletos de alegria, portanto, nos reunimos neste 23º domingo do Tempo Comum para louvar e bendizer e nosso Deus e para pedir, com as palavras do Salmo 89 (90), “que a bondade do Senhor nosso Deus repouse sobre nós e nos conduza” (Sl 89 [90],17).

Na semana que hoje se inicia, somos chamados a voltar nosso olhar para a cruz de Jesus, pois no próximo sábado, daí 14, de celebramos a festa da Exaltação da Santa Cruz. Ao iniciar esta santa missa, lembremos que “nele, e por seu sangue, obtemos a redenção e recebemos o perdão de nossas faltas, segundo a riqueza da graça. Que Deus derramou profusamente em nós, abrindo-nos para toda a sabedoria e inteligência” (Ef 1, 7-8).

2. Recordando a Palavra

Lucas hoje nos mostra um episódio ocorrido no período em que numerosas multidões seguiam Jesus. As pessoas pareciam sedentas por seus ensinamentos.

Em seu sentido mais simples, o verbo “seguir” significa “ir atrás”, tão somente  “acompanhar”. Jesus indica às pessoas que formam a multidão ao seu redor que o caminho de seu seguimento não é assim tão simples, não é apenas ouvir palavras bonitas, talvez reconfortantes. Seguir Jesus, no contexto da história da salvação, significa a adesão total a uma pessoa que propõe um programa de vida. O seguimento exige desapego ate mesmo das pessoas mais queridas e requer que cada um tome sua cruz, ou seja, assuma integralmente sua condição de discípulo missionário.

Embora a caminhada não seja fácil, sua culminância  não está na cruz em si, mas no que vem depois dela: Jesus não terminou sua vida na cruz, mas a completou na glória da ressurreição. Quer olhando para a cruz, quer olhando para a ressurreição, a opção não deve ser feita apressadamente. Assim como um construtor calcula os gastos para edificar uma obra e um rei calcula as forças que tem para enfrentar o inimigo, também quem quer seguir Jesus deve ter consciência do quanto lhe será exigido.

A exigência de Jesus é radical: “se não renunciar a tudo o que tem, não pode ser meu discípulo!” (Lc 14,33). Esta renúncia diz respeito, especialmente, ao esvaziamento de si mesmo, para se deixar preencher pelo próprio Cristo, através do Espírito Santo.

São Paulo, escrevendo a Filêmon, mostra concretamente a vivência do desapego. Diz ele sobre Onésimo: “meu filho que fiz nascer na prisão para Cristo [...] ele é como o meu próprio coração” (Cf. Fl 23). Então evidencia sua profunda doação interior ao revelar a Filêmon que “gostaria de retê-lo junto de mim”, porém “o estou mandando de volta a ti”.

Esta passagem ilustra O evangelho lido hoje: o desprendimento de Paulo em relação a Onésimo concretiza, de algum modo, as palavras de Jesus, ao ensinar que, se alguém quer segui-lo, mas não se desapega dos que lhe são queridos na pode ser discípulo. Lembremos que este desapego não significa abandonar familiares e amigos, mas atribuir a primazia a Deus. É colocar o projeto de Deus à frente de todos os outros projetos.

Tudo, desde os afetos até as posses materiais, é inserido no plano de Deus que cada um assume livremente. “Se não renunciar a tudo o que tem, não pode ser meu discípulo” (Lc 14,33), isto é, aquele que não estiver disposto a ter sempre como primeira opção os valores de Jesus, mesmo que isso lhe exija abrir mãos do que tem ou do que desejaria fazer, não pode pertencer inteiramente ao grupo dos discípulos. Será sempre, por assim dizer, um discípulo incompleto.

A reflexão sobre o Livro da Sabedoria nos leva a perceber que não nos é possível conhecer os desígnios de Deus senão pela sabedoria que ele mesmo nos oferece. A sabedoria vinda do espírito de Deus é que nos conduzirá e nos permitirá aprender o que agrada a Deus e, nesta direção, encaminhar nosso fazer, nosso ser, nosso viver.

Por isso, não cansemos de pedir, como o salmista, “dai ao nosso coração sabedoria”, “tornai fecundo, ó Senhor, nosso trabalho” (Cf. Sl 89 [90],17).

3. Atualizando a Palavra

“Ser é um caminho, ou melhor, uma peregrinação, um caminhar juntamente com Jesus Cristo. Ir naquela direção que ele nos indicou e indica”. Assim ensinou o Papa Emérito Bento XVI, na homilia do Domingo de Ramos de 2010.

O evangelho deste 23º domingo do Tempo Comum nos chama a esse seguimento: os cristãos “seguindo a Cristo e em união com ele, podem procurar ‘tornar-se imitadores de Deus como filhos amados e andar no amor’, conformando seus pensamentos, palavras e ações aos sentimentos de Cristo Jesus e seguindo seus exemplos” (CIC, n.618).

Numa sociedade imersa em intensa crise de sentido, em que o vazio avança sobre o coração humano, é difícil entender e mais ainda assumir a proposta de vida mostrada por Jesus. No entanto, para aqueles que conseguem sair de dentro de si mesmos e vislumbrar a grandeza deste chamado, ele se torna entusiasmante.

Podemos pensar que tal proposta diz respeito tão somente àqueles e àquelas que querem seguir o caminho cristão como presbitério ou como membros de ordens religiosas. Eis uma idéia incompleta. Viver intensamente um ideal, no caso o ideal cristão, requer desapego, disponibilidade, doação de si. Contudo, tal forma de vida por ser exercida, também, como leigo e leiga. Como esposo e esposa. Como pai e mãe. Maria é exemplo disso. Ela assumiu uma família, foi esposa e mãe. Teremos algum ser humano de maior santidade do que Ele em que nos espelharmos?

O desapego de que fala o evangelho está longe de representar um afastamento do mundo, um distanciamento do mundo tal qual ele é. Pelo contrário, para quem assume tal desapego, por estar assumindo a pessoa de Jesus, significa viver no mundo, inserir-se nele para transformá-lo, sem se deixar dominar “pelas coisas deste mundo”, pois “as coisas do alto” são mais valiosas (Cl 3,1).

Acontece que hoje o ser humano está muito voltado para dentro de si mesmo. Por incrível que pareça, o primeiro “desapego” na opção pelo caminho de Jesus terá que ser o desapego de si mesmo. O soltar as amarras do egoísmo, do individualismo, para se abrir a Deus e consequentemente aos irmãos e irmãs.

4. Ligando a Palavra com ação litúrgica

Participar efetivamente da celebração eucarística é entrar em consonância com os ideais propostos por Jesus, trazer ao altar do Senhor nossa própria vida e colocá-la inteiramente ao dispor da vontade de Deus, em uma grande ação de graças por tudo que recebemos do Pai, através do Filho, no Espírito Santo.

No contexto das leituras de hoje, torna-se mais forte o momento do ato penitencial., onde, de coração contrito, reconhecemos ter pecado “muitas vezes por pensamentos e palavras, obras e omissões”, assim lembrando o quanto nosso agir ou não agir pode ter nos afastado do pleno seguimento a Jesus. Por isso, pedimos: “cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós”.

A força para nossas fraquezas, vamos encontrar na Palavra e na comunhão eucarística, que nos alimentam e, pela bondade do Pai, possibilitam “viver com Jesus para sempre” (oração após comunhão).

Na oração do dia, pedimos ao Pai que nos conceda “A verdadeira liberdade”. Com ela e por ela faremos, a cada dia, nossa legítima opção pelo seguimento de Jesus até a cruz e a ressurreição. No entanto, a caminhada di discípulo missionário de Jesus não é uma caminhada individual. Ela se faz com os irmãos e as irmãs, na comunidade eclesial.

Por isso, na oração sobre as oferendas, fazemos nossa a voz sacerdotal que diz: “que nossa participação na Eucaristia reforce entre nós os laços de amizade”. Unicamente, nos amparando uns aos outros poderemos superar nossas fraquezas e nos tornaremos fortes para seguir Jesus, não “indo atrás dele”, mas a seu lado numa adesão plena à sua proposta de amor.

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