«SINTO COMPAIXÃO DESSA MULTIDÃO»
Contemplamos no Evangelho a multiplicação dos pães e peixes. Muitas pessoas— comenta o evangelista Mateus — «iam até ele»(Mt 15,30) ao Senhor. Homens e mulheres que necessitam de Cristo, cegos, coxos e doentes de todo tipo, assim como outros que os acompanhavam. Todos nós também temos necessidade de Cristo, de sua ternura, do seu perdão, da sua luz, da sua misericórdia... Nele acha-se a plenitude do humano.
O Evangelho que meditamos hoje nos ajuda a dar-nos conta, também, da necessidade de homens que conduzam a outros a Jesus Cristo. Os que levam os doentes a Jesus para que os cure são imagem de todos aqueles que sabem que o maior ato de caridade para com o próximo é aproximá-lo a Cristo, fonte de toda Vida. A vida de fé exige, portanto, a santidade e o apostolado.
São Paulo exorta a ter os mesmos sentimentos de Cristo Jesus (cf. Fl 2,5). Nosso relato mostra como é o coração: «Sinto compaixão dessa multidão» (Mt 15,32). Não pode deixá-los porque estão famintos e fatigados. Cristo busca o homem em toda necessidade e faz-se o achadiço. Que bom é o Senhor conosco!; e que importantes somos as pessoas diante seus olhos! Só em pensá-lo dilata-se o coração humano cheio de agradecimento, admiração e desejo sincero de conversão.
Esse Deus feito homem, que todo o pode e, que nos ama apaixonadamente e, a quem necessitamos em todo e para todo —«sem mim, nada podeis fazer» (Jo 15,5)— precisa, paradoxalmente, também de nós: esse é o significado dos sete pães e alguns peixes que usará para alimentar à multidão do povo. Se nos déssemos conta de como Jesus apoia-se em nós e, do valor que tem tudo o que fazemos para Ele, por pequeno que seja, nos esforçaríamos mais e mais em lhe corresponder com todo o nosso ser.
A†Ω
Com minha benção.
Pe. Emílio Carlos +
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