Como seus amores são belos,minha irmã, noiva minha. Seus amores são melhores do que o vinho, e mais fino que os outros aromas é o odor dos teus perfumes. Por isso Eu quero consumir meus dias, no seu amor! ══════ ღೋ♡✿♡ღೋ═══════

Ani Ledodi Vedodi Li


Mais do que qualquer outro motivo, esta é a razão pela qual quero fazer deste blog um caminho para amarmos mais a Deus, por isso seu nome: “Ani Ledodi Vedodi Li”

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Deus o Abençõe !

E que possas crescer com nossas postagens.

É algo louvável esconder o segredo dos Reis; mas há glória em publicar as obras de Deus!

A Igreja não tem pressa, porque ela possui a Eternidade. E se todas as outras instituições morrem nesta Terra, a Santa Igreja continua no Céu.

Não existem nem tempos nem lugares sem escolhas.

E eu sei quanto resisto a escolher-te.

"Quando sacralizamos alguém essa pessoa permanece viva para sempre!"

Sacralize cada instante de tua vida amando o Amado e no Amado os amados de Deus !


Pe.Emílio Carlos

terça-feira, 20 de março de 2012

ESTAR AOS PÉS DO MESTRE

Quero dar início a esta reflexão, citando o que Santa Teresa de Ávila nos ensina: “Para haver oração, Senhor, são precisos dois. E se vós estais sempre lá temos de nos colocar em vossa presença e aí ficar. é tudo. O essencial primeiro é estar lá, estar convosco, em relação de amizade.” Nessa relação de amizade com Jesus, Ele é o principal interlocutor. Muitas vezes, pensamos que a relação depende apenas de nós, de nosso falar e agir. O êxito da oração depende também de Jesus. Ser maduro e amigo de Jesus implica em viver uma relação como a de Maria e não como a de Marta.

“Jesus entrou num povoado, e uma mulher, de nome Marta, recebeu-o em sua casa. Ela tinha uma irmã, Maria, a qual se sentou aos pés do Senhor e escutava a sua palavra. Marta, porém, estava ocupada com os muitos afazeres da casa. Ela se aproximou e disse: Senhor, não te importas que minha irmã me deixe sozinha com todo o serviço? Manda pois que ela venha me ajudar!” O Senhor porém, lhe respondeu: “Marta, Marta! Tu te preocupas e andas agitada com muitas coisas. No entanto, uma só é necessária. Maria escolheu a melhor parte e esta não lhe será tirada.” (Lc 10,38-42)

Maria deixou que o próprio Jesus tomasse as rédeas da relação de amor, estando em sua presença sem pedir, apenas ouvindo. Ela sentou-se aos pés do Senhor e escutava a sua palavra. Marta, ao contrário, agiu de maneira interessada, ou seja, não se colocou diante do Senhor para ouvi-lo e acolhê-lo em sua casa. O único momento em que se dirige a Jesus foi para conseguir benefícios próprios: “Senhor não te importas que minha irmã me deixe sozinha com todo o serviço? Manda, pois que ela venha me ajudar!” O Senhor porém, lhe respondeu: “Marta, Marta! Tu te preocupas e andas agitada com muitas coisas. No entanto, uma só é necessária. Maria escolheu a melhor parte e esta não lhe será tirada.” (Lucas 10,38-42). A verdadeira amizade não implica em uma ‘“obrigação” de nenhuma das partes, implica em ser livre para estar e ser diante do amado.

O importante, meu querido irmão, não é estar com Jesus para que Ele resolva seus problemas. O mais importante é estar com Jesus simplesmente por amizade, por amor. Em muitas ocasiões, intensificamos nossas orações a fim de receber graças, ou voltamos a rezar porque estamos passando por situações difíceis. Tudo bem! Jesus ouve suas orações e com misericórdia responde a elas, mas devemos salientar que, de nossa parte, não está havendo uma relação desinteressada. Quantos comentários revoltantes escutamos de Consagrados que dizem: “já estou cansado(a) de rezar e nada receber!”.

Esses Consagrados ainda não se apaixonaram por Jesus, ainda não estabeleceram uma verdadeira amizade com Ele.Estão com Ele não por Ele,nem para Ele, mas para obter dele. O verdadeiro Consagrado e discípulo de Jesus se despoja e se desapega de todo interesse próprio e mesmo sofrendo desprezos e desolações continua amando Jesus. Ser Consagrado não significa ser amigo. é preciso ser um Consagrado e não simplesmente amigo. Essas almas são raras como pedras preciosas encontradas nas extremidades da terra. Esta é a ciência dos santos: saber amar a Deus sem segundas intenções. é preciso ser perito na ciência divina para ser desinteressado.

O Consagrado e discípulo de Deus partilha diariamente com o Senhor sobre sua vida, não importando se o momento é de alegria ou de tristeza. Essa é uma relação desinteressada, de pura amizade e amor para com Jesus. E uma relação madura de quem já entendeu que Jesus tudo fez, e que hoje eu preciso fazer. A maturidade implica também em entender que Jesus conhece os nossos corações, e que por Ele tudo é permitido em nossas vidas. Como dizia São Tomás de Aquino, existe a vontade benevolente e a permissiva de Deus em nossas vidas. Ter maturidade é entender que as situações dolorosas, os obstáculos incontornáveis devem ser assumidos na paciência e abandono e não com revolta e cobrança para com Jesus.

No sofrer, Deus conhece as verdadeiras intenções do nosso coração. Mostra-nos o quanto nossa relação para com Ele é de interesse ou não. Se olhamos com olhos de Consagrados e Discípulos, percebemos o quanto os acontecimentos infelizes estão carregados de significação. Só o Consagrado suporta sofrer pelo Amado Esposo. Tomemos por base nossa relação com os irmãos de comunidade. No início, tudo é muito bom, muita alegria, muitas qualidades e virtudes são expostas. Com o passar do tempo, começamos a perceber que as pessoas não correspondem às expectativas que criamos em relação a elas, ou seja, questionam o tempo todo, estão sempre criando confusão, não rezam, chegam sempre atrasados, não têm muito compromisso... Daí para frente, o relacionamento com tais irmãos começam a tomar uma certa distância, afinal, eles agora são tudo o que foi dito acima. Diante dessa nova realidade, percebemos o quanto nossa relação com os irmãos é interessada.

Santa Catarina de Sena diz que a primeira fase do amor, é aquela que traz em seu bolso um interesse. A segunda fase é aquela onde amamos, porém, no fundo esperamos ser amados, não é incondicional. A terceira fase seria o amor incondicional. Amo como Jesus, que recebeu em troca toda rejeição possível. A maneira como se dá nossa relação com o irmão é um ótimo termômetro para medirmos nossa relação com Deus, isto é, se amamos a Deus de maneira interessada ou desinteressada, e se estamos na primeira ou na última fase do amor. Não significa que Deus nos decepciona, porém Ele nos prova, para nossa purificação interior. é na provação que Ele conhece se somos apenas amigos ou se somos Consagrados.

Enquanto Deus nos dá tudo que há de bom, estabelecemos uma ótima relação com Ele. Mas, quando Ele, por sua vontade permissiva, nos dá também provações, tendemos a dar uma certa distância à relação, isso quando não acabamos com ela: amor interessado!!!! Certo dia, nossa amiga Santa Teresa de Avila estava em sua carruagem em uma missão, e aconteceu de virar dentro do rio e ela com uma peneumonia forte e febre se revoltou com Jesus lhe dizendo: “Senhor por que permites certas coisas na vida da gente? Não vês que estou em missão? Jesus lhe respondeu: “E assim que trato meus amigos”. Teresa sem deixar por menos, lhe disse: “é por isso que tens tão poucos “.

Se não conseguimos amar o irmão, de maneira desinteressada, a quem, podemos ver, também não podemos amar a Deus desinteressadamente a quem não vemos ( l Jo 4, 20). Amar a Jesus de maneira desinteressada é estar com Ele, independente do que estamos passando, acreditando que “tudo concorre para o bem dos que amam a Deus.” (Rm 8, 28) Para entendermos melhor tal relação, usaremos uma pequena parábola que deixa explícito a diferença entre a relação de interesse e a de desinteresse. Dois monges, um chamado Benedito e outro Severino. voltavam para o mosteiro, depois de um dia cheio de serviço. Caminhavam cansados, pois haviam trabalhado muito.

Durante a viagem de volta, armou-se uma grande tempestade. Sentindo que iriam molhar muito, Severino disse com tom de revolta: “Senhor trabalhamos o dia todo para ti, não estás vendo que estamos indo para casa? Por que não mandas essa chuva ir embora?! “. Enquanto isso, Benedito permanecia em silêncio sem dizer uma palavra. Severino então, um pouco irritado, disse a Benedito que rezasse também a Deus pela situação. Benedito obediente ao irmão rezou então: “Senhor, estás comigo o dia todo, sabes o que é melhor para mim e é exatamente isso que quero”.

Percebemos que Benedito amava de forma desinteressada, esperando como recompensa aquilo que Jesus quisesse dar, mesmo que fosse a chuva e, com ela, talvez uma grave enfermidade. Percebemos a diferença entre uma relação de amor por amor e uma outra de interesse e cobrança, por parte de Severino. Santa Teresinha do Menino Jesus dizia: “Mesmo se o céu não existisse como recompensa, assim mesmo te amaria. Mesmo se para o inferno eu fosse, lá também te amaria “. O homem conhece a qualidade dos metais provando-os no fogo. é também no fogo que se purifica o ouro. Deus conhece seus amigos provando-os. Aqueles que são como “chumbo” não suportam..Só permanece quem é ouro, ou seja, amigo de Deus.

Pe. Emilio Carlos Mancini

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