Como seus amores são belos,minha irmã, noiva minha. Seus amores são melhores do que o vinho, e mais fino que os outros aromas é o odor dos teus perfumes. Por isso Eu quero consumir meus dias, no seu amor! ══════ ღೋ♡✿♡ღೋ═══════

Ani Ledodi Vedodi Li


Mais do que qualquer outro motivo, esta é a razão pela qual quero fazer deste blog um caminho para amarmos mais a Deus, por isso seu nome: “Ani Ledodi Vedodi Li”

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Deus o Abençõe !

E que possas crescer com nossas postagens.

É algo louvável esconder o segredo dos Reis; mas há glória em publicar as obras de Deus!

A Igreja não tem pressa, porque ela possui a Eternidade. E se todas as outras instituições morrem nesta Terra, a Santa Igreja continua no Céu.

Não existem nem tempos nem lugares sem escolhas.

E eu sei quanto resisto a escolher-te.

"Quando sacralizamos alguém essa pessoa permanece viva para sempre!"

Sacralize cada instante de tua vida amando o Amado e no Amado os amados de Deus !


Pe.Emílio Carlos

sexta-feira, 23 de março de 2012

“Foi precisamente para esta hora que eu vim!”
(Jo 12,27)
25 de MARÇO DE 2012
Leituras: Jeremias 31, 31-34;
Salmo 50 (51), 3-4.12-13.14-15 (R/ 12a);
Carta aos Hebreus 5, 7-9;
João 12, 20-33 (Morte e glorificação).


A cruz é a "hora" de Cristo. A hora em que Cristo entra no santuário com sua humanidade. A cruz é glorificação de Cristo, porque por meio dela, o Pai nos marca com o sangue do Filho. Morre o grão de trigo e os frutos nascem na vida de cada pessoa, a fim de transformar a sociedade onde vivemos em lugar de fraternidade. Peçamos a Deus que a vida divina nasça em nossos corações para podermos dizer sempre sim à vida, à saúde.

1. Situando- nos brevemente:


Estamos chegando ao final da Quaresma. No próximo domingo iniciaremos a Semana Santa, com o Domingo de Ramos. Neste dia, também concluiremos a primeira etapa da Campanha da Fraternidade 2012. Com o gesto concreto da coleta manifestamos nossa atitude de partilha e solidariedade.
Na celebração de hoje somos convidados a ver Jesus em sua missão recebida do Pai. Seguimos os passos dos gregos que subiram a Jerusalém para adorar a Deus. Mas eles querem ver Jesus.
O que significa ver Jesus? Por que ver Jesus? Ver Jesus é compreender sua atitude e desvendar seu projeto. Jesus mesmo o explica, fazendo uma meditação sobre a “hora”.
“Hora” é o final de sua vida terrestre. Tudo caminha para essa hora.
A “hora” é momento no qual o amor gratuito de Deus, materializado em seu carinho pelos pobres, encontra-se com a força social e religiosa que o rejeita: o pecado. Esse conflito expressa-se na cruz. Por isso, a cruz é levantada como denúncia daquilo que leva Jesus à morte e como testemunho de sua entrega de amor. (A Solenidade da Anunciação do Senhor é transferida para o dia de amanhã)

2. Recordando a Palavra


No livro de Jeremias, no capitulo 31, é anunciado que um dia Deus estabelecerá uma nova aliança com o seu povo. Este é um texto referencial no Antigo Testamento.
Após o reinado desastroso e corrupto de Manassés, sobe ao trono o rei Josias. Ele é muito criança quando assume o poder, mas aos poucos, revela-se muito piedoso e inicia uma profunda reforma religiosa. Jeremias observa tudo em silêncio e mostra-se favorável à escolha do novo monarca.
Em todos despertam esperanças de dias melhores. Está em andamento uma renovação espiritual
e política. Enfim, Israel poderia voltar a ser um povo unido, poderoso e forte, como nos tempos de Davi e Salomão.
Nos bastidores dos novos tempos há, porém, uma inquietante reflexão: é preciso descobrir os erros do passado e tomar providências para que certas coisas não mais se repitam. Jeremias lembra um fato histórico decisivo: cem anos antes as tribos do Norte foram aniquiladas pelos assírios. E pergunta: pó que Deus permitiu tal desgraça?
Nos versos 31 e 32, o Senhor responde dizendo: “o reino do Norte foi destruído por causa da sua infidelidade à aliança”. Sim, algumas centenas de anos atrás, os israelitas no Sinai tinham feito uma aliança com Deus que os tirou do Egito e que tinha se comprometido a defendê-los e fartálos
de bens; havia-lhes prometido uma vida feliz e próspera. Essa promessa tinha, no entanto, uma condição: que eles observassem seus mandamentos e ouvissem seus profetas. O povo tinha jurado fidelidade, mas, na prática, tinha acontecido o contrário.
Como reatar essa aliança? Com que garantias? Em que contexto? É necessário estabelecer uma nova aliança. A aliança e a lei deverão ser escritas não em pedras frias, mas no coração das pessoas. Gravadas pela força do Espírito. Quem recebe esse Espírito é capaz de vencer todas as tentações.
Quando se realizará essa profecia? A profecia começa a realizar-se na Páscoa de Cristo, quando ele, morrendo e entrando na glória do Pai, enviou o Espírito Santo. A partir daquele dia, a lei de Deus foi gravada em nosso coração.
A Nova Aliança que Deus vai estabelecer, após soberanamente ter perdoado o rompimento da antiga, não consiste nem numa modificação das diretrizes dadas no Sinai e dos compromissos ali assumidos, nem num novo culto puramente espiritual: ela consiste, por sua vez, no fato de as diretrizes e os compromissos de outrora serem inscritos no fundo do coração, no íntimo do homem. A estrutura da personalidade será de tal modo regenerada que cada um, instruído no seu íntimo, conhecerá e fará a vontade do Senhor.
Na Carta aos Hebreus, encontramos um Jesus humano. Ele não fingiu ser homem, ele passou verdadeiramente por todas as dificuldades e tentações comuns aos seres mortais. Tudo isso, porém, com uma diferença: nunca se deixou vencer pelo mal ou pelo pecado e sempre se manteve fiel ao Pai.
Hoje apareceu claramente a reação de Jesus frente à morte e ao sofrimento. Sentiu na carne aquilo que se passa com o ser humano nessas situações. Dirigindo-se ao Pai pediu que ele o
ajudasse e, se possível, o poupasse da dor e da morte. Orou, sentiu necessidade de invocar o
Pai, para descobrir a sua vontade e para ter forças para realizá-la.
No Evangelho de João é narrado um fato acontecido poucos dias antes da última páscoa de Jesus. Um grupo de gregos ou de estrangeiros que se tinham convertido à religião judaica ouvira falar de Jesus e queria encontrá-lo, ou melhor, vê-lo.
Para João, ver Jesus não significa só contemplá-lo com os olhos, mas conhecê-lo em profundidade, descobrir quem ele é realmente. Os gregos querem penetrar no íntimo da pessoa de Jesus. Antes eles eram pagãos, adoravam ídolos e tinham práticas supersticiosas. Um dia, porém, conheceram o Deus de Abraão e aceitaram a religião hebraica.
Por ocasião da Páscoa, sobem até Jerusalém não para fazer turismo, mas para rezar, para encontrar-se com Deus e descobrir o que ele ainda quer deles. Tomam consciência que ainda não alcançaram aquilo que o Senhor lhes pede. Sentem que Deus quer que eles se dirijam a Cristo. Eles, no entanto, não se dirigem diretamente a Jesus, mas a Felipe e André, os únicos apóstolos com nome grego, portanto, os interlocutores e mediadores mais apropriados.

3. Atualizando a Palavra


Na primeira leitura temos a profecia de Jeremias sobre a nova aliança a qual nós vivemos hoje.
Em Cristo repousa a nova aliança. Para estar nessa aliança, precisamos da força pascal do Cristo. Essa força nós recebemos no Batismo e continuamos recebendo na celebração dos sacramentos e na oração da Igreja: é o Espírito de Cristo, a lei da nova aliança, escrita no coração de cada um de nós.
Em Hebreus, colhemos uma lição preciosa: Jesus não é um Senhor sentado nos palácios, desligado da situação real das pessoas. Jesus não permaneceu nos céus, contemplando as nossas angústias, mas tornou-se companheiro de viagem. Percorreu o caminho da humilhação e da morte.
Por tudo isso, podemos confiar nele e aceitar o convite que nos faz para sermos discípulos missionários. Dessa forma, a segunda leitura nos convida a seguir o mesmo caminho de Cristo, um caminho semeado de dificuldades. Ele, porém, o percorreu antes de nós e por isso compreende nossas dificuldades e incertezas, nosso receios e fraquezas.
Foi escolhido, para este domingo, o texto que comenta a agonia de Jesus. A Paixão é ali descrita como uma oferenda suplicante, toda compenetrada, ao mesmo tempo que essa prece foi ouvida e que o Cristo deve sofrer e obedecer. O atendimento consiste numa transformação que se opera por meio da própria morte. A obediência termina numa glorificação, aqui expressa em termos de sacerdócio: em vez de ser adorado e saudado com o título de Senhor, o Cristo é reconhecido como salvador e proclamado sumo sacerdote (cf. v.5).
Na busca incansável de um culto em espírito e em verdade (cf. João 4,23), Jesus chegara inclusive a purificar o Templo com a expulsão dos vendedores (cf. João 2,15). Ele soube realizar esse gesto com seus riscos e perigos. A decisão se inspirou na consciência de pertencer a um sacerdócio de ordem mais elevada.
O episodio do evangelho de hoje situa-se entre a ressurreição de Lázaro e a última Ceia, segundo o quarto Evangelho. A agressividade dos adversários de Jesus chegou ao auge. A Paixão já é tramada nos gabinetes. Os sumos sacerdotes haviam dado ordens: Se alguém soubesse onde Jesus estava, o indicasse, para que o prendessem (João 11,57).
No evangelho, no entanto, Jesus convida seus discípulos a seguirem o gesto prudente do agricultor que semeia. Diz-lhes para não terem medo de perder a própria vida, porque quem morre por amor entra na glória de Deus. O Evangelho interpreta a morte de Jesus como uma manifestação se seu amor. Para ele o homem cresce e se realiza somente quando ama, ou seja, quando doa sua vida pelos irmãos.
O grupo dos gregos representa todos os pagãos que querem conhecer Cristo. Não se sabe se os gregos se encontraram com Jesus. Fica, porém, uma palavra importante de Jesus: o grado de trigo para se transformar em espiga deve morrer embaixo da terra.
Igualmente o homem, se quiser valorizar sua vida, se quiser fazer surgir um mundo novo, deve antes ter a coragem de morrer, ou seja, doar a si mesmo por amor. Para Cristo, o homem atinge o ponto mais alto da realização de sua vida quando se entrega à morte por amor aos seus.
O homem quer frutificar sem morrer, mas é impossível. Jesus aceita ser grão que morre debaixo da terra para dar fruto abundante. Em Jesus se dão as mãos duas realidades fortemente antagônicas: a morte e a fecundidade. Na conjunção de perder o mundo para ganhar o mundo resume-se o mistério pascal de Jesus Cristo.

4. Ligando a Palavra com ação litúrgica

Logo mais entraremos na Semana Santa e a liturgia de hoje tem a finalidade de preparar os cristãos para o acontecimento da Páscoa. Hoje o Pai nos entrega Jesus, o grão fecundado pela força do Espírito, feito Pão da Vida para nossa salvação.
A liturgia deste domingo procura nos persuadir sobre a eficácia do sofrimento vivido no amor.
Podemos ficar na superfície, como a multidão que observa, curiosa, os feitos e gestos de Jesus.
Podemos, pelo contrario, fazer nossas as disposições dos gregos. Eles são atraídos pela cruz que salva. “Quando eu for elevado, na terra, atrairei todos a mim”.
Às vésperas da festa da Páscoa, reunidos em assembleia, atentos na escuta da Palavra, permitimos que a ação do Espírito nos purifique. Na oração eucarística, renovemos a aliança que
o Pai nos oferece nos sangue de seu Filho. Partilhando o pão da eucaristia, comungando em seu sacrifício, acolhemos a cruz em nossa vida como passagem, necessária para a salvação e a realização plena de nossas vidas.
Jesus pregado na cruz revela, com sua morte, o Deus da vida. Este é o Jesus que será visto pelos gregos e que nós encontramos na celebração de hoje. Vindos de uma sociedade marcada por tantos conflitos, injustiças, violência, mortes, fome, guerras, vamos ao Senhor e dele recebemos o ensinamento do grão que cai na terra e o anúncio de sua morte e glorificação.
Ao participar da liturgia, descobrimos a relação profunda que existe entre a realidade complexa e
conflitiva e o mistério do grão de trigo. A antífona da Missa de hoje nos anima a celebrarmos a Páscoa do cordeiro: “A mim, ó Deus, fazei justiça, defendei a minha causa contra a gente sem piedade; do homem perverso e traidor, libertai-me, porque sois, ó Deus, o meu socorro”.
O pão e o vinho são os sinais da Nova Aliança. É o corpo e o sangue de Jesus. Que aqueles que deles se nutrem desenvolvam em si próprios autênticos sentimentos de aliança com Deus e entre
eles mesmos!

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