Como seus amores são belos,minha irmã, noiva minha. Seus amores são melhores do que o vinho, e mais fino que os outros aromas é o odor dos teus perfumes. Por isso Eu quero consumir meus dias, no seu amor! ══════ ღೋ♡✿♡ღೋ═══════

Ani Ledodi Vedodi Li


Mais do que qualquer outro motivo, esta é a razão pela qual quero fazer deste blog um caminho para amarmos mais a Deus, por isso seu nome: “Ani Ledodi Vedodi Li”

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Deus o Abençõe !

E que possas crescer com nossas postagens.

É algo louvável esconder o segredo dos Reis; mas há glória em publicar as obras de Deus!

A Igreja não tem pressa, porque ela possui a Eternidade. E se todas as outras instituições morrem nesta Terra, a Santa Igreja continua no Céu.

Não existem nem tempos nem lugares sem escolhas.

E eu sei quanto resisto a escolher-te.

"Quando sacralizamos alguém essa pessoa permanece viva para sempre!"

Sacralize cada instante de tua vida amando o Amado e no Amado os amados de Deus !


Pe.Emílio Carlos

quarta-feira, 28 de março de 2012




Os santos transformam o mundo

“Eis que vi uma grande multidão, que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas. Estavam de pé diante do trono e diante do Cordeiro, trajados com vestes brancas e com palmas na mão.” (Ap 7,9) Estamos diante de uma das visões de João em seu exílio na Ilha de Patmos. O céu abre suas portas e deixa que o olhar penetrante do evangelista, como de uma águia, contemple o mistério dos que foram salvos da hecatombe apocalíptica.

Desde suas origens, o dia de todos os santos foi uma festa instituída pela Igreja para venerar num só dia todos os santos que não têm uma festa própria no calendário litúrgico. Os santos anônimos são uma multidão imensa, como aqueles primeiros mártires cristãos dos quais fala o livro do Apocalipse, que “lavaram suas vestes e alvejaram-nas no sangue do Cordeiro.” (Ap 7,14) A maior parte de nós temos tido a sorte de conhecer ou conviver com vários deles, sem o saber. Santos anônimos são todas aquelas pessoas que viveram movidas pelo amor a Deus e ao próximo. Em todos os momentos, bons ou maus mantiveram viva e ativa sua fé e sua confiança em Deus e também demonstraram seu amor ao próximo. Talvez este foi o sinal pelo qual foram mais conhecidos e admirados, exerceram em grau máximo a virtude da caridade. Estes santos anônimos sempre estiveram perto das pessoas pobres, abandonadas, enfermas, tristes ou marginalizadas.

Ser santo significa participar da santidade de Deus, como uma imagem refletida num espelho. Estes homens e mulheres se deixaram seduzir pela beleza de Deus. “A presença de Deus manifesta-se sempre, de maneira particularmente clara, nos santos. Os santos mostram-nos em primeiro lugar, que é possível e que é bom viver em relação com Deus e viver esta relação de modo radical, colocando-o em primeiro lugar e não reservando para Ele apenas qualquer canto. Os santos põem em evidência o fato de que foi Deus quem tomou a iniciativa de se dirigir a nós. Nós não poderíamos chegar a Ele e nem tender, de qualquer forma para aquilo que é desconhecido, se Ele não nos tivesse amado primeiro, se não tivesse vindo ao nosso encontro primeiro... Ele mesmo se mostrou a nós em Jesus Cristo, n’Ele continua a mostrar-Se a nós. Também hoje, Cristo vem ao nosso encontro, fala a cada um, como acaba de fazer no Evangelho, e convida cada um de nós a escutá-Lo, a aprender a compreendê-Lo e a segui-Lo. Este convite e esta possibilidade foram valorizados pelos santos: reconheceram o Deus concreto, viram-No e escutaram-No, foram ao seu encontro e caminharam com Ele; deixaram-se por assim dizer, contagiar por Ele e, a partir do íntimo de si mesmos, propenderam para Ele – e d’Ele receberam a luz que lhes desvendou a vida verdadeira.”(Bento XVI, 2011.)

Recordamos hoje uma das grandes perguntas que acompanha o ser humano em toda a sua existência, a pergunta sobre o sentido da vida, pois para o cristão a santidade é o sentido da vida. Mas, reconheçamos “que muitos cristãos têm uma ideia falsa dos santos canonizados. O critério pietista e milagreiro, angelical ou adocicado com que se descrevia há algum tempo muitos santos e santas em livros do gênero é algo que o homem de hoje já não aceita. Ao mitificar a vida dos santos com lendas piedosas e deslumbrantes, eles são privados da sua condição e dos seus valores humanos, e cumulados de virtudes infusas e poderes excepcionais ou paranormais.

Mas, assim, parecem seres de outra galáxia, mais dignos de admiração que de imitação. Felizmente, nada disso reflete a realidade nem foi por isso que a Igreja os declarou oficialmente santos, bem-aventurados e amigos de Deus. As estátuas dos santos continuarão a ser de madeira, gesso ou pedra. Mas os santos eram e são de carne e osso. Os que viveram com eles sabiam-no bem; por isso, às vezes passaram despercebidos.” (Caballero, 2001) Os santos e santas, não se conformaram com o que encontram ou conquistaram no solo, com as proposta caducas de felicidade. Eles apostaram alto, descobriram que Deus era o máximo e deram o firme testemunho dele.

Ainda está em moda ser santo? Sim, é possível seguir Jesus em meio a tanta mediocridade! Sendo diferente dos modelos que nos propõem uma sociedade saturada de egoísmo, individualismo, amor utilitarista e falsos ídolos; mas necessitada de autênticos referenciais de justiça, verdade, amor e paz. É possível seguir Jesus porque, outros irmãs e irmãos nossos, também como nós, de carne osso, lutaram por isso e entre outras coisas, foram imensamente felizes assim. Onde está, então, o segredo da felicidade de todos os santos? Na beleza interior. Como nós, eles tiveram um ponto de partida, o Batismo, mas tomaram a peito a fascinante tarefa de chegar à meta da santidade a partir de Deus, sem esquecer nunca a Deus.

Uns sem querer, não passaram despercebidos, foram exigentes consigo mesmos e deixaram marcas por onde passaram. Outros, porque assim o quiseram, brilharam só para Deus. Por isso só Ele conhece quem são, nós continuamos sem o saber, porém foram santos. Outros ainda, como diz o Papa Bento XVI, estão vivos, são os santos do próximo século. Homens e mulheres que, em tempos difíceis para a fé proclamaram com coragem e com espírito bem-aventurado que vale a pena seguir Jesus. E em meio a tudo isso estamos nós. Sim, nós também somos chamados a perfeição e a santidade, da caridade e do amor, da alegria verdadeira e da esperança cristã.

Quem é feliz? É uma pergunta em cuja resposta importa acertar. Ser feliz é o que todo o mundo quer. E com certeza é o que Deus também quer para nós. Conhecemos as resposta da cultura contemporânea. Para muitos é feliz quem tem, quem pode, aquele que vê satisfeitos seus desejos mais íntimos. Jesus nos oferece outra ótica, o Reino de Deus é entendido no Evangelho como a realização plena da nossa felicidade, o ponto de chegada dos nossos melhores anseios. Todos os que desejam e sonham ser verdadeiramente felizes encontrarão sua plena realização neste Reino proclamado por Jesus. Para chegar lá, todos podem tomar o caminho das “bem-aventuranças” (cf. Mt 5,1-12) indicado por Cristo.

As “bem-aventuranças ou sermão da montanha” talvez um dos textos evangélico mais admirado por todos, crentes ou não crentes e que permanece tão atual, ajuda a compreender que a santidade é esse estilo feliz de vida cristã, essa transformação de nossas mentes e corações para ver o mundo e as pessoas como Deus os vê e para estar no mundo com os sentimentos e as esperanças de Deus. “Trata-se de ensinamentos ministrados por Jesus em diversas ocasiões, mas que o evangelista colecionou e sistematizou num grande discurso... Mateus colecionou-as por razões práticas: dispor de um resumo completo e seguido dos ensinamentos éticos de Jesus para poder ser facilmente utilizado na pregação e ensino da Igreja.” (Bíblia Litúrgica.)

Jesus inverte a escala de valores do mundo, sua mensagem é revolucionária. Muitas vezes já se quis deformar ou ocultar a exigência radical do Evangelho. Mas, suas palavras são tão claras, que confesso a minha dificuldade em comentá-las ou acrescentar algo ao que o Senhor disse. As bem-aventuranças propõem um ideal de vida que, como todo ideal, é inalcançável em sua totalidade. Na medida em que sejamos capazes de vivê-las estaremos mais perto do que Deus quer. Mas, não devemos desanimar se nunca chegarmos à perfeição que este ideal sugere. Simplesmente, temos de tentá-lo.

As bem-aventuranças são características simples que podem ser encontradas em qualquer pessoa: ser pobre ou estar aflito, ser manso ou humilde, ter fome e sede de justiça, ser misericordioso, ter um coração limpo, trabalhar ou promover a paz, se manter feliz mesmo perseguido, perseverar em sua fé, apesar da incompreensão e da calunia. Pensando bem, essas coisas não são difíceis da gente fazer. Elas só são difíceis para quem não quer se esforçar para construir a sua felicidade. Nesse sentido, as bem-aventuranças são também um apelo de Cristo a abraçarmos esse estilo de vida.

Talvez seja necessário apenas clarear alguns conceitos que nem sempre têm sido entendidos no sentido correto. Assim, por exemplo, “Felizes os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus.” (Mt 5,1) Se tem querido ver na pobreza uma situação meramente material, como si o Senhor falara unicamente daqueles que não têm nada. Ou também se tem dito que a justiça: “Felizes os que têm fome e sede justiça, porque serão saciados.” (Mt 5, 6) é simplesmente a justiça entendida em sentido estrito de justiça social. Ou ainda: “Felizes os puros de coração porque verão a Deus” (Mt 5,8), normalmente pensa-se na pureza da castidade.

“Para entender a bem-aventurança da pobreza é necessário detectar no Antigo Testamento uma tendência dentro do judaísmo segundo a qual a palavra ‘ani’ = pobre, ou ‘anawin’ = pobres tem, a par da dimensão sociológica, uma outra religioso-teológica. O pobre é o homem honesto, piedoso e praticante da justiça, que vive sob o jugo do rico, influente e opressor. Quem viver honestamente, praticando a justiça e aberto a Deus, será por Ele recompensado. Daí que se fale em espírito de pobreza ou nos pobres em espírito. Não se declara bem-aventurada a pobreza sociológica em si, pois esta é um autêntico mal. A pobreza bem-aventurada deve ser acompanhada e determinada pela simplicidade de coração, pela convicção profunda da necessidade que o homem tem de Deus, pela integridade de vida, pela abertura aos outros.” (Ibid. Bíblia Litúrgica) Por outra parte, a justiça também tem seu próprio sentido na linguagem bíblica. “Mais que uma atitude, é declarada bem-aventurada uma tendência, um desejo de receber algo. A fome e a sede significam, na Bíblia (Is 55,1; Sl 42,2), a tendência e a ânsia de Deus.

Homens que tendem para uma justiça que Deus oferecerá àqueles que agora se veem oprimidos pela injustiça.” (Ibid. Bíblia Litúrgica) Assim disse Jesus que a única coisa importante na vida é buscar o Reino de Deus e a sua justiça. Por isso ser perseguido por causa da justiça é sê-lo por causa de cumprir a vontade de Deus, de ser justos. “Os puros de coração o melhor comentário talvez seja o do Salmo 24,4: o acesso ao templo, o acesso a Deus, está reservado a quem tem as mãos inocentes e o coração limpo: pureza é o contrário de duplicidade, trata-se da pureza – limpidez – de vida.” (Ibid. Bíblia Litúrgica)

Celebrar a festa de todos os santos não significa ficar na sua simples contemplação. Honrar a memória de todos os santos é continuar a mesma adesão deles a Jesus e saber crescer espiritualmente ainda que em meio aos defeitos e debilidades optando claramente outra vez, pelo caminho da conversão.
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Bibliografia:
Textos e referências bíblicas: Bíblia de Jerusalém, São Paulo, Paulus, 2002.
Bento XVI. Homilia do Papa Bento XVI na Catedral de Erfurt, Alemanha. L’Osservatore Romano, Edição semanal em português, sábado 1 de Outubro de 2001.
Vários autores. Comentários à Bíblia Litúrgica, Portugal, Gráfica de Coimbra 2
Caballero, B. A Palavra de cada Domingo, Ano A. Apelação (Portugal), Paulus, 2001.

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