Como seus amores são belos,minha irmã, noiva minha. Seus amores são melhores do que o vinho, e mais fino que os outros aromas é o odor dos teus perfumes. Por isso Eu quero consumir meus dias, no seu amor! ══════ ღೋ♡✿♡ღೋ═══════

Ani Ledodi Vedodi Li


Mais do que qualquer outro motivo, esta é a razão pela qual quero fazer deste blog um caminho para amarmos mais a Deus, por isso seu nome: “Ani Ledodi Vedodi Li”

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Deus o Abençõe !

E que possas crescer com nossas postagens.

É algo louvável esconder o segredo dos Reis; mas há glória em publicar as obras de Deus!

A Igreja não tem pressa, porque ela possui a Eternidade. E se todas as outras instituições morrem nesta Terra, a Santa Igreja continua no Céu.

Não existem nem tempos nem lugares sem escolhas.

E eu sei quanto resisto a escolher-te.

"Quando sacralizamos alguém essa pessoa permanece viva para sempre!"

Sacralize cada instante de tua vida amando o Amado e no Amado os amados de Deus !


Pe.Emílio Carlos

quarta-feira, 28 de março de 2012

No Rastro dos Santos:



O Padre Reus.

Nascimento e Adolescência do Padre Reus na Alemanha.

A aldeia de Pottenstein na região da Bavária (Alemanha), possui uma altitude que varia entre 350 à 450 metros acima do nível do mar e sua população atual é de cerca de 1500 habitantes. Nacionalmente é conhecida como um excelente centro de recursos climáticos para tratamentos de saúde. Pottenstein, assim chamada “Suíça de Francônia”, foi o lugar de nascimento de João Batista Reus. Seus pais, João Reus e Ana Margarida Hengl, moravam na rua principal, nº65. Nessa casa está uma placa com a inscrição: “Nesta casa nasceu o Padre João Batista Reus, SJ., em 10 de julho de 1868”.

Cercada de altos penhascos, fica próxima ao ponto de união dos vales Weihersbach e Haselbrunn e está situada aos pés de um velho castelo cuja história desempenhou um importante papel para a região. Santa Isabel da Áustria morou entre suas paredes de 1228 à 1229. Ainda hoje muitos prédios ostentam com orgulho o nome da santa católica e na praça da aldeia existe uma estátua em sua homenagem.

O ambiente familiar de João Batista era propicio para o desenvolvimento de uma vida cristã autêntica. O pai, João Reus, procurava educar os filhos para o fiel cumprimento dos seus deveres e ele mesmo era exemplo de uma fé vigorosa e de um genuíno testemunho cristão.

Dotados de sólida educação moral e religiosa, fato que iría mais tarde refletir-se na educação do garoto, os Reus em nenhum momento deixaram-se abater pela situação financeira difícil por que passavam e pelo volume de dívidas que haviam acumulado nos últimos anos.

Ao contrário, o nascimento foi motivo de comemoração e alegria no seio familiar.

João Batista Reus seria o oitavo filho de uma família de 11 irmãos.

Sem desanimar com as dificuldades financeiras, enquanto a mãe Anne convalescia do parto, o pai João, um açougueiro humilde e otimista, continuava seu trabalho árduo e difícil na pequena gleba de terras que a família possuía nos arredores de Pottenstein.

O tempo passou e o pequeno Batista acostumou-se com uma infância alegre e despreocupada, brincando na neve e fazendo peraltices e estripulias com um pequeno grupo de amiguinhos que lhe acompanhavam de manhã à noite.

Um dia sua mãe estava orando acompanhada do caçula Francisco e pediu em voz alta que Deus iluminasse João Batista e abrisse seu coração para as coisas da Igreja, ao que prontamente o pequeno Francisco prontamente respondeu: - Mas o João também deve colaborar com a nossa oração, mãe!

Embora não fosse muito dotado, João Batista gostava de estudar. Possuía grande facilidade para línguas. Além das disciplinas regulares, interessava-se pelo italiano, hebraico, aramaico e árabe. Dedicava-se também à taquigrafia, ao desenho, ao canto. E gostava de tocar cítara.

Já nos primeiros meses de escola a vocação religiosa do jovem João Batista Reus começou a manifestar-se através de seu desejo diário de ir rezar na Igreja de São Martinho, perto do ginásio onde estudava. Todas as manhãs antes da aula ele entrava na igreja com passos firmes e resolutos para fazer as orações do dia.

Cultivava um amor especial à Virgem Maria. Todos os sábados freqüentava a igreja da Mãe de Deus, situada num ponto mais elevado da cidade.

A experiência militar

Apesar de ser um estudante de teologia com visível vocação religiosa, no final da adolescência ao concluir o curso ginasial apresentou-se para servir ao exército. Como o serviço militar era obrigatório, a única concessão feita aos novos recrutas era de que aqueles que tivessem completado a 6ª série, como ele o fizera, poderiam ter seu tempo de serviço militar reduzido. Ainda assim todos deveriam dedicar pelo menos um ano de suas vidas à carreira militar.

Resolvido a seguir o destino que sua mente há muito já havia traçado João Baptista Reus fez uma coisa antes de ingressar nas fileiras do exército: matriculou-se primeiramente no Seminário de Bamberg e só depois partiu para ingressar nas fileiras militares.

Como o cargo de oficial militar era incompatível com o de sacerdote o fato de ter prestado exames e promovido a oficial deixava antever ate mesmo para seus familiares que o jovem nascido em Pottenstein havia despertado para uma nova vocação profissional.

Todos, no entanto estavam enganados. O ânimo do jovem alemão em nenhum momento tinha arrefecido. Em outubro de 1890 João Baptista renunciou ao oficialato, deu baixa e em seguida ingressou no Seminário de Bamberg.

O jovem seminarista

João Batista nutria um grande desejo de ser sacerdote. Mas não simpatizava com a vida de seminário.

Em sua autobiografia, João Batista escreve: Não posso! Não posso! – Qual terá sido a origem dessa insistente relutância?

A mesma decisão e força de vontade demonstrada durante a carreira militar repetiram-se em Bamberg e enquanto estudava teologia o jovem Reus com a mesma tenacidade lia tudo que encontrava a respeito da vida de Santo Ignácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus.

No Seminário, teve oportunidade de fazer de imediato o seu primeiro retiro espiritual inaciano, de três dias. Foi uma nova experiência para a sua vida, que ele descreveu assim: “Comecei vida nova. A mudança operada em mim foi como a passagem da noite para o dia.” Seu propósito, no final do retiro era: “Ser puro como um anjo.” Esta norma passou a polarizar todas as suas aspirações. Buscava forças no amor de Cristo, em especial ao Deus Menino do Presépio, para o cumprimento de seu propósito. Mais tarde anotou em seu diário: “A amável Mãe de Deus, insipirou-me a princípio grande amor a seu Divino Filho... Uma grande confiança e íntimo amor ao Menino Jesus tomavam posse do meu jovem coração.

Em setembro de 1892 fez uma viagem até Exaeten, na Holanda e lá teve certeza que sua vida religiosa aconteceria entre os jesuítas. Apesar de seu desejo intenso de ingressar imediatamente naquela ordem, não foi ainda desta vez que ocorreu seu ingresso.

Aconselhado a ordenar-se sacerdote em sua diocese, retornou da Holanda e foi para Bamberg onde continuou seus estudos por mais um ano.

Nas férias, no segundo domingo depois da Páscoa, fez uma bela homilia sobre o seu tema predileto: o Santíssimo Sacramento, com satisfação geral dos presentes. O jovem diácono era estimado por todos, tanto por sua personalidade como por seu caráter jovial. Não costumava fazer distinção entre as pessoas. Apenas demonstrava especial amor aos pobres.

A Ordenação Sacerdotal.

Como preparação imediata ao sacerdócio, fez um retiro espiritual, anotando posteriormente em sua autobiografia: “Chegaram os dias do retiro antes da ordenação. Manifestou-se então com toda a veemência o fogo do amor ao Redentor... Quero amar-Vos de coração com amor íntimo, cálido e abrasador, com o mais puro e santo amor de Deus...” (Autob.39). O propósito do retiro foi: “Meu Deus, quero amar-Vos cordial e intimamente, com entrega total de todo meu ser!”

Foi ordenado sacerdote, dia 30 de julho de 1893, na Catedral de Bamberg, juntamente com outros 16 diáconos. No mesmo dia viajou com seu pai, que assistiu à ordenação, para a sua terra natal. Dia 31, festa de Santo Inácio de Loyola, celebrou a sua primeira missa na Matriz de Pottenstein, com grande participação de seus conterrâneos.

Inicialmente imaginou que poderia ingressar imediatamente na ordem dos jesuítas, mas os fatos não aconteceram como ele queria. Só após muita insistência junto a seus superiores conseguiu quatro anos depois fazer seus primeiros votos perpétuos na Ordem Jesuítica. Três anos depois foi enviado para o Brasil.

O Padre Reus no Brasil.

Depois de um longo tempo de preparação em que empregou todas as suas forças no auxilio aos pobres, doentes e necessitados, o padre Reus foi enviado ao Brasil onde chegou acompanhado de outros quatro colegas de batina.

Em 15.09.1900 Com o coração pulsando e a fisionomia aberta num grande sorriso, Pe. João Batista Reus desembarcou no porto de Rio Grande, no Rio Grande do Sul, estado brasileiro situado no extremo sul do país, viajando através do vapor “Rosário”.

Quando seus pés tocaram o solo brasileiro estava com 34 anos de idade e um desejo cada vez mais intenso de ajudar seus semelhantes. Nos primeiros 11 anos de Brasil dedicou-se ao apostolado na cidade de Rio Grande.

Um ano depois, em 1912 foi removido para a capital do Estado, Porto Alegre e nomeado professor num dos colégios mais tradicionais da cidade, o Colégio Anchieta.

Este ano é marcado por receber grandes graças místicas, apesar de Padre Reus ser um sacerdote simples e modesto. Ele nunca aspirava ao extraordinário, tais como graças místicas ou carismas especiais.

Apenas queria ser um sacerdote fiel e jesuíta zeloso no cumprimento de seus deveres.

Em fins de agosto teve experiências místicas que o surpreenderam:

“Durante o exame de consciência, a 26 de agosto sobreveio-me tal fogo abrasador que só consegui aliviar meu coração com suspiros fortes. Repentinamente aumentou de tal maneira esta onda de amor, vindas do alto, que não conseguia mais suportá-la”. Parecendo-lhe tudo isso muito estranho, procurou o superior da Missão, padre Zartmann, homem muito sério e prudente. Após minucioso exame disse-lhe que a coisa vem realmente de Deus!”

No dia sete de setembro recebeu uma graça mística muito rara: as santas Chagas ou estigmas de Cristo. Na noite de seis para sete de setembro, acordou várias vezes e sentiu cada vez mais a presença do Salvador. Durante a meditação da manhã percebeu sensivelmente como Cristo olhava para ele. É o próprio Padre Reus que conta: “De repente sobreveio-me um amor fortíssimo e inflamou-me todo o corpo, de modo que parecia estar em chamas. Senti-me puxando para cima, de modo que os meus braços ficaram distendidos. Violenta labareda de fogo precipitou-se do alto e eu senti como algumas setas penetravam em meu coração. Julguei que fosse imaginação minha e me esforcei por rejeitar toda ilusão, mas de nada adiantaram os meus esforços. Percebi, então, cinco raios de luz, vindos em direção das cinco partes do meu corpo, nas quais no Vosso Corpo ressuscitado, ó Jesus, guardais as santas chagas. Foi uma verdadeira luta. Embora nada percebesse com meus olhos corporais, a visão era tão clara que não podia duvidar ter recebido em minha alma a impressão das Vossas cinco Chagas”.

Os estigmas permaneceram invisíveis, fato também verificado em outras almas agraciadas. Mas o Padre Reus sentiu-se toda a vida e às vezes tão fortemente que se contorcia de dor. Foi certamente a melhor resposta para as suas dúvidas, no sentido de que pudesse ser vitima da imaginação ou da ilusão.

A partir de então recebe quotidianamente graças excepcionais durante os exercícios de piedade, principalmente durante a celebração da santa missa. Anjos e Santos lhe apareciam diversas vezes.

Neste mesmo ano seu estado de saúde começou apontar os primeiros problemas de uma longa e sofrida enfermidade.

Sua passagem pelo colégio Anchieta já mostrava o sacerdote maduro, de fisionomia austera e olhares distantes que embora mantivesse a mesma determinação férrea, havia deixado em Bamberg grande parte de seu vigor físico.

Apesar de seus deveres profissionais serem ligados à pedagogia e à administração das tarefas escolares, nunca deixou de ser um religioso apaixonado, devotado e fervoroso.

Vida de penitência e de sacrifício

Seria suspeita a vida de oração e de piedade numa pessoa que fugisse do sacrifício e da cruz.

Padre Reus amou sincera e generosamente a cruz e tinha verdadeira fome e sede de sacrifícios. Aceitava resignadamente os desprezos, as humilhações que feriam profundamente sua extrema susceptibilidade. Flagelava-se diariamente antes de se recolher à noite; cingia-se freqüentemente com um cilício de ferro, dormia sobre duas tabuas, escondidas debaixo do lençol, jejuava quase sem interrupção e dominava os sentidos e a natural curiosidade de maneira edificante. Mas o maior sacrifício foi sem dúvida, a renúncia à sua vontade e sua perfeita e constante subordinação à vontade dos superiores.

A morte do Padre Reus.

O Padre Reus sofreu muito nos anos que antecederam sua morte. No entanto, apesar de doente sempre procurava louvar e agradecer a Deus em suas orações diárias.

Alguns meses antes de sua morte, alternando dias de sofrimento no leito com poucas horas de descanso físico, pois continuava a escrever sua autobiografia.

Em 01/01/47, seis meses antes de falecer, escreveu: "Senhor, agradeço-Vos a graça de me terdes dado chegar a esta idade! Obrigado também pelos sofrimentos e incômodos inerentes à idade senil."

Os primeiros sintomas de seu sofrimento físico já datavam de 1912 quando foi examinado por um médico e constatou-se que começava a apresentar sintomas de hidropisia.

Oito anos mais tarde, em 1920 além da hidropisia que não cessava, foi vítima de diabetes e problemas renais além das constantes e incômodas dores de cabeça que pareciam crônicas.

Não bastasse todos estes males, o Padre Reus por várias vezes teve problemas de pele, bronquite e asma.

Apesar de sua extraordinária força de vontade em continuar vivendo, um ano antes de sua morte apareceram os primeiros problemas cardíacos que permaneceriam a atormentá-lo até o final.

Em 1947, aos 79 anos, seu estado de saúde alternava momentos de melhora com repentinos e constantes agravamentos. Em 04 de abril daquele ano, uma Sexta-Feira Santa, foi sacramentado e seguiram-se alguns dias de recuperação. Mas foram breves e fugazes. Logo em seguida seu estado ficou mais crítico.

No dia 10 de junho, dois meses após o sacramento, rezou sua última Missa.

Esse dia tão ardentemente desejado veio a ser o seu Dia do Nascimento para o Céu, após pouco mais de 79 anos de idade, 54 de sacerdócio e 53 de vida religiosa na Companhia de Jesus, em 21 de julho de 1947.

O padre João Batista Reus está sepultado no cemitério dos jesuítas em São Leopoldo, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil.

Não demorou muito para que o povo começasse a contar historias a respeito de ajudas recebidas depois de orações serem dirigidas à memória do padre. Os dias foram passando e cada vez aumentava mais o numero de pessoas que se diziam auxiliadas pelo Padre Reus.

Iniciaram as romarias e procissões ao seu túmulo .

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