INTRODUÇÃO:
Uma
dúvida constante na vida da maioria dos cristãos é essa: QUAL É A
VONTADE DE DEUS PARA MINHA VIDA?
Eu mesmo já me questionei sobre isso
(não questiono mais), já preguei sobre isso (e continuarei a pregar,
mesmo depois de hoje...caso seja necessário), porém, a pergunta
continua: QUAL É A VONTADE DE DEUS PARA MINHA VIDA?
Esse questionamento,
que para alguns permanece há muito sem resposta, já desviou pessoas da
fé, já decepcionou corações fracos na fé, já se calou dentro de muitas
lápides.
Porém, hoje de forma simples, bíblica, e sem a pretensão de
exaurir o debate e o tema, quero lhe responder a essa questão baseado no
seguinte texto:
TEXTO: I Tessalonicenses 5, 12 – 22.
12. Agora, vos rogamos, irmãos, que acateis com apreço os que trabalham entre vós e os que vos presidem no Senhor e vos admoestam; 13. e que os tenhais com amor em máxima consideração, por causa do trabalho que realizam. Vivei em paz uns com os outros. 14. Exortamo-vos,
também, irmãos, a que admoesteis os insubmissos, consoleis os
desanimados, ampareis os fracos e sejais longânimos para com todos. 15. Evitai que alguém retribua a outrem mal por mal; pelo contrário, segui sempre o bem entre vós e para com todos. 16. Regozijai-vos sempre. 17. Orai sem cessar. 18. Em tudo, dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco. 19. Não apagueis o Espírito. 20. Não desprezeis as profecias; 21. julgai todas as coisas, retende o que é bom; 22 abstende-vos de toda forma de mal.
Hoje veremos que:
A vontade de Deus para minha vida é que haja:
1º) SENTIMENTO DE ALEGRIA CONSTANTE.
Parece
utópico, sem lugar, mas essa é uma das vontades reveladas de Deus para a
sua vida, que você mantenha a alegria, a motivação, a esperança, mesmo
quando a maré da vida está contra você.
O cristão é uma pessoa, um ser,
diferente do restante da humanidade. Somos feitos de carne e osso, temos
sentimentos, paixões, vontades, porém, nossa fonte para tudo isso não
está em nós mesmos, também não está neste mundo perdido e cruel. Nossa
fonte de vida e alegria é o SENHOR Jesus!
Sendo Cristo nossa fonte de
alegria, é claro que nossa alegria não pode e nem deve acabar,
independente de qual seja a situação enfrentada no momento. Porém
infelizmente isso é somente teoria, pois na prática, vemos muitos
cristãos tristes, sisudos, de cara amarrada. Isso nos revela que algo
está errado, não pelo fato de a pessoa não ser expansiva, brincalhona,
piadista, mas pelo fato desta pessoa ser infeliz, triste, desmotivada,
ácida para com a vida e seus acontecimentos.
Pessoas assim são aquelas
que deixaram as lutas da vida lhe nocautearem, lhe colocarem prostrado, e
a fizeram uma pessoa derrotada. São pessoas que permitiram o
crescimento das raízes de amargura, e agora sentem o amargor lhe
possuírem.
Essas pessoas deixaram a fonte da vida secar em seus
corações, ou seja, atrapalharam o movem do Espírito em suas vidas. “Não atrapalhem a ação do Espírito Santo”. (v.19). Ou
seja, pessoas assim estão sem Cristo em seus corações. Conosco não pode
ser assim. Na sua vida deve haver alegria pelo que Cristo lhe
proporcionou na cruz, ou seja, pela salvação eterna adquirida por
Cristo, e dada a você gratuitamente, amorosamente.
Essa salvação em si
só, gera em nós alegria sem fim, e mesmo que tudo diga NÃO! Você irá se
alegrar e dizer: “em Jesus Cristo eu sou mais que vencedor!”
A vontade de Deus para minha vida é que haja:
2º) ORAÇÃO INCESSANTE.
“Orai sem cessar.” (v. 17).
Outra
realidade que parece impossível é a da oração incessante, constante,
sem fim.
Por vezes já fui questionado sobre isso, por pessoas que
entendem que isso seja impossível, por causa da falta de tempo, da falta
de ter o que dizer, da falta de paciência para manter um estilo de vida
assim.
Na realidade, ficar ajoelhado ou em posição contemplativa as 24
horas de um dia não é o que a palavra nos ensina, e nem foi isso o que
fez Jesus em seu ministério terreno.
Então, pensar em oração incessante
significa o que?
Como se tem uma vida de oração constante, interminável,
sem fim? Pensando neste assunto, simpatizei com a definição do
comentário bíblico Esperança que diz: “Essa
“incessante oração” não é exagero de expressão nem artificialismo.
Basta notarmos que a totalidade de nosso “pensar” inevitavelmente possui
a forma do “diálogo”. Queiramos ou não, estamos “incessantemente” em
diálogo... O ser humano foi “criado à imagem de Deus”, ou, como também
poderíamos formular: como parceiro de diálogo de Deus. Essa parceria foi
rompida na queda do pecado”.
Agora, porém, reconciliados com Deus em Cristo (Rm. 5.10),
esse diálogo outrora interrompido, suspenso, pode se reestabelecer, de
forma natural, constante, amiga. Ou seja, em todos os nossos
pensamentos, em nossos atos, estamos em oração com Deus, consultando Sua
vontade, aguardando Suas ordens, respeitando Sua soberania. Quando
agimos e pensamos a oração incessante desta forma, orar se torna um
estilo de vida, uma prática que independe da posição, que não necessita
dobrar os joelhos, que não exige olhos fechados, é algo que flui em cada
gesto, cada palavra. É isso o que Deus quer de você! Que você assuma a
oração como um estilo de vida, como uma prática prazerosa de “prosear”
com Deus, e assim, conhecer Sua vontade cotidiana para sua vida.
A vontade de Deus para minha vida é que haja:
3º) GRATIDÃO PERMANENTE NO SENHOR.
“Em tudo, dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco.” (v. 18).
Olhando
cruamente para o texto, parece que essa é a única vontade de Deus para
nós, isso porque, a palavra “esta” está no singular, dando a entender
que somente essa parte do texto revela a vontade de Deus para nós,
porém, não é essa a verdade, pois os outros dois versículos unidos a
este, expressam a ideia de “vontade de Deus”.
Porém, parece que essa
última parte, apesar de ser a menos utópica, é a mais difícil de se
colocar em prática, justamente por ser algo que envolve a vida prática,
cotidiana, relacionada aos fatos e acontecimentos do dia-a-dia. J
á fui
questionado sobre isso várias vezes: “como posso ficar alegre
diante da morte de alguém tão querido?”; “ como posso me alegrar
diante da perda de tudo o que tinha?”; “como posso me alegrar
diante dos terremotos e tsunamis do Japão, ou, diante das enchentes e
deslizamentos do Rio de Janeiro?”
Essas são perguntas constantes,
difíceis de responder na hora, porém, com um pouco mais de análise, um
pouco mais de oração e entendimento de Deus, tornam-se mais fáceis de
responderem, e a resposta acaba sempre sendo: “sim, há como se alegrar
em Deus, mesmo nessas circunstâncias!”
Analisando esse conselho sobre a
ação de graças, encontramos no “pano de fundo” um conselheiro
experimentado na vida que é o Apóstolo Paulo.
Paulo antes de aconselhar
aos Tessalonicenses sobre a alegria, a ação de graças nos SENHOR,
experimentou na pele literalmente os açoites, as fustigações, a desonra,
a humilhação pelo nome de Cristo. Paulo foi preso injustamente por amar
e pregar a Cristo, teve suas costas rasgadas pelos açoites injusto, por
causa do amor que tinha a Cristo, e o que ele fez? “Depois
de receber essa ordem, o carcereiro os jogou numa cela que ficava no
fundo da cadeia e prendeu os pés deles entre dois blocos de madeira.
Mais ou menos à meia-noite, Paulo e Silas estavam orando e cantando
hinos a Deus, e os outros presos escutavam”. (Atos. 16,24 e 25).
Na
hora difícil, quando deu “nó na garganta”, o homem de Deus levanta a
sua voz e louva, glorifica, adora, se alegra, pois sabe que não será
esse mal terreno que irá lhe roubar a paz, que irá lhe tirar a salvação
dada por um sofrimento bem maior e impagável ao homem comum.
Amados, o
que Cristo fez por nós é fonte de gratidão sem fim. O fato de Ele ter
nos amado, sendo nós ainda pecadores, e ter nos reconciliado com o Pai
pelo Seu sangue remidor, já é motivo de gratidão infinda. Essa gratidão
não necessita de folguedos, de gracejos, de festa aparente, mas é algo
que está presente sempre em nossos corações, em nossas vidas, em nossas
atitudes mais sutis. A palavra nos diz e nós precisamos sempre cumpri: “Regozijai-vos sempre no Senhor; outra vez digo, regozijai-vos”. (Fp. 4.4).
CONCLUSÃO:
Conhecer
a vontade do SENHOR após vermos este texto torna-se algo possível,
plausível e extremamente acessível, bastando somente trilharmos sobre
estes passos: SENTIMENTO DE ALEGRIA CONSTANTE; ORAÇÃO INCESSANTE e
GRATIDÃO PERMANENTE NO SENHOR.
Creio que aqui temos a base do
conhecimento da vontade do SENHOR para nossas vidas.
Rev. José Ricardo Capelari.
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