O alarmismo gosta de anunciar como mais ou menos
iminente a data exata em que Historia acabaria.
A maioria dos apocalípticos causadores de pânico prefere o 21/12/12; outros
falam o 12/12/12. Trata-se de um jogo supersticioso de números.
Houve também quem falasse em 28/10/2011, enquanto o pastor protestante Harold
Camping se adiantou “profetizando” o 21/5/2011.
Seus seguidores afixaram cartazes em várias cidades – em Montevideu, por
exemplo.
Desapontado pelo fracasso de sua “profecia”, o pastor anunciou então nova
data, mas acabou sofrendo um AVC, sendo internado num hospital de Oakland, na
Califórnia.
A montagem do
Nibiru
Outras sagas acenam com o “planeta” Nibiru, que colidiria com a Terra. Ele
apareceria por trás do sol, “como a cada 3.600 anos”, e se arremessaria contra
nós numa velocidade de 70.000 km/h.
O mito do Nibiru provém da antiga Babilônia. Ele está associado a um deus
menor da mitologia suméria que não se sabe ao certo se designava Júpiter ou
Mercúrio. Os sumérios possuíam conhecimentos muito reduzidos a respeito do sol,
além de desconhecerem qualquer planeta além de Júpiter.
Um obscuro escritor russo-americano, também pertencente à pagã e abstrusa
corrente Nova Era, desenterrou o mito do Nibiru e instalou nele homenzinhos
verdes (os Amunakis), visando retorno comercial.
A NASA defende que o Nibiru ou qualquer outro objeto celeste do gênero é
“boato da Internet”. Se estivesse vindo contra a Terra, já teria sido detectado
e deveria ser visível a olho nu.
“Obviamente não existe”, concluiu o mais autorizado instituto mundial para o
espaço. (No site da NASA, ver também a página “
Ask an astrobiologist”)
O exagero sobre a inversão dos polos
magnéticos terrestres
A inversão dos polos magnéticos é outro despropositado espantalho
catastrofista misturado com 2012.
O fenômeno aconteceria a cada 400.000 anos. E a NASA desfaz qualquer
temor:
“Em toda a medida dos nossos conhecimentos, uma inversão magnética dessas não
causará nenhum dano à vida na Terra. Acresce que é muito improvável que
aconteça uma inversão magnética nos próximos milênios”.
O mirabolante site
ZetaTalk
profetizou a inversão para o 15 de maio de 2003, mas ninguém levou a sério e
nada aconteceu. Os “Zetas” seriam extraterrestres que falam através de uma
emissária e vendem livros e CDs. Sem palavras…
Só uma sensação não explícita de que algo está profundamente errado na Terra
pode levar a acreditar em tanta bobagem.
Alinhamento da Terra, do Sol e da Via
Láctea
Não menos sem-pé-nem-cabeça é o medo espalhado pelo
alinhamento da Terra com outros planetas e o centro da Via Láctea, nossa
galáxia.
“Não haverá alinhamentos planetários nas próximas décadas – esclareceu a
NASA. A Terra não cruzará o plano galáctico em 2012 e se porventura esses
alinhamentos acontecessem, os efeitos na Terra seriam negligenciáveis. Em cada
mês de dezembro, a Terra e o sol se alinham com o centro aproximado da Via
Láctea, mas esta é uma ocorrência anual sem consequências”.
Os super-vulcões que destruiriam a
vida na Terra
O delírio alarmista é reforçado por certo ecologismo apocalíptico que acena
com a possibilidade de algum super-vulcão extinto, como o do Parque de
Yellowstone, nos EUA, despertar em 2012. O filme de catástrofe “2012”,
de Roland Emmerich, encena de modo sugestivo e fantasioso esse macro-desastre
hipotético.
Trata-se de um castelo de suposições que não resiste ao bom senso. A última
erupção do gênero teria acontecido 600.000 anos atrás e não há sequer indícios
remotos de que algum desses super-vulcões tenha retomado atividade digna de
nota.
Tempestades solares
Os “complotistas do 2012” – segundo o apelativo de “Le Post” – exploram o
espectro das explosões solares, que obedecem a ciclos de 11 anos. Com base não
se sabe bem em qual bola de cristal, profetizam uma arrasadora labareda do sol
no ano “fatídico”.
De fato, na superfície do sol acontecem continuamente explosões que geram
imensas tempestades magnéticas e de partículas.
Várias dessas atingem regularmente a Terra, e o fizeram até muito
recentemente. Elas foram percebidas por sofisticados instrumentos e causaram
danos passageiros às comunicações.
Mas, pergunta “Le Post”: “Você percebeu alguma coisa” no ano que passou? Ou
neste que está passando?, acrescentamos nós.
“Não há risco especial algum associado a 2012”, diz a NASA, sublinhando que o
ciclo solar em andamento “não é diferente dos ciclos anteriores da
História”.
Por que então tanto fala-fala em torno do ‘fim do mundo’ em 2012?
“Fim do mundo” em 2012 não é ciência,
mas revela problema moral e religioso.
Nossa Senhora até chorou pelo
mundo, mas prometeu o
triunfo de seu Imaculado Coração, jamais falou de fim de mundo, e por cima em
2012!
Importa reconhecer que a crise geral do mundo suscita em muitos espíritos a
ideia da necessidade de uma intervenção divina para salvar a humanidade decaída.
E que essa intervenção pode ser próxima ou muito próxima.
Falam com clareza nesse sentido as mensagens de Nossa Senhora em Fátima, La
Salette e Akita, para citarmos a principais.
Porém, o alarmismo que refutamos neste post nada fala de Nosso Senhor Jesus
Cristo, nem das advertências de Nossa Senhora. Estas, sim, mereceriam ser mais
faladas, inclusive nas igrejas.
O alarmismo sobre 2012 nada tem a ver com a ciência, mas a desmoraliza
pretendendo falar, por vezes, em nome dela.
O alarmismo sobre 2012 nada tem a ver com a fé, mas confunde a fé se
misturando com sentimentos e revelações genuínas que nada tem a ver com ele.
O alarmismo obedece a outras razoes ligadas à propaganda ambientalista
extremada na qual foram se refugiar os ativistas frustrados pelo fracasso do
socialismo. Mas, isto não é ciência nem religião, mas política e agitação.
Essa propaganda, entretanto, não deixa de ser danosa. Se Deus, para o bem dos
homens, decidir executar as advertências feitas por meio de Nossa Senhora,
poderá acontecer que muitos homens, confundidos pelo alarmismo, não sejam
capazes de interpretar bem os fatos enormes que então advirão.
Fonte: Ciência confirma igreja
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