Meditação
“Como azeite não pode se diluir na água,
mesmo estando junto dela, assim a alma soberba está também em Deus, mas não
chega a participar nem a compenetrar-se com Ele”
“Então, qual é o caminho que deve percorrer quem deseja
ser discípulo?
É a senda do Mestre, é a vereda da obediência total a Deus. Por
isso, Jesus pergunta a Tiago e a João: estais dispostos a compartilhar a minha
escolha, a cumprir até ao fundo a vontade do Pai? Estais dispostos a percorrer
este caminho que passa pela humilhação, pelo sofrimento e pela morte por amor?
Com a sua resposta decidida, ’estamos’, os discípulos demonstram mais uma vez
que não entenderam o sentido real daquilo que o Mestre lhes apresenta.
E de novo
Jesus, com paciência, leva-os a dar mais um passo: nem sequer a experiência do
cálice do sofrimento e do batismo da morte dá direito aos primeiros lugares,
porque eles estão reservados «àqueles para os quais foram preparados», estão nas
mãos do Pai celeste; o homem não pode calcular, deve simplesmente abandonar-se a
Deus, sem pretensões, conformando-se à sua vontade” (Bento XVI,
Homilia, 20 de novembro de 2010).
A soberba introduz também uma clara divisão entre o homem e seu próximo. O
soberbo não pode viver em comunhão nem em harmonia com os demais; é incapaz de
servir e colaborar com eles, de reconhecer seus êxitos, de compreender suas
limitações e misérias, de perdoar suas faltas.
Ninguém vive tão sozinho como o
homem soberbo.
A soberba, fruto amargo do egoísmo, é inimiga radical da
caridade.
Meu Pai, para servir aos demais com amor, devo lutar
incansavelmente para dominar minha soberba, preciso me deixar transformar por
Ti. Estou convencido de que meus projetos são em vão, se não estiverem
respaldados por uma vida humilde e um coração generoso e desinteressado. Me
criaste para ser santo, e a santidade não é nada além de uma resposta de amor em
cada momento do dia, no pequeno e no grande.
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