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Maria: Virgem e Mãe
Numa bela comparação os padres da Igreja diziam que assim como a luz atravessa o vidro sem quebrá-lo, da mesma forma, o Verbo de Deus entrou e saiu do seio da Virgem Maria sem rasgar as suas paredes. O Catecismo da Igreja Católica ensina que: “O aprofundamento de sua fé na maternidade virginal levou a Igreja a confessar a virgindade real e perpétua de Maria, mesmo no parto do Filho de Deus feito homem. Com efeito, o nascimento de Cristo "não lhe diminuiu, mas sagrou a integridade virginal" de sua mãe”(CIC 499).
Para definir esse dogma a Igreja se apóia na verdade contida na Bíblia e na Tradição. Os textos da Sagrada Escritura são claros:
- “Por isso, o próprio Senhor vos dará um sinal: uma virgem conceberá e dará à luz um filho, e o chamará Deus Conosco” (Is 7,14). Isaías designa esse acontecimento como um grande sinal de Deus, pois não é nenhum prodígio quando uma mulher tem um filho deixando de ser virgem.
- “No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um homem que se chamava José, da casa de Davi e o nome da virgem era Maria... Maria perguntou ao anjo: Como se fará isso, pois não conheço homem?” (Lc 1, 26-27.34) Antes do parto o anjo foi enviado por Deus a uma Virgem e o nome da Virgem era Maria e virgem permaneceu quando concebeu seu filho, pois essa conceição foi por obra do Espírito Santo. Eis como nasceu Jesus Cristo: Maria, sua mãe, estava desposada com José antes de coabitarem, aconteceu que ela concebeu por virtude do Espírito Santo.
- “Também José subiu da Galiléia, da cidade de Nazaré, à Judéia, à Cidade de Davi, chamada Belém, porque era da casa e família de Davi, para se alistar com a sua esposa Maria, que estava grávida. Estando eles ali, completaram-se os dias dela. E deu à luz seu filho primogênito, e, envolvendo-o em faixas, reclinou-o num presépio; porque não havia lugar para eles na hospedaria” (Lc 2, 4-7). Durante o parto São Lucas nos persuade de que Maria conservou sua virgindade no ato mesmo de tornar-se Mãe do Salvador; pois neste relato que ele nos escreveu ela não aparece sujeita às dores e fraquezas que são o preço natural da maternidade para quem tem o pecado original. Maria mesmo foi quem prestou os primeiros cuidados a Jesus recém nascido. São Lucas, que era médico, não poderia ter falado assim, se Ela tivesse dado à luz de maneira comum.
Após o parto Maria permaneceu fiel ao seu esposo, o Divino Espírito Santo; e José entendendo os planos de Deus colaborou com ela.
Que Maria nos ensine sempre a sermos fiéis ao Senhor e Cheios da presença do Espírito Santo, seu digníssimo Esposo.
A†Ω
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