Como seus amores são belos,minha irmã, noiva minha. Seus amores são melhores do que o vinho, e mais fino que os outros aromas é o odor dos teus perfumes. Por isso Eu quero consumir meus dias, no seu amor! ══════ ღೋ♡✿♡ღೋ═══════

Ani Ledodi Vedodi Li


Mais do que qualquer outro motivo, esta é a razão pela qual quero fazer deste blog um caminho para amarmos mais a Deus, por isso seu nome: “Ani Ledodi Vedodi Li”

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Deus o Abençõe !

E que possas crescer com nossas postagens.

É algo louvável esconder o segredo dos Reis; mas há glória em publicar as obras de Deus!

A Igreja não tem pressa, porque ela possui a Eternidade. E se todas as outras instituições morrem nesta Terra, a Santa Igreja continua no Céu.

Não existem nem tempos nem lugares sem escolhas.

E eu sei quanto resisto a escolher-te.

"Quando sacralizamos alguém essa pessoa permanece viva para sempre!"

Sacralize cada instante de tua vida amando o Amado e no Amado os amados de Deus !


Pe.Emílio Carlos

sábado, 3 de março de 2012


Retiro Pessoal

Março/2012

Livre acesso ao Pai!

Efésios 2,11-22:

Lembrai-vos, portanto, de que vós outrora - os gentios na carne, os chamados incircuncisos por aqueles que se chamavam circuncisos, com uma circuncisão praticada na carne - lembrai-vos de que nesse tempo estáveis sem Cristo, excluídos da cidadania de Israel e estranhos às alianças da promessa, sem esperança e sem Deus no mundo. Mas em Cristo Jesus, vós, que outrora estáveis longe, agora, estais perto, pelo sangue de Cristo.

Com efeito, Ele é a nossa paz, Ele que, dos dois povos, fez um só e destruiu o muro de separação, a inimizade: na sua carne, anulou a lei, que contém os mandamentos em forma de prescrições, para, a partir do judeu e do pagão, criar em si próprio um só homem novo, fazendo a paz, e para os reconciliar com Deus, num só Corpo, por meio da cruz, matando assim a inimizade. E, na sua vinda, anunciou a paz a vós que estáveis longe e paz àqueles que estavam perto. Porque, é por Ele que uns e outros, num só Espírito, temos acesso ao Pai.

Portanto, já não sois estrangeiros nem imigrantes, mas sois concidadãos dos santos e membros da casa de Deus, edificados sobre o alicerce dos Apóstolos e dos Profetas, tendo por pedra angular o próprio Cristo Jesus. É nele que toda a construção, bem ajustada, cresce para formar um templo santo, no Senhor. É nele que também vós sois integrados na construção, para formardes uma habitação de Deus, pelo Espírito.

(Efésios 2,11-22)

O autor da Carta aos Efésios deseja descrever a nova relação que temos uns com os outros desde a morte e ressurreição de Jesus. Fá-lo usando vários termos retirados da vida política do mundo grego – estrangeiros, residentes, concidadãos, acesso livre, fundação. Estes termos técnicos, que parecem, sobretudo destinados a um qualquer decreto ministerial que regule a obtenção de vistos, revestem-se de cores particularmente originais quando são utilizados para caracterizar o laço entre o crente e Cristo e o laço que os crentes mantêm uns com os outros. O recurso a vocabulário político não é, certamente, um acidente. O autor quer falar de uma nova forma de habitar o mundo, uma nova pertença, de uma «cidadania» que é mais fundamental do que aquela no nosso passaporte.

Esta mudança radical de identidade nasceu aos pés da cruz, onde «Cristo anunciou a paz», ou seja, derrubou o ódio. O que nos mantinha distantes de Deus, as nossas transgressões, é posto para trás da cruz. Deus vem colocar-se entre nós e a nossa própria violência. Ao aceitar morrer por amor e entrar na vida da eternidade, Jesus elimina a barreira final, aquela entre nós e Deus.

O medo gera violência, a violência gera violentos. A violência de quem nada tem, a violência de quem tem e quer mais. A busca por segurança, por proteção tem um preço muito alto. “Violência gera violência”, é o que afirmaram os grandes pacifistas da história. Como consequência, uma sociedade violenta gera filhos violentos que, por sua vez, serão geradores de uma sociedade violenta.

Ao mesmo tempo, a vulnerabilidade do Filho vem «anunciar a paz», derrubar o ódio, suprimindo a distância entre os povos, em particular entre o povo eleito e os outros. Pelo dom da vida de Jesus, todos nos tornamos membros uns dos outros. No fundo, a cruz assume o papel desempenhado por uma constituição num estado: oferece a base necessária a uma identidade comum.

O novo corpo pode, então, construir-se. Somos «concidadãos dos santos». A partir deste momento, o que nos define é o fato de recebermos parte do esplendor de Deus, da força, do absoluto de Deus, porque temos livre acesso a Si. Na política, apenas os poderosos podem aceder àqueles que detêm o poder. O poder atrai o poder. Nesta nova cidadania, temos acesso ao «poder» por este acontecimento que expressa de forma mais extrema a pobreza e a simplicidade de Deus: a cruz.

Assim, torna-se evidente que se dissipa a distância geográfica: «paz a vós que estáveis longe e paz àqueles que estavam perto.» Neste novo estado, sem fronteiras, «toda a construção, bem ajustada, cresce» para a reconciliação.

Perdoar do íntimo do coração

Então, Pedro aproximou-se e perguntou-lhe: «Senhor, se o meu irmão me ofender, quantas vezes lhe deverei perdoar? Até sete vezes?» Jesus respondeu: «Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete.

Por isso, o Reino do Céu é comparável a um rei que quis ajustar contas com os seus servos. Logo ao princípio, trouxeram-lhe um que lhe devia dez mil talentos. Não tendo com que pagar, o senhor ordenou que fosse vendido com a mulher, os filhos e todos os seus bens, a fim de pagar a dívida. O servo lançou-se, então, aos seus pés, dizendo: ’Concede-me um prazo e tudo te pagarei.’ Levado pela compaixão, o senhor daquele servo mandou-o em liberdade e perdoou-lhe a dívida. Ao sair, o servo encontrou um dos seus companheiros que lhe devia cem denários. Segurando-o, apertou-lhe o pescoço e sufocava-o, dizendo: ’Paga o que me deves!’ O seu companheiro caiu a seus pés, suplicando: ’Concede-me um prazo que eu te pagarei. ’ Mas ele não concordou e mandou-o prender, até que pagasse tudo quanto lhe devia. Ao verem o que tinha acontecido, os outros companheiros, contristados, foram contá-lo ao seu senhor. O senhor mandou-o, então, chamar e disse-lhe: ’Servo mau, perdoei-te tudo o que me devias, porque assim mo suplicaste; não devias também ter piedade do teu companheiro, como eu tive de ti?’ E o senhor, indignado, entregou-o aos verdugos até que pagasse tudo o que devia. Assim procederá convosco meu Pai celeste, se cada um de vós não perdoar ao seu irmão do íntimo do coração.» (Mateus 18,21-35)

Mateus 18 reúne alguns ditos de Jesus que dizem respeito à vida comum dos seus discípulos. O último terço do capítulo tem que ver com o perdão. Sem perdão, não há vida comunitária, não há Igreja.

Pedro é aquele que faz a pergunta. Está consciente de que, mesmo entre os discípulos, surgirão desentendimentos, tensões, palavras ou atos que ferem. Ele viveu tempo suficiente com Jesus para perceber que o perdão é a única forma de nos libertarmos das paralisações causadas pelo pecado. É por isso que ele não pergunta se deve ou não perdoar, mas sim até aonde deve ir. Oferecendo-se para perdoar sete vezes, pensa, sem dúvida, que está a fazer muito. E ele está certo: perdoar o mesmo erro sete vezes é muito.

Pedro e os outros discípulos devem ter ficado surpreendidos com a resposta de Jesus. «Não sete vezes, mas setenta vezes sete». Por outras palavras, sem limites, sem contar. O número setenta vezes sete talvez seja uma a alusão a Lamec, descendente de Caim, que foi castigado setenta vezes sete vezes por ter errado, ou seja, desproporcionalmente. (Gênesis 4,23-24).

Jesus rejeita a questão de Pedro sobre os limites do perdão e conta uma parábola que enfatiza duas coisas. Por um lado, o perdão é ilimitado. Por outro, este é um todo inquebrável; é impossível separar o perdão de Deus daquele que mostramos uns aos outros.

Na parábola, claro que o rei não representa Deus. Deus não tenciona vender os seus servidores como escravos, nem os manda para a prisão para os torturar. Na parábola, devemos tomar atenção às coisas inesperadas que são significativas, aos detalhes surpreendentes.

A dívida que é perdoada é de «dez mil talentos». Isso é o equivalente ao salário anual de cerca de cento e cinquenta mil trabalhadores, uma soma que hoje representaria bilhões de euros ou dólares! Parece-nos inconcebível que um rei se deixasse comover pela súplica do seu servo para perdoar tamanha quantia, sem pedir satisfações. É um exagero; um rei que atua desta forma não é racional, mas age de acordo com as fantasias do seu coração. Jesus faz-nos compreender que o perdão de Deus não é racional, mas sim inacreditável, desafiando, assim, o senso comum e ultrapassando todo o calculismo.

A recusa do servo em conceder um prazo mais alargado ao seu companheiro, que lhe devia a pequena quantia de cem denários, ou seja, apenas o salário de cerca de quatro meses de um trabalhador, é igualmente surpreendente e escandalosa. Os outros companheiros têm o direito de se sentir entristecidos, assim como o rei de ficar zangado. A falta de consideração do servo toca o cinismo. Como é que ele pode reclamar os seus direitos se ele próprio deve tudo ao ato de misericórdia do rei?

Com esta parábola, Jesus mostra-nos um espelho de cada vez que pensamos que temos de limitar o nosso perdão. «Não devias também ter piedade do teu companheiro, como eu tive de ti?» Esta pergunta do rei é, também, a pergunta que Cristo nos faz. Limitar o perdão não faz sentido para alguém que conheceu o perdão desmedido de Deus.

Claro que o perdão de Deus vem primeiro. Não é condicionado pelo nosso. Mas, visto que o perdão é um todo indivisível, é impossível viver no perdão de Deus sem «perdoar ao seu irmão do íntimo do coração».

Para Rezar:

- Dadas as identidades baseadas em conflitos nas nossas sociedades, o que podemos fazer para mostrar que outro tipo de «cidadania» é possível?

- «Anunciar a paz»: de que forma compreendo esta expressão? A que me inspira na minha relação com os outros?

- Costumo dizer «Chega!»? Que limites é que imponho à minha prontidão em perdoar? Porquê?

- O que significa perdoar do íntimo do coração (v.35)?

- Como pode aquilo que é inacreditável e desmedido no perdão de Deus transformar a minha atitude face àqueles que são injustos comigo?

Santo Retiro +

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