REZAR E EXPIAR PELOS
PECADORES
Nas suas mensagens, o Anjo de Portugal ensina os
Pastorinhos a pedir perdão pelos maus, e mais, a oferecer sacrifícios por eles.
Menciona especialmente a necessidade de desagravar o Santíssimo Sacramento pelas
injúrias que recebe, não só dos que O profanam, mas dos que O recebem com
indiferença.
Em sua primeira aparição, Nossa Senhora pede aos Pastorinhos que
aceitem a dura missão de expiar pelos pecadores, e lhes prediz que
terão muito que sofrer.
Na segunda aparição, incita-os a rezar e a sacrificar-se para
diminuir o grande número de almas que se perdem. Para este efeito,
ensina-lhes uma jaculatória. Mostra ainda Seu Imaculado Coração coroado de
espinhos em consequência dos pecados que hoje se cometem.
Na terceira aparição, faz-lhes ver o inferno com os tormentos
inenarráveis a que estão sujeitos os que ali são lançados pela justiça de
Deus. E insiste na necessidade de reparar os pecados.
Na quarta visão, Nossa Senhora ensina outra oração
reparadora, e afirma que muitas são as almas que se perdem, porque não
há quem repare por elas.
Na quinta aparição, Nossa Senhora modera alguns excessos dos
pastorinhos em seu ardor de reparação, mas insiste na necessidade de se
sacrificarem pelos pecadores. Afirma a necessidade de os homens se
converterem de seus pecados, deixando de desafiar a justiça de Deus, para que o
mundo não seja castigado.
Por fim, em Thuy, aparecendo à irmã Lúcia, Nossa Senhora fala precisamente no
mesmo sentido.
Vemos, pois, que o pensamento constante de todas as mensagens é este:
o mundo está a braços com uma terrível crise religiosa e moral. Os pecados
cometidos são incontáveis. E são a verdadeira causa da desolação
universal.
O modo mais acertado para remediar seus efeitos consiste na oração e na
reparação.
NÃO BASTA REZAR: É PRECISO
EXPIAR
Por fim um ponto essencial. Nossa Senhora não fala apenas em oração. Ela quer
expiação, sacrifício.
Haverá época em que mais se tenha fugido da dor? Haverá época em que menos se
tenha falado sobre a necessidade da mortificação? Haverá época em que menos se
tenha tido a noção da importância do sacrifício? Pois é para este ponto que
Nossa Senhora atrai especialmente nossa atenção.
Nos grandes séculos de piedade, a expiação era um fato frequente na vida dos
homens e dos povos. Faziam-se imensas peregrinações para expiar pecados. Nas
grutas, nas florestas, nos claustros, encontravam-se verdadeiras legiões de
almas votadas à vida de expiação. Nos testamentos, deixavam-se fortunas inteiras
para obras pias ou de caridade, em remissão dos pecados. Havia confrarias
especialmente destinadas a fomentar a penitência. Havia procissões expiatórias
em que tomavam parte cidades inteiras.
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