Como seus amores são belos,minha irmã, noiva minha. Seus amores são melhores do que o vinho, e mais fino que os outros aromas é o odor dos teus perfumes. Por isso Eu quero consumir meus dias, no seu amor! ══════ ღೋ♡✿♡ღೋ═══════

Ani Ledodi Vedodi Li


Mais do que qualquer outro motivo, esta é a razão pela qual quero fazer deste blog um caminho para amarmos mais a Deus, por isso seu nome: “Ani Ledodi Vedodi Li”

Para você entrar em nossos artigos click nas imagens nas laterais e encontrarás os lincks dos artigos postados.

Deus o Abençõe !

E que possas crescer com nossas postagens.

É algo louvável esconder o segredo dos Reis; mas há glória em publicar as obras de Deus!

A Igreja não tem pressa, porque ela possui a Eternidade. E se todas as outras instituições morrem nesta Terra, a Santa Igreja continua no Céu.

Não existem nem tempos nem lugares sem escolhas.

E eu sei quanto resisto a escolher-te.

"Quando sacralizamos alguém essa pessoa permanece viva para sempre!"

Sacralize cada instante de tua vida amando o Amado e no Amado os amados de Deus !


Pe.Emílio Carlos

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Meditação para o Avento 
Primeira Semana 
 
 «Vigiai e orai em todo o tempo »

A promessa de um Messias que trará a reconciliação e a paz à humanidade é muito antiga. Encontramos a primeira promessa na própria cena da queda do pecado original: «Porei inimizade entre ti e a Mulher, entre tua linhagem e sua linhagem: essa pisará tua cabeça e tu lhe ferirá o calcanhar» (Gen 3, 15). Chamamos esta passagem de protoevangelho, quer dizer, o primeiro anúncio da Boa Nova.

Para cumprir aquela antiga promessa Deus formou e preparou um povo no transcurso da história. Por meio do profeta Jeremias (aprox. 650 a. C.)  anunciou que faria brotar deste povo um “rebento de justiça” (1ª leitura), descendente de Davi, o grande rei de Israel (aprox. 1010-970 a.C.). Ele exerceria a «justiça e o direito nas terras», trazendo a salvação a Judá e a segurança a Jerusalém.

No Senhor Jesus se cumprem as profecias. Ele é o descendente da Mulher. Aquele que por sua Cruz e Ressurreição pisou na cabeça da serpente, venceu o Demônio e quebrou seu domínio, recriando e reconciliando o ser humano com Deus, consigo mesmo, com seus irmãos humanos e com toda a criação. Ele é aquele “Rebento de justiça” da descendência de Davi que em sua primeira vinda trouxe a salvação à humanidade inteira.
No Evangelho do Domingo do Advento o Senhor Jesus anuncia a seus discípulos que no fim dos tempos voltará novamente com glória «verão o Filho do Homem vir em uma nuvem, com grande poder e glória». Esperando este acontecimento final da história da humanidade, cujo momento Jesus afirma rotundamente que ninguém sabe nem o dia nem a hora, o Senhor exorta-nos a estarmos sempre vigilantes e perseverantes em oração para não desfalecermos, para podermos suportar o rigor daquele dia, podermos permanecer «em pé diante do Filho do homem» e sermos encontrados justos em sua presença.

Esta perspectiva pode inspirar terror. Contudo, as palavras do Senhor são também sumamente animadoras: «Quando estas coisas começarem a acontecer, erguei-vos e levantai a cabeça, porque a vossa libertação está próxima.» Por libertação ou redenção o Senhor quer indicar a ação poderosa de Deus na história da humanidade para resgatar seus eleitos. Aproxima-se, pois, o triunfo definitivo de Deus, a libertação final e o resgate de todos os seus eleitos.

Depois deste anúncio o Senhor nos exorta também à vigilância: «Tenham cuidado: que seus corações não se entorpeçam pela devassidão, pela embriaguez e pelas preocupações da vida». O discípulo deve exercer uma contínua vigilância sobre si mesmo, sobre seu “coração”, sobre suas condutas morais. Para exercer esta vigilância é necessário examinar-se continuamente, aplicar-se consigo mesmo sem esmorecer. A que devemos estar atentos? A que o próprio coração não se embote e se torne pesado. Por “coração” na mentalidade hebréia entendia-se a sede de todos os pensamentos e sentimentos, centro ou núcleo de tudo aquilo que a pessoa é, de seu ser e de suas faculdades. Deve-se cuidar para que a pessoa não se torne pesada pela craipalé, pela méthe e pelas merímnais biótikais. Antes de “excesso de comida” craipalé é traduzido como crápula, quer dizer, uma vida dissipada, libertina, entregue ao vício, dissoluta e imoral. Certamente as comilanças ou excesso de comida fazem parte dessa vida dissoluta, mas não englobam tudo o que essa expressão quer dizer. Methé é traduzido por bebedeiras, assim como merímnais biótikais por preocupações da vida, embora preocupação, aqui, tenha a carga de ansiedade, quer dizer, uma preocupação excessiva e talvez única por tudo o que pertence à vida e seus assuntos.

Como o Senhor virá sem avisar, como uma armadilha que de um momento para o outro cai inesperadamente sobre quem anda desprevenido, é necessário “despertar” e manter-se vigilante, atentos e preparados em todo momento. O Apóstolo Paulo exorta os cristãos de Tessalônica nesse sentido, para progredirem e sobreabundarem «no amor mútuo e no amor a todos os demais» (2ª leitura). Desse modo estarão preparados para apresentar-se «diante de Deus, nosso Pai, santos e irrepreensíveis», quando o Senhor vier com seus santos. Também exorta os cristãos para que,  tendo em vista a última vinda do Senhor, vivam como convém viver «para agradar a Deus», e que progridam sempre mais, segundo os ensinamentos já recebidos do Senhor.

II – LUZES PARA A VIDA CRISTÃ

Estou preparado, se hoje sobreviesse aquele grande e terrível dia que o Senhor anuncia no fim dos tempos, aquele dia em que Ele virá glorioso entre as nuvens? Há dois domingos meditamos que o fim do mundo muito provavelmente seja, para mim, a hora da minha morte. Sou consciente de que atrás da minha morte está Cristo? Como me apresentarei diante Dele? Como estarei preparado para esse momento crucial em que se define minha eternidade?

O próprio Senhor nos dá uma chave fundamental no Evangelho de Domingo: «Tenham cuidado: que seus corações não se entorpeçam pela vida libertina, pelas bebedeiras e pelas preocupações da vida» (Lc 21, 34). Convém revisarmos:
Meu coração se entorpeceu pela “libertinagem”? Minha regra é fazer “o que me dá vontade”, deixando-me levar onde minhas paixões e impulsos me levem? Tomo minha liberdade como um «pretexto para a carne» (Gal 5, 13), depreciando a virtude da castidade que todo cristão está chamado a viver? Faço da minha liberdade «um pretexto para a maldade» (1 Pe 2, 16)?  

Digo “sou livre para fazer o que quero” para justificar qualquer vício ou conduta que vá contra qualquer um dos mandamentos divinos?

Meu coração se entorpeceu pela “embriaguez”? Beber álcool em excesso é um caminho fácil para esquecer as penas, fugir da realidade dolorosa que não queremos enfrentar. Quantas vezes assumo uma atitude de fuga frente ao Senhor que bate à porta de meu coração? Quantas vezes simplesmente “não quero” me encontrar com o Senhor e fujo de Sua Presença, fujo da oração profunda, porque sei que o verdadeiro encontro com Cristo exige mudanças ou renúncias que não estou disposto a assumir, que demandam despojar-me de certas “riquezas” ou seguranças” que não quero largar? Busco viver com alegrias e felicidades superficiais e passageiras, ou com vícios e compensações que ao passar seu efeito não fazem senão evidenciar para mim, mais ainda, o vazio em que vivo?

Meu coração tornou-se pesado pelas preocupações da vida cotidiana? Quanto me deixo absorver pelas preocupações diárias que terminam afogando a Palavra e sua eficácia em mim? O Senhor adverte claramente sobre o efeito dessas preocupações da vida cotidiana sobre sua Palavra semeada em meu coração: «O que foi semeado entre espinhos, é o que ouve a Palavra, mas as preocupações do mundo e a sedução das riquezas afogam a Palavra, e fica sem fruto» (Mt 13, 22; ver Mc 4, 19). Quantas coisas nos preocupam, talvez muito licitamente, preocupações que sem dúvida devo atender! Mas o coração torna-se pesado quando nos deixamos curvar e absorver por estas preocupações de tal modo que perdemos de vista o horizonte de eternidade e deixamos de lado o mais importante: buscar o Reino de Deus e sua justiça (ver Mt 6, 33-34).

O Advento é um tempo que nos convida a aliviar nossos corações de tudo aquilo que tornou pesada nossa marcha para o encontro definitivo com o Senhor. Ele vem e eu finalmente me encontrarei com Ele. Encarar o Senhor que vem não significa de modo algum desligar-se das realidades deste mundo, mas dar-lhes seu justo valor e peso, assim como trabalhar para instaurar tudo em Cristo, para construir uma civilização de Amor, na qual todos os seres humanos caminhem para o encontro definitivo com seu Senhor.

III – PADRES DA IGREJA

São Gregório Magno: «Os que amam a Deus se regozijam ao ver chegar o fim do mundo, porque encontrarão em breve aquela pátria que amam, quando tiver passado aquele mundo ao qual não se apegaram. Queira Deus que nenhum fiel que deseje ver a Deus se queixe das provas deste mundo, já que não ignora a caducidade deste mundo. Com efeito, está escrito: “Quem ama este mundo é inimigo de Deus”. Aquele, pois, que não se alegra por ver chegar o fim deste mundo é seu amigo e, portanto, inimigo de Deus. Não será assim entre os fiéis, entre aqueles que creem que há outra vida e que manifestam por suas obras que a amam».

São Pacômio: «Quanto a ti, filho meu, até quando serás negligente? Qual é o limite de tu negligência? Este ano é como o ano passado e hoje é como ontem. Enquanto fores negligente, não haverá nenhum progresso para ti. Sede sóbrio, eleva teu coração. Deverás comparecer diante do tribunal de Deus e prestar contas do que fizeste em segredo e do que fizeste publicamente. Se vais a um lugar onde se combate a guerra, a guerra de Deus, e se o Espírito de Deus te exorta: “Não durmas neste lugar, porque há ataques”, e o diabo sussurra: “Qualquer coisa que te aconteça, é a primeira vez, ou se viste isso ou aquilo, não te aflijas”, não escute seus astutos discursos… Eis aqui que aprendeste que Deus não economizou os santos de provações. Vigia, então, sabes as promessas que fez, foge da arrogância, arranca o diabo de ti, para que ele não te arranque os olhos de tua inteligência e te deixe cego, de modo que não conheças mais o caminho da cidade, o lugar onde vives. Reconhece de novo a cidade de Cristo, dá-lhe glória porque Ele morreu por ti».

IV – CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA

2612. Em Jesus, «o Reino de Deus está perto». Ele apela à conversão e à fé, mas também à vigilância. Na oração (Mc 1, 15), o discípulo vela, atento Aquele que é e que vem, na memória da sua primeira vinda na humildade da carne e na esperança da sua segunda vinda na glória. Em comunhão com o Mestre, a oração dos discípulos é um combate; é vigiando na oração que não se cai na tentação.
2730. Positivamente, o combate contra o nosso eu, possessivo e dominador, consiste na vigilância, a sobriedade do coração. Quando Jesus insiste na vigilância, esta se refere sempre a Ele, à sua vinda, no último dia e em cada dia: «hoje». O Esposo chega no meio da noite. A luz que não se deve extinguir é a da fé: «Diz-me o coração: “Procura a sua face”» (Sl 27, 8).
2733. Outra tentação, à qual a presunção abre a porta, é a acédia. Os Padres espirituais entendem por ela uma forma de depressão devida ao relaxamento da ascese, à diminuição da vigilância, à negligência do coração. «O espírito está decidido, mas a carne é fraca» (Mt 26, 41). Quanto de mais alto se cai, mais magoado se fica. O desânimo doloroso é o reverso da presunção. Quem é humilde não se admira da sua miséria; ela leva-o a ter mais confiança e a manter-se firme na constância.
2849. Ora um tal combate e uma tal vitória só são possíveis pela oração. Foi pela oração que Jesus venceu o Tentador desde o princípio e no último combate da sua agonia. Foi ao seu combate e à sua agonia que Cristo nos uniu nesta petição ao nosso Pai. A vigilância do coração é lembrada com insistência em comunhão com a sua. A vigilância é a «guarda do coração» e Jesus pede ao Pai que «nos guarde em seu Nome» (, 17,11). O Espírito Santo procura incessantemente despertar-nos para esta vigilância. Esta petição adquire todo o seu sentido dramático, quando relacionada com a tentação final do nosso combate na terra: ela pede a perseverança final. «Olhai que vou chegar como um ladrão: feliz de quem estiver vigilante!» (Ap 16, 15).
2863. Ao dizermos: «não nos deixeis cair em tentação», pedimos a Deus que não permita que enveredemos pelo caminho que conduz ao pecado. Esta petição implora o Espírito de discernimento e de fortaleza; solicita a graça da vigilância e a perseverança final.

V – PALAVRAS DE LUIS FERNANDO FIGARI (conforme textos publicados)

Através da atenção vigilante e outras medidas de conhecimento próprio não é difícil estabelecer a relação entre as ocasiões e as quedas.

Não cabe, pois, descuidar da influência das situações em relação ao trabalho espiritual. Deve existir uma coerência entre o trabalho – sempre sustentado pela graça – que a pessoa realiza para abrir-se mais e mais ao desígnio divino para ela, e o ambiente em que se vive, trabalha ou estuda e a própria estrutura de suas atividades.

Segundo as metas do trabalho espiritual deve-se ir modificando as circunstâncias, para favorecer e reforçar esse trabalho decisivo sobre o destino da pessoa. Mais ainda, em um mundo como o que nos toca viver, a pressão ambiental é uma realidade indiscutível. Os meios de comunicação e as próprias situações da vida estruturam-se de acordo com certos padrões que usualmente expressam opções de uma cultura de morte, com toda a sua carga anticristã explícita ou subliminar. Não poucas formas e relações sociais expressam esta mesma carga sutilmente sob aparências de tratamento ou outras mais sofisticadas».

Assim, pois, o exemplo testemunhal de Maria aparece claro para seus filhos, peregrinos da Igreja. A vida peregrinante dos crentes contempla a Santíssima Virgem como exemplo, como alento, como auxílio, guia e proteção, enfim, como cordial companhia no caminhar de esperança para o triunfo da missão, da vida. Está claro que a qualidade de exemplar peregrina que Santa Maria teve fala forte e claro à realidade de viandantes[1] na qual nós, seus filhos, nos encontramos hoje. Por isso o amoroso interesse com que buscamos conhecer e aprofundar em sua vida paradigmática, assim como participar em sua intimidade a partir do impulso filial que Jesus nos dá da Cruz, e acolher-nos sob a sua guia maternal e poderosa intercessão. Tudo isso cria um admirável consórcio entre nossa Mãe e cada um de seus filhos, que assim a veem e amam. Essa comunhão com Maria nos leva a sentir que caminha junto conosco, que nos guia e ajuda vigilante, que nos cobre com seu manto virginal e, por sua infatigável intercessão, nos defende das insídias do inimigo. Mãe nossa, boa conhecedora do dinamismo peregrinante, acompanha-nos buscando ajudar para que nossa própria peregrinação responda à missão pessoal que o Plano de Deus contempla, para que assim possamos encaminhar-nos melhor para a vida plena e eternamente feliz, com a força da graça.

[1] Viandante – o que viaja, peregrino.

Nenhum comentário:

Postar um comentário