Como seus amores são belos,minha irmã, noiva minha. Seus amores são melhores do que o vinho, e mais fino que os outros aromas é o odor dos teus perfumes. Por isso Eu quero consumir meus dias, no seu amor! ══════ ღೋ♡✿♡ღೋ═══════

Ani Ledodi Vedodi Li


Mais do que qualquer outro motivo, esta é a razão pela qual quero fazer deste blog um caminho para amarmos mais a Deus, por isso seu nome: “Ani Ledodi Vedodi Li”

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Deus o Abençõe !

E que possas crescer com nossas postagens.

É algo louvável esconder o segredo dos Reis; mas há glória em publicar as obras de Deus!

A Igreja não tem pressa, porque ela possui a Eternidade. E se todas as outras instituições morrem nesta Terra, a Santa Igreja continua no Céu.

Não existem nem tempos nem lugares sem escolhas.

E eu sei quanto resisto a escolher-te.

"Quando sacralizamos alguém essa pessoa permanece viva para sempre!"

Sacralize cada instante de tua vida amando o Amado e no Amado os amados de Deus !


Pe.Emílio Carlos

sábado, 24 de dezembro de 2011

HOMILIA – VIGÍLIA DO NATAL.-


Caros irmãos celebramos hoje com imensa alegria a festa do Santo Natal. Durante o tempo do Advento nos preparamos para penetrar mais profundamente neste mistério verdadeiramente inefável.

Fomos convocados no primeiro domingo do advento à estar vigilantes, atentos as constantes visitas do Senhor. Já na festa da Imaculada, olhando o exemplo de Maria, somos convidados a viver como ela: sermos verdadeiras imagens de Deus e na vida seus servos nos colocando ao serviço dos irmãos. Já no terceiro domingo, o Batista nos convidava à honestidade de vida, a conversão e a sermos testemunhas de Jesus Cristo em nossas existências concretas. Finalmente no último domingo do advento refletíamos que Jesus é o Salvador prometido, aquele que realiza as promessas do Antigo Testamento. Assim, éramos convocados mais uma vez à sermos testemunhas da luz e para isto aprendermos com O Senhor e com sua mãe a darmos sempre o nosso “SIM” à vontade do Pai. Toda esta caminhada deve ter nos ajudado à estarmos hoje bem preparados, pessoal e comunitariamente, para celebrarmos o Santo Natal do Senhor.

A liturgia da festa do Natal tem esquemas de leituras diferentes, um para a missa da noite, chamada do Galo, e outro para a missa do dia. Como um esquema aprofunda o outro, optamos por refleti-los em conjunto. Creio que isto nos ajudará a compreender e viver melhor o mistério que hoje com júbilo celebramos.

A Palestina estava então dividida em dois Reinos, o Reino do Norte chamado também de Israel, que compreendia as regiões da Galiléia e da Samaria, e o Reino do Sul chamado de Judá onde reinava Acaz. Estes dois reinos nunca se deram bem, embora compostos de tribos irmãs, havia muita luta entre eles. Aproximadamente setecentos e vinte anos antes de Cristo, Acaz mais fraco pede a ajuda dos Assírios para vencer o Reino do Norte. Ocorre a invasão e uma grande destruição muitos são levados para o cativeiro. Por isto o texto de hoje começa a falar do povo que estava imerso na escuridão. Diante disto o profeta, em nome de Deus, aponta que esta situação de sofrimento vai acabar e logo virá a alegria. E para que entendam melhor esta alegria, ela é comparada com as festas feitas após uma abundante colheita ou o júbilo pela vitória em um combate. Diz Isaias que vai brilhar uma luz, mas que luz é esta? Ele nos diz de um menino que vai nascer, que será como Salomão “conselheiro admirável”, que será forte como Davi e de modo especial será o príncipe da paz, que seu reino será de não violência e durará para sempre. É lógico que nenhum rei em Israel, por melhor que fosse, cumpriu esta profecia e os Israelitas continuavam a aguardar o rei ideal e perfeito. Por isto o povo via nesta profecia uma indicação da vinda do Messias, do prometido!

Sem dúvida Jesus é este Rei da paz, este príncipe prometido, nele cumpre-se plenamente o que profetizara Isaias. Hoje nesta noite de Natal, celebramos este grandioso presente do Pai “nasceu para nós um menino”. E como a lógica de Deus é diferente da dos homens, este menino não será violento e guerreiro aos moldes humanos, mas o instaurador de um novo tempo de paz definitiva. Este reino já está entre nós, embora não pleno, por isto somos convidados sempre a fazer com que cresça em nosso coração e no mundo.

Diz o Apóstolo que Deus manifestou sua salvação em Jesus. Ele nasceu para nos redimir, deu sua vida para que pudéssemos ter vida plena. Ele é nosso Deus e Salvador. Celebramos hoje não qualquer nascimento, não é o nascimento de um grande profeta, de um iluminado, ou de um grande homem! Celebramos o nascimento de Jesus “nosso grande Deus e Salvador”. E em vista disto, nos admoesta Paulo, que o Senhor nos ensinou a abandonarmos a vida velha, as trevas e o pecado para vivermos como homens novos. Esta deve ser a constante luta de nossa caminhada cristã: vivermos iluminados por Cristo e sermos luz para os nossos semelhantes.

Num relato breve e muito simples Lucas nos apresenta o nascimento de Jesus. Inicialmente aponta uma data, o recenseamento e depois o local do nascimento. Isto para nos dizer claramente que se trata de um acontecimento histórico. Jesus não é um mito, uma lenda, mas verdadeiramente esteve presente entre nós. É interessante que mesmo os judeus, aqueles que perseguiam a nascente comunidade cristã nunca negaram a existência histórica de Jesus. É certo que não o aceitavam como o Messias, alguns atribuíam seus poderes ao demônio, outros o achavam apenas um profeta ou um rabino extravagante.

Em seguida de modo singelo relata que depois de nascido, foi enfaixado como todo judeu fazia com suas crianças recém nascidas, e colocado na manjedoura. Como não encontraram lugar para hospedar-se acabaram num estábulo, ou gruta, onde ficavam os animais, e Jesus teve como primeiro berço o “cocho” onde os animais se alimentam.

Depois fala do anuncio feito aos pastores, e o faz numa linguagem chamada de “teofania” ou manifestação de Deus. A glória de Deus envolveu os pastores e lhes foi anunciada a grande alegria do nascimento do Salvador. O sinal dado aos pastores é surpreendente, um menino envolto em faixas numa manjedoura!

E termina o texto proclamando o início da prometida era da verdadeira paz!

A festa de hoje nos apresenta um divino contraste, e mais uma vez nos leva a refletir que os pensamentos de Deus não são os nossos e o seu modo de agir também é muito diferente do nosso. Os acontecimentos parecem tão insignificantes, mas nos devem levar a compromissos bem concretos, os compromissos do Natal.

O Rei prometido não nasce num palácio e nem tem berço de ouro, nasce numa gruta, num estábulo e tem como primeiro berço um cocho! Este é o sinal dado aos pastores para reconhecê-lo. Deus não diz aos pastores que iriam encontrar um menino envolto em auréolas luminosas e rodeado da corte celeste! É preciso aqui aprender a lição da simplicidade, quantas vezes temos a tentação de querer encontrar Deus apenas em acontecimentos extraordinários ou milagrosos e perdemos a oportunidade de tantos encontros verdadeiros com Ele no cotidiano de nossas vidas! É preciso buscar ver a presença de Deus no banal de nossas existências. O Natal nos faz aprender a importância de sermos mais simples e menos complicados. O menino na manjedoura nos ajuda a apostar não na lógica da violência ou da força para vencer o mal, mas na ternura e na pureza de um recém nascido. O presépio nos quer levar ao COMPROMISSO DA SIMPLICIDADE.

Mais ainda o Rei prometido, o libertador, inicia sua vida na obediência a um decreto do Imperador. Como sua família é descendente de Davi, José e Maria têm que ir a Belém, pois devem fazer o recenseamento no lugar de origem da família. Jesus não nasce em Belém para tomar posse do trono, mas na obediência a um dominador estrangeiro Mais uma grande lição podemos apreender deste fato: Deus age na História, respeitando a liberdade humana Ele vai conduzindo os caminhos segundo sua vontade e sempre para o bem de todos. O presépio de Belém então nos encaminha ao COMPROMISSO DA ESPERANÇA.

Quem são os primeiros a visitar o recém nascido? É interessante que no nascimento de João Batista, as vizinhas de Isabel vão dar-lhe os parabéns. No nascimento de Jesus são os pastores. Ocorre que os pastores eram tidos como pecadores públicos, como gente desonesta, pessoas que não podiam dar testemunho num tribunal e muito menos freqüentar o templo. Os rabinos daquele tempo achavam que os pastores eram um caso perdido e sem salvação. É interessante que são eles os primeiros a receber a alegre noticia “hoje nasceu para vós um Salvador”. E são eles os primeiros a visitar Jesus. Mais uma lição do presépio aqui tiramos, Jesus vem para salvar a todos, mas de modo especial para os que mais precisam. Felizes os pastores, felizes os sem nome, os que sofrem, os que são marginalizados, os pecadores, pois são chamados antes que os outros. Desde Belém está foi a opção do Senhor, e em sua vida pública teve o mesmo comportamento quando se achegava aos pecadores públicos, as meretrizes, aos cobradores de impostos, aos leprosos. Deveríamos nos perguntar porque não foram chamados os doutores da Lei, os sacerdotes do Templo, os fariseus? Neste momento seria muito bom que fizéssemos um exame de consciência de como nós e nossas comunidades acolhem os mais fracos, os pequenos, os marginalizados e os que erram. Os pastores no presépio de Belém nos convidam ao COMPROMISSO DA ACOLHIDA FRATERNA.

E mais, o Salvador, Filho eterno de Deus é envolto em faixas. Isto é assume nossa natureza humana verdadeiramente, precisa de cuidados, e está sujeito a todas as necessidades humanas, Ele o criador do Universo e Senhor da História. Aqui mais uma importante lição para nós o valor do ser humano! Deus mesmo se fez homem, e assim nos ensina que sempre devemos valorizar nossos irmãos. Mas, quantas vezes o ser humano é pisado, maltratado, injustiçado, manipulado e oprimido. Todo homem é imagem de Deus, e a encarnação do Verbo nos dá um motivo ainda maior para respeitarmos a dignidade e o direito dos demais. Jesus se fez homem, valorizou os homens, deu sua vida por nós! Na última ceia ensinando-nos a lição do serviço ficou de joelhos diante dos apóstolos para lavar-lhes os pés. Já imaginamos a profundidade deste gesto? Um Deus inclinado diante de sua criatura! O Menino Jesus no presépio nos convida ao sério COMPROMISSO DE RESPEITAR O SER HUMANO E SEUS DIREITOS.

O anjos cantam na noite de hoje “ Glória a Deus e paz aos homens”. É caros irmãos a glória é um predicado próprio apenas de Deus. Só a Deus se deve dar Glória, mas sua glória é a paz dos homens. Assim esta noite santa nos chama a dar glória a Deus em nossas vidas sendo um verdadeiro instrumento de paz. Precisamos romper com o orgulho, com a cadeia do mal e a falta de fraternidade. Dar glória a Deus na nossa vida, no nosso ambiente de trabalho, na nossa família! Os anjos no presépio de Belém nos conclamam ao COMPROMISSO DE TRABALHAR PELA PAZ.

“Hoje nasceu para vós um salvador” é o que dizem os anjos, e o que a Igreja e cada cristão deve repetir hoje e sempre. Mais ainda nesta noite de Natal, devemos ter a convicção de que “hoje” ele nasce para nós. Oxalá nasça nos nossos corações tão frágeis, nas nossas comunidades cristãs tantas vezes desunidas, e na nossa sociedade tão materialista e egoísta. Ele quer nascer, ele continua a nascer e conta com cada um de nós. Como os pastores somos convidados a ir ao presépio, fazer a experiência de seu nascimento, aceitá-lo como Salvador e sermos testemunhas desta boa notícia a este nosso mundo tão conturbado. A meditação do presépio de Belém nos deve levar ao COMPROMISSO DE SERMOS VERDADEIROS EVANGELIZADORES.

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