Como seus amores são belos,minha irmã, noiva minha. Seus amores são melhores do que o vinho, e mais fino que os outros aromas é o odor dos teus perfumes. Por isso Eu quero consumir meus dias, no seu amor! ══════ ღೋ♡✿♡ღೋ═══════

Ani Ledodi Vedodi Li


Mais do que qualquer outro motivo, esta é a razão pela qual quero fazer deste blog um caminho para amarmos mais a Deus, por isso seu nome: “Ani Ledodi Vedodi Li”

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Deus o Abençõe !

E que possas crescer com nossas postagens.

É algo louvável esconder o segredo dos Reis; mas há glória em publicar as obras de Deus!

A Igreja não tem pressa, porque ela possui a Eternidade. E se todas as outras instituições morrem nesta Terra, a Santa Igreja continua no Céu.

Não existem nem tempos nem lugares sem escolhas.

E eu sei quanto resisto a escolher-te.

"Quando sacralizamos alguém essa pessoa permanece viva para sempre!"

Sacralize cada instante de tua vida amando o Amado e no Amado os amados de Deus !


Pe.Emílio Carlos

domingo, 25 de dezembro de 2011


A última visitante

Aconteceu em Belém, ao romper o dia. A estrela apenas desaparecera, o último peregrino havia deixado o estábulo, a Virgem ajeitara os paninhos na palha e a criança iria, finalmente, dormir. Mas será que as pessoas dormem na noite de Natal?...

Suavemente, a porta se abriu, dir-se-ia, tocada, por um sopro, e não pela mão de alguém. Na soleira, surgiu uma mulher, coberta de trapos, tão idosa e tão enrugada que, em seu rosto, cor de terra seca, os lábios pareciam uma ruga a mais.

Vendo-a, Maria teve medo. A estranha tinha ares de fada má. Felizmente, Jesus dormia! O asno e o boi mastigavam a palha, tranqüilamente, enquanto observavam aquela que entrava, como se a conhecessem desde sempre. A Virgem, porém, não tirava os olhos dela. E cada passo dado pela mulher parecia arrastado e longo como os séculos.

A anciã continuava a avançar, e eis que se acerca da manjedoura. Graças a Deus, Jesus continuava a dormir. Mas será que alguém consegue dormir na noite de Natal?...

De repente, Jesus menino abriu os olhinhos, e sua mãe ficou impressionada vendo que os olhos da estranha mulher e os da criança eram idênticos e brilhavam com a mesma esperança.

A idosa, então, se debruçou sobre a palha, enquanto a mão buscava, no emaranhado dos próprios andrajos, algo que parecia merecer séculos e mais séculos para ser encontrado. Maria a observava e sempre com a mesma inquietude. Os animais a olhavam, igualmente, mas sem qualquer surpresa, como se já soubessem o que estava para acontecer.

Enfim, após delongado espaço de tempo, a velha senhora conseguiu tirar de dentro dos seus farrapos, um objeto que mantinha escondido na mão e que colocou nas mãos da criança.

Após todos os tesouros dos Reis Magos e os presentes dos pastores, o que seria aquele presente? Maria, de onde estava, não conseguia vê-lo. Só lobrigava as costas envelhecidas, encurvadas pela idade, abaixando-se, cada vez mais, sobre o pretenso bercinho. Porém, o asno e o boi que. de onde estavam, conseguiam vê-la melhor, continuavam tranqüilos.

Esta cena durou muito tempo. Mais tarde, a velha senhora se levantou, como se aliviada do pesado fardo que a mantivera encurvada por tanto tempo. Seus ombros já não estavam arqueados, a cabeça quase tocava o colmo da palhoça e o rosto, milagrosamente, havia recuperado a juventude. Só quando se afastou da manjedoura, em direção à porta, para desaparecer dentro da noite de onde chegara, é que Maria pôde, finalmente, ver o que era o misterioso presente.

Eva (esta era a mulher) havia devolvido à criança uma pequena maçã, a maçã do pecado original (e de tantos outros que dele advieram!) E a maçãzinha vermelha brilhava nas mãos do recém-nascido como o globo do novo mundo que acabava de nascer com ele.


Jêrome e Jean THARAUD, Os contos da Virgem,

Plon, 1940.

A

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