Como seus amores são belos,minha irmã, noiva minha. Seus amores são melhores do que o vinho, e mais fino que os outros aromas é o odor dos teus perfumes. Por isso Eu quero consumir meus dias, no seu amor! ══════ ღೋ♡✿♡ღೋ═══════

Ani Ledodi Vedodi Li


Mais do que qualquer outro motivo, esta é a razão pela qual quero fazer deste blog um caminho para amarmos mais a Deus, por isso seu nome: “Ani Ledodi Vedodi Li”

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Deus o Abençõe !

E que possas crescer com nossas postagens.

É algo louvável esconder o segredo dos Reis; mas há glória em publicar as obras de Deus!

A Igreja não tem pressa, porque ela possui a Eternidade. E se todas as outras instituições morrem nesta Terra, a Santa Igreja continua no Céu.

Não existem nem tempos nem lugares sem escolhas.

E eu sei quanto resisto a escolher-te.

"Quando sacralizamos alguém essa pessoa permanece viva para sempre!"

Sacralize cada instante de tua vida amando o Amado e no Amado os amados de Deus !


Pe.Emílio Carlos

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

“Hoje, na cidade de Davi, nasceu para vocês

um Salvador, que é o Messias, o Senhor”



Evangelho: Lucas (Lc 2, 1-14)

No Evangelho de Lucas, o relato do nascimento de Jesus faz parte das narrativas da infância. Essas narrativas não nasceram da curiosidade em saber como tudo aconteceu; pelo contrário, surgiram da necessidade de reler os acontecimentos da infância de Jesus à luz de sua morte e ressurreição. Dessa forma, o texto de hoje não é um relato histórico, mas uma leitura teológica da história da salvação. O anúncio central do trecho de hoje (2,11) traz em si o início e a realização da salvação. Isso se torna compreensível se levarmos em conta o título que o Menino recebe da parte dos anjos: ele é Salvador (a salvação não se esgota no nascimento de Jesus, mas se completa com a morte e ressurreição).


Ao descrever o nascimento de Jesus, o evangelista estabelece estreito paralelismo com a morte e ressurreição do Messias. De fato, em 2,7a se diz que “Maria enfaixou Jesus e o colocou na manjedoura”; em 23,53a afirma-se que “José de Arimatéia enfaixou o corpo de Jesus e o colocou num sepulcro”. Os paralelismos são muitos, e não é necessário apresentá-los todos aqui. O importante é notar a preocupação de Lucas: ele descreve o nascimento de Jesus à luz do evento central da nossa fé. Seu nascimento é já anúncio de sua morte e ressurreição.


a. O Salvador nasce pobre no meio dos pobres (vv. 1-7)


O Messias entra na história da humanidade por caminhos alternativos não trilhados pelos poderosos. O imperador Augusto decreta, para todo o império romano, um recadastramento (2,1) que tem por objetivo arrecadar taxas sobre pessoas livres e escravas, homens e mulheres. A ordem vem de Roma, centro do poder de “Augusto”, que entende o poder na linha da dominação sobre as pessoas, arrogando-se direitos de explorar e dominar. O fato, para Lucas, se presta para uma leitura teológica da história: 1. A salvação não procede dos poderosos que dominam e abusam do poder; 2. Ela vem de um pobre, filho de migrantes marginalizados e explorados. José e Maria peregrinam de Nazaré, na Galiléia, para Belém, na Judéia, pois Belém era a cidade natal de José (v. 3). Com isso, o evangelista faz ver que Jesus, o Messias pobre, nasce como líder e Salvador na cidade de Davi, o rei que unificou o povo, trazendo-lhe vida, liberdade e paz.


O nascimento de Jesus contrasta com o de João Batista: este nasce em casa, Isabel recebe visitas dos parentes e amigos, e o povo do lugar comenta o fato na expectativa da missão que o menino irá realizar. Maria, por sua vez, dá à luz sozinha, durante uma viagem, fora de casa, sem encontrar lugar entre os parentes (a casa da qual se fala no v. 7 é, provavelmente, a casa dos parentes de José), na maior solidão e abandono. Jesus é colocado numa manjedoura e recebe a visita dos pastores, gente marginalizada e odiada por causa de sua conduta. O comentário do fato fica por conta do anjo, e aqui reside a grande novidade: o pobre que nasceu no abandono é o Salvador, o Messias, o Senhor (título do Cristo ressuscitado). O povo não sabia qual seria o futuro de João Batista; mas os pastores recebem o anúncio da Boa Nova, do início da nova sociedade nascida desse pobre marginalizado. Na perspectiva de Lucas, portanto, a história da salvação não nasce em Roma, sede do poder absolutizado, e sim em Belém, na pessoa de alguém que foi marginalizado antes mesmo de nascer.


b. O Salvador pobre optou pelos pobres e marginalizados (vv. 8-11)


O centro do trecho de hoje é o v. 11: “Hoje, na cidade de Davi, nasceu para vocês um Salvador, que é o Messias, o Senhor”. Esse tipo de notícia era bem conhecido naquele tempo. Utilizava-se essa expressão para anunciar o nascimento ou entronização de reis e imperadores, interpretados como epifania (manifestação) dos deuses. O anúncio era feito aos nobres e graúdos da sociedade (hoje os meios de comunicação anunciam ao mundo inteiro o nascimento dos herdeiros ao trono dos poderosos).


O Menino pobre que nasce em Belém possui o poder da comunicação que vem de Deus: um anjo do Senhor se encarrega de comunicar a grande novidade (evangelho) à humanidade. Mas a comunicação de Deus possui caminhos alternativos: não se dirige aos poderosos, e sim aos pastores. Estes eram odiados por não respeitar as propriedades alheias, invadindo-as com seus rebanhos e cobrando preços exorbitantes pelos produtos. Um pastor – segundo o Talmud babilônico – não podia ser eleito a cargo de juiz ou testemunha nos tribunais, por causa da má fama e do desrespeito à propriedade.


O povo do Messias pobre são esses marginalizados da sociedade. Eles são envolvidos pela luz divina (v. 9) e recebem a comunicação da Boa Notícia, ao mesmo tempo em que são encarregados de transmiti-la a todo o povo (v. 10): a salvação não vem de “Augusto” ou de seu sucessor, não parte de Roma, mas nasce em meio ao povo sofrido e segregado; nasce em Belém, a cidade de Davi, o rei pastor.


c. Identidade e ação do Salvador (vv. 12-14)


O Salvador é pobre e se comunica a seu povo como pobre: “Vocês encontrarão um recém-nascido envolto em faixas e deitado na manjedoura” (v. 12). Deus utiliza a linguagem dos empobrecidos (faixas, manjedoura), dos migrantes e rejeitados da sociedade. A salvação entra na história da humanidade com as características do povo pobre, longe dos palácios e dos berços dourados. O modo de nascer do Salvador já é comunicação perfeita daquilo que irá realizar em vida: a glória de Deus e a paz para as pessoas de sua predileção (cf. v. 14). A glória de Deus é sua ação na história, e sua ação irá concretizar a paz (shalom = plenitude dos bens) para o povo no meio do qual ele optou nascer.


A


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