†
O abandono da cruz
Implicou na ação de Deus, na atitude divina em nos buscar.
O auto-esvaziamento divino, em estar entre nós.
Em encarnar, em conosco andar.
Esteve entre nós, como luz no mundo.
Implantando o Reino, ensinando a paz.
Confrontando quando necessário, consolando boa parte do tempo.
Aproximando-se de mulheres, de publicanos, de samaritanos, de leprosos, de gentios...
Subvertendo os valores dos que se consideravam no topo da hierarquia religiosa e política do país.
Mas ainda assim, sem violência.
Somente o discurso profético.
O dar a outra face. O caminhar outra milha. O largar a capa.
A exortação.
Cuidai dos pobres.
Quando fazeres a um destes, a mim o fizestes.
A determinação.
Ensinem como eu ensinei.
Uma vida de milagres.
A graça... de graça recebestes, de graça dai...
Mas enfim.
Os seus não o entenderam.
Não o receberam.
Não obstante um ato que estava no coração de Deus desde antes dos tempos eternos.
A cruz.
Ainda assim ela ocorreu por livre deliberação humana.
Profundo e grandioso mistério.
Profunda soberania divina.
Profunda liberdade humana.
E ele foi, caminhou voluntariamente até a cruz.
Pois na cruz, expressou todo o amor divino pela humanidade.
Deus amou o mundo de tal maneira...
Na cruz, Deus disse ao mundo: "Te amo!"
Na cruz, o mundo disse à Deus: "Te odeio!"
E ali....
Deus abandona Deus....
A única coisa de que Jesus talvez temesse...
O abandono do Pai...
Mas ali, foi feito algo maior...
Algo por nós...
Foi ali que ele se fez maldição por nós...
Nenhum comentário:
Postar um comentário