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Dentro de alguns dias começará o Advento, o período que prepara o Natal. Veremos passar por nós quatro domingos e seremos chamados a aguardar a vinda de Jesus na esperança e numa alegria crescente mas, ao mesmo tempo, numa atitude de vigilância e de meditação. Na verdade, desde o primeiro domingo, a Igreja recorda-nos a vinda gloriosa de Cristo, no fim dos tempos – comemoramos a espera do povo de Deus, de que João Batista, José e Maria serão os representantes eleitos, mas vivemos também o nosso próprio Advento, esperando o Senhor que virá visitar cada um de nós.
Ao longo dos três domingos que se seguem, Isaías convida-nos à fidelidade, João Batista à conversão, Maria ensina-nos a disponibilidade e José a confiança – podemos estar certos, o Senhor virá ou, segundo o espírito da liturgia, o Senhor vem!
O Advento era já celebrado no séc. IV, antes mesmo que a festa do Natal fosse separada da Epifania. Os celebrantes revestem-se de roxo, a cor da penitência, mas também da sobriedade, da pobreza daqueles que se preparam para uma festa que cumulará todos os seus desejos.
O símbolo mais conhecido do Advento é a coroa, feita com verduras e decorada com bolas e fitas. Ela rodeia as quatro velas que serão acesas, uma após outra, ao longo deste período. Contudo, parece que a coroa não é herança de uma longa tradição – aparentemente, ela foi “inventada” por um pastor luterano no séc. XIX. De qualquer forma ela baliza o nosso caminho e conduz-nos, luz após luz, para a claridade irradiante da noite de Natal.
Quero desejar a todos os meus leitores e seguidores deste blog uma caminhada de Advento vivida na paz e na esperança.
A†Ω
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