Parece-me que não estou mais tão acostumado a ele como antigamente. Não que o “antigamente” seja tão antigo, mas faz um bom tempo que não desligo tudo – celular, prioridades, carro, preocupações, computador, agenda, responsabilidades, urgências e todos os etecétaras também.
É uma necessidade em mim e que estou destreinado.
Minha palavra é apenas minha palavra; irá passar como o vento.
Falo de Deus. Celebro a Santa Missa todos os dias em seu nome, in Persona Christi. Ouço e perdôo em Sua pessoa...Prego e ensino sobre Ele. Falo das pessoas para Ele... Peço por elas...
Busco ver a Deus face a face, ou tenho me guiado pelo seu reflexo nas coisas, nas criaturas, nas coisas que faço até em seu nome?”
Chega de perguntas.
A “montanha” é o lugar do sair de mim mesmo e o lugar do encontro com o Outro, Único, Desejado e Pleno.
A montanha está em quase tudo da planície, mas o problema existe quando me perco e gasto o meu melhor nos imediatismos e urgências da planície.
Assim, não vejo a Deus e Deus também não me vê, pois estou estimulado e blindado com a idéia de uma falsa importância.
As máscaras devem cair o quanto antes. As roupagens pomposas que me escondem e protegem ao mesmo tempo, precisam ser rasgadas – como faziam os penitentes no Antigo Testamento. Preciso “rasgar o coração” para me ver nu diante do Misericordioso. As pinturas que escondem os vincos do meu rosto precisam ser lavadas, para que eu reaprenda a ser visto por um olhar de dentro das pessoas.
Buscar um mosteiro, fazer um retiro, talvez seja um bom jeito de recomeçar ao jeito antigo de silenciar o coração.
A†Ω
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