“Reciprocidade e amizade no matrimonio”
Mateus 19, 3-12
O que mantém a integridade do matrimônio são a reciprocidade, a
amizade, e a vivência de um mesmo ideal em conformidade com a Palavra de
Deus. Deus faz aliança com o homem e a mulher para perpetuar a espécie,
não apenas procriando, mas difundindo o Seu amor no mundo e deu a esse
homem e a essa mulher o encargo de se unirem para povoar a terra e nela
espalhar a semente do Seu amor, por meio dos filhos que gerarem.
Por
isso, Jesus recusa ver o matrimônio a partir de permissões ou restrições
legalistas. Ele reconduz o matrimônio ao seu sentido fundamental:
aliança de amor e, como tal, abençoada por Deus, e com vocação de
eternidade. Marido e mulher são igualmente responsáveis por uma união
que deve crescer sempre.
No entanto, Jesus mesmo é quem nos fala: “existem homens incapazes para o casamento”. Nem
todos estão preparados para enfrentarem os desafios de uma vida a dois,
por isso, percebemos que em muitos casamentos não foi bem aprofundada a
questão da complementaridade entre o homem e a mulher. Jesus adverte
para que o compromisso seja conscientemente assumido diante de Deus que
faz dos dois, uma só carne.
“O que Deus uniu o homem não separe”.
Esta Palavra deve servir de base para um discernimento muito maior
entre aqueles que escolhem a sua vocação. Uma vez unidos, juntos,
completados, quem poderá separá-los?
- - Se você escolheu ou ainda não escolheu sua vocação, o que é que o
Espírito lhe revela sobre isso?
- – Você está certo (a) de que o que Deus
une o homem não separa?
“Cada matrimônio é certamente fruto do livre consenso do homem e
da mulher, mas a sua liberdade traduz em ato a capacidade natural
inerente à sua masculinidade e feminilidade. A união realiza-se em
virtude do desígnio do próprio Deus, que os criou homem e mulher,
dando-lhes o poder de unir para sempre aquelas dimensões naturais e
complementares das suas pessoas. A indissolubilidade do matrimônio não
deriva do compromisso definitivo dos contraentes, mas é intrínseca à
natureza do “poderoso vínculo estabelecido pelo Criador” (João Paulo II, Catequese de 21 de Novembro de 1979, n. 2).
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