Como seus amores são belos,minha irmã, noiva minha. Seus amores são melhores do que o vinho, e mais fino que os outros aromas é o odor dos teus perfumes. Por isso Eu quero consumir meus dias, no seu amor! ══════ ღೋ♡✿♡ღೋ═══════

Ani Ledodi Vedodi Li


Mais do que qualquer outro motivo, esta é a razão pela qual quero fazer deste blog um caminho para amarmos mais a Deus, por isso seu nome: “Ani Ledodi Vedodi Li”

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Deus o Abençõe !

E que possas crescer com nossas postagens.

É algo louvável esconder o segredo dos Reis; mas há glória em publicar as obras de Deus!

A Igreja não tem pressa, porque ela possui a Eternidade. E se todas as outras instituições morrem nesta Terra, a Santa Igreja continua no Céu.

Não existem nem tempos nem lugares sem escolhas.

E eu sei quanto resisto a escolher-te.

"Quando sacralizamos alguém essa pessoa permanece viva para sempre!"

Sacralize cada instante de tua vida amando o Amado e no Amado os amados de Deus !


Pe.Emílio Carlos

sexta-feira, 16 de agosto de 2013



20º DOMINGO DO TEMPO COMUM - C

Rodeados de tão grande número de testemunhas
O cristão deve correr de forma decidida ao encontro da vida plena

A Palavra de Deus que hoje nos é servida convida-nos a tomar consciência da radicalidade e da exigência da missão que Deus nos confia. Não há meios-termos: Deus convida-nos a um compromisso, corajoso e coerente, com a construção do “novo céu” e da “nova terra”. É essa a nossa missão profética.

A primeira leitura apresenta-nos a figura do profeta Jeremias. O profeta recebe de Deus uma missão que lhe vai trazer o ódio dos chefes e a desconfiança do Povo de Jerusalém: anunciar o fim do reino de Judá. Jeremias vai cumprir a missão que Deus lhe confiou, doa a quem doer. Ele sabe que a missão profética não é um concurso de popularidade, mas um testemunhar, com verdade e coerência, os projetos de Deus.

O Evangelho reflete sobre a missão de Jesus e as suas implicações. Define a missão de Jesus como um “lançar fogo à terra”, a fim de que desapareçam o egoísmo, a escravidão, o pecado e nasça o mundo novo – o “Reino”. A proposta de Jesus trará, no entanto, divisão, pois é uma proposta exigente e radical, que provocará a oposição de muitos; mas Jesus aceita mesmo enfrentar a morte, para que se realize o plano do Pai e o mundo novo se torne uma realidade palpável.

A segunda leitura convida o cristão a correr de forma decidida ao encontro da vida plena – como os atletas que não olham a esforços para chegar à meta e alcançar a vitória. Cristo – que nunca cedeu ao mais fácil ou ao mais agradável, mas enfrentou a morte para realizar o projeto do Pai – deve ser o modelo que o cristão tem à frente e que orienta a sua caminhada.

LEITURA I – Jer 38,4-6.8-10

A época em que Jeremias exerce a sua missão profética (a partir de 627 e até bem depois da queda de Jerusalém, em 586 a.C) é uma época muito complicada em termos históricos… Após o reinado de Josias (morto em Meggido em combate contra os egípcios, em 609 a.C.), o reino de Judá, servido por reis medíocres, conheceu um período de grande instabilidade. A inconsciência dos líderes e seu aventureirismo político (que os leva a alianças efêmeras e pouco consistentes com as potências da época) preparam a ruína da nação.

O texto que nos é proposto situa-nos em Jerusalém, durante o reinado de Sedecias, por volta de 586 a.C.. Algum tempo antes (588 a.C.), Sedecias, pressionado pelo partido egiptófilo de Jerusalém, negara o tributo aos babilônios. Na sequência, Nabucodonosor pôs cerco a Jerusalém. Um exército egípcio, vindo em socorro da cidade, provocou grande euforia; mas Jeremias apressou-se a avisar que essa euforia não tinha qualquer razão de ser, pois o cerco iria recomeçar, em condições ainda mais duras. De fato, o exército babilônio refez o assédio à cidade; e Jeremias, convencido de que tinha chegado o castigo para o pecado de Judá e de que Deus tinha entregado Jerusalém nas mãos dos babilônios, aconselhou a não resistência aos invasores e a rendição.

Os chefes do partido da resistência (quatro dos nomes desses chefes são referenciados em Jer 38,1) mobilizam-se para se opor ao discurso derrotista do profeta e propõem a sua eliminação. Sedecias, o rei, parece hesitante; mas, prisioneiro do poder dos seus generais, consente que o profeta seja silenciado. Colocado numa cisterna cheia de lodo e sem nada para comer, Jeremias chega a correr risco de vida; é um escravo núbio – Ebed-Melec – que morava no palácio real, que intercede por Jeremias e o salva.

Toda a vida de Jeremias é um arriscar a vida por causa da Palavra de Deus e da missão profética. De natureza cordial e sensível, Jeremias não foi feito para o confronto, para a agressão, para a violência das palavras ou dos gestos… Mas Jahwéh chama-o nessa fase dramática da história de Judá e confia-lhe a missão de “arrancar e destruir, arruinar e demolir” (Jer 1,10), predizer desgraças e anunciar violência e morte; e o profeta, assaltado pela força de Deus, procura concretizar a sua missão com uma força e uma convicção que nos impressionam. Deus seduziu Jeremias e o profeta pôs-se, incondicionalmente, ao serviço da Palavra, mesmo que isso tenha significado violentar a sua própria maneira de ser, viver à margem, afastar-se dos familiares, dos amigos, dos conhecidos, afrontar o ódio dos poderosos.

Jeremias é o protótipo do profeta que dá a sua vida para que a Palavra de Deus ecoe no mundo e na vida dos homens. Ele não pensa em si, no seu comodismo, no seu bem-estar, no seu êxito social ou profissional, no seu triunfo diante da opinião pública; ele pensa, apenas, em anunciar com fidelidade os projetos de Deus aos homens, a fim de que os homens possam construir a história na perspectiva de Deus.

Na parte final deste texto, cumpre-se a promessa de Deus, expressa no relato da vocação de Jeremias: “não tenhas medo, Eu estarei contigo para te libertar” (Jer 1,8). Através do sentido de justiça e da coragem de um escravo estrangeiro, Deus intervém e salva Jeremias. Desta forma, mostra-se como Deus está sempre ao lado daqueles que anunciam fielmente a sua Palavra e como não abandona os profetas perseguidos e marginalizados pelo mundo e pelos poderosos.

ATUALIZAÇÃO

A reflexão pode fazer-se a partir das seguintes linhas:

¨ A história de Jeremias não é um caso isolado, mas é, um pouco, a história de todos aqueles a quem Deus chama a testemunhar, com fidelidade, os seus projetos e os seus valores. Ser profeta não é um percurso fácil, nem uma carreira recheada de êxitos humanos, nem um caminho atapetado pelo entusiasmo e pelas palmas das multidões; mas é um caminho de cruz, de sofrimento, de incompreensão e, tantas, vezes, de morte. Implica o confronto com a injustiça, com a alienação, com a opressão, com o poder daqueles que pretendem construir o mundo sobre valores de egoísmo, de prepotência, de orgulho, de morte. O mundo de hoje – o mundo de sempre – continua a não saber lidar com a profecia… Basta pensar em D. Óscar Romero, em Gandhi, em Martin Luther King, ou em tantos profetas anônimos que, todos os dias, continuam a ser vilipendiados, insultados, perseguidos, marginalizados, por uma opinião pública que pretende salvaguardar a sua liberdade construindo o mundo à margem dos valores de Deus. No entanto, o profeta, convocado e enviado por Deus, pode renunciar à missão e deixar que o mundo continue a construir-se, alegremente, sobre valores efêmeros que apenas geram sofrimento, escravidão e morte?

¨A história de Jeremias mostra claramente que, mesmo incompreendido, humilhado, esmagado, abandonado, o profeta não está só; Deus está sempre ao seu lado, como presença amiga e reconfortante, como garantia de que a missão profética não está condenada ao malogro e ao fracasso. A garantia de Deus (“estarei contigo para te libertar”) deve dar ao profeta a confiança e a coragem para levar até ao fim a missão que Deus lhe confiou, em benefício dos homens e do mundo.

¨ Sinto-me profeta, investido por Deus da missão de construir um mundo de justiça e de paz? Sou coerente com a minha vocação profética e procuro, com fidelidade, ser testemunha de Deus e dos seus valores? Tenho consciência – sobretudo nos momentos mais dramáticos – de que não estou sozinho, e de que Deus luta ao meu lado?

¨ Como são tratados e escutados aqueles que na minha comunidade se esforçam por tornar realidade os valores do Evangelho e que dão um testemunho coerente e sincero daquilo em que acreditam?

SALMO RESPONSORIAL – Salmo 39 (40)

Refrão: Senhor, socorrei-me sem demora.

Esperei no Senhor com toda a confiança e Ele atendeu-me. Ouviu o meu clamor e retirou-me do abismo e do lamaçal, assentou os meus pés na rocha e firmou os meus passos.

Pôs em meus lábios um cântico novo, um hino de louvor ao nosso Deus. Vendo isto, muitos hão-de temer e pôr a sua confiança no Senhor.

Eu sou pobre e infeliz:
Senhor, cuidai de mim.
Sois o meu protector e libertador: ó meu Deus, não tardeis.

LEITURA II – Heb 12,1-4

A Carta aos Hebreus dirige-se a cristãos (de origem judaica ou que, ao menos, estavam bastante marcados pelo influxo cultural dos judeo-cristãos) em situação difícil, que vivem mergulhados num ambiente hostil e que sofrem a forte oposição dos seus concidadãos. Por isso, são também cristãos expostos ao desalento e ao desânimo, na sua fé e na sua vida cristã… Alguns dados da carta sugerem também que se trata de cristãos cansados, sem o entusiasmo dos inícios e instalados no comodismo e na mediocridade. Há, ainda, referências à cedência a doutrinas estranhas, pouco consentâneas com a fé original, recebida dos apóstolos.
O texto que nos é proposto pertence à quarta parte da carta (cf. Heb 11,1-12,13). Aí, temos um apelo à fé e à constância ou perseverança – o que se entende perfeitamente, no contexto em que estes cristãos vivem.

Nos versículos anteriores (cf. Heb 11,1-40), o autor apresentou uma galeria de figuras – desde Abraão a Moisés – que, pela firmeza e fortaleza da sua fé, tiveram êxito e deixaram uma memória imorredoura, apesar das dificuldades que tiveram de vencer; agora, o autor da carta convida os cristãos a imitar tais exemplos e a perseverar na fé. Em concreto, os quatro versículos que a leitura nos apresenta contêm uma exortação à constância ou perseverança. A exortação começa com a imagem (clássica, na catequese cristã dos primeiros tempos – veja-se 1 Cor 9,24-27; Ga 2,2; Flp 2,16; 3,1314; 2 Tim 2,5) da corrida (vers. 1): os cristãos devem ser como atletas que correm de forma decidida e empenhada e que dão provas de coragem, de força, de vontade de vencer; as figuras antes nomeadas como modelos de fé são os espectadores que, nas bancadas do estádio, observam e animam o esforço e a perseverança dos crentes… Para que nada atrapalhe essa “corrida” para a vitória, os cristãos devem despojar-se do fardo do pecado (o egoísmo, o comodismo, a auto-suficiência), pois esse peso acrescido será um obstáculo que impedirá o atleta de chegar vitorioso à meta. Nessa “corrida”, o modelo fundamental do crente é Cristo (vers. 2). Ele, renunciando a um caminho de facilidade e de triunfo humano, enfrentou a cruz e venceu a morte; como resultado, foi exaltado e “sentou-Se à direita do trono de Deus”. Dessa forma, Ele abriu para os crentes o caminho e mostrou-lhes como proceder. O seu exemplo deve estimular continuamente os cristãos na sua caminhada em direção à vitória (vers. 3).

ATUALIZAÇÃO

Considerar, na reflexão, as seguintes linhas:

¨ O caminho do cristão não é um passeio fácil e descomprometido, mas um caminho duro e difícil, que não se compadece com “meias tintas” nem com compromissos mornos e a “meio gás”. Exige coragem para vencer os obstáculos, capacidade de luta para enfrentar a oposição, compromissos profundos e radicais. Muitas vezes, os obstáculos que é preciso vencer resultam de fatores internos: a nossa preguiça, o nosso egoísmo, o nosso comodismo desarmam a nossa vontade de vivermos, com coerência, a nossa fé e as exigências do Evangelho; outras vezes, os obstáculos que temos de enfrentar resultam de fatores externos: são os ataques injustificados e irracionais, os insultos, a incompreensão de um mundo que cultiva o comodismo e a facilidade e que, tantas vezes, se sente incomodado com o testemunho dos profetas… Quais são os principais obstáculos que eu tenho de vencer para viver, com fidelidade e coerência, a minha fé? Como é que eu respondo a essas dificuldades: com coragem e decisão ou com cedências e facilidades?

¨O cristão é convidado a não perder de vista o exemplo de Cristo. Apesar da tentação, ele nunca cedeu ao mais fácil, ao mais cômodo, ao mais agradável… Para ele, o critério fundamental era o plano do Pai; e o caminho do Pai passava pelo amor radical, pelo dom da vida, pela cruz. No entanto, ele demonstrou que o caminho da entrega da vida não conduz ao fracasso, mas à vida plena… É este o quadro que o cristão deve ter sempre diante dos olhos.

ALELUIA – Jo 10,27 Aleluia. Aleluia.

As minhas ovelhas escutam a minha voz, diz o Senhor; Eu conheço as minhas ovelhas e elas seguem-Me.

EVANGELHO – Lc 12,49-53

Os “ditos” que o Evangelho de hoje nos apresenta são dos textos mais obscuros e difíceis de interpretar de todo o Novo Testamento. Particular dificuldade oferece o vers. 49, formado com palavras estranhas ao vocabulário de Lucas. Poderia ser um “dito” independente, recolhido por Lucas… Desconhecendo-se o contexto primitivo deste “dito” e as circunstâncias em que Jesus o pronunciou, é impossível determinar o seu significado e saber qual o “fogo” de que Jesus falava.

De qualquer forma, Lucas apresenta este material no contexto do “caminho para Jerusalém” – esse caminho que conduz Jesus ao dom total da vida. No horizonte próximo está, cada vez mais, o confronto final com a instituição judaica e a morte na cruz. Na perspectiva de Lucas, estes “ditos” fazem parte da catequese que prepara os discípulos para entender a missão de Jesus, a radicalidade do “Reino” e as exigências que daí brotam para quem adere às propostas de Jesus.

A caminho de Jerusalém e da cruz, Jesus dá aos discípulos algumas indicações para entender a missão que o Pai Lhe confiou (missão que os discípulos devem, aliás, continuar nos mesmos moldes). O texto divide-se em duas partes:

Na primeira parte (vers. 49-50), entrelaçam-se os temas do fogo e do batismo. Jesus começa por dizer que veio trazer o fogo à terra. Que quer isto dizer?

O “fogo” possui um significado simbólico complexo… No Antigo Testamento começa por ser um elemento teofânico (cf. Ex 3,2; 19,18; Dt 4,12; 5,4.22.23; 2 Re 2,11), usado para representar a santidade divina. A manifestação do divino provoca no homem, simultaneamente, atração e temor; ora, explorando a relação entre o fogo e o temor que Deus inspira, a catequese de Israel vai fazer do fogo um símbolo da intransigência de Deus em relação ao pecado… Por isso, os profetas usam a imagem do fogo para anunciar e descrever a ira de Deus (cf. Am 1,4; 2,5). O fogo aparece, assim, como imagem privilegiada para pintar o quadro do castigo das nações pecadoras (cf. Is 30,27.30.33) e do próprio Israel. No entanto, ao mesmo tempo que castiga, o fogo também faz desaparecer o pecado (cf. Is 9,17-18; Jer 15,14; 17,4.27): o fogo aparece, assim, como elemento de purificação e transformação (cf. Is 6,6; Ben Sira 2,5; Dan 3). Na literatura apocalíptica, o fogo é a imagem do juízo escatológico (Is 66,15-16): o “dia de Jahwéh” é como o fogo do fundidor (cf. Mal 3,2); será um dia, ardente como uma fornalha, em que os arrogantes e os maus arderão como palha (cf. Mal 3,19) e em que a terra inteira será devorada pelo fogo do zelo de Deus (cf. Sof 1,18; 3,8). Desse fogo devorador do pecado, purificador e transformador, nascerá o mundo novo, sem pecado, de justiça e de paz sem fim.

O símbolo do fogo, posto na boca de Jesus, deve ser entendido neste enquadramento. Jesus veio revelar aos homens a santidade de Deus; a sua proposta destina-se a destruir o egoísmo, a injustiça, a opressão que desfeiam o mundo, a fim de que surja, das cinzas desse mundo velho, o mundo novo de amor, de partilha, de fraternidade, de justiça. Como é que isso vai acontecer? Através da Palavra e da ação de Jesus, certamente; mas Lucas estará, especialmente a pensar no Espírito enviado por Jesus aos discípulos – e que Lucas vai, aliás, representar através da imagem das línguas de fogo.

Quanto à imagem do batismo: ela refere-se, certamente, à morte de Jesus (cf. Mc

10,38, onde Jesus pergunta a João e Tiago se estão dispostos a beber do cálice que Ele vai beber e a receber o batismo que Ele vai receber). Para que o “fogo” transformador e purificador se manifeste, é necessário que Jesus faça da sua vida um dom de amor, até à cruz. Só então nascerá o mundo novo.

Na segunda parte (vers. 51-53), Jesus confessa que não veio trazer a paz, mas a divisão. Lucas deixou expresso, frequentemente, que “a paz” é um dom messiânico (cf. Lc 2,14.29; 7,50; 8,48; 10,5-6; 11,21; 19,38.42; 24,36) e que a função do Messias será guiar os passos dos homens “no caminho da paz” (Lc 1,79). Que sentido fará, agora, dizer que Jesus não veio trazer a paz, mas a divisão?

O “dito” faz, certamente, referência às reações à pessoa de Jesus e à proposta que Ele oferece. A proposta de Jesus é questionante, interpeladora, e não deixa os homens indiferentes. Alguns acolhem-na positivamente; outros rejeitam-na. Alguns vêem nela uma proposta de libertação; outros não estão interessados nem em Jesus nem nos valores que Ele propõe… Como consequência, haverá divisão e desavença, às vezes mesmo dentro da própria família, a propósito das opções que cada um faz face a Jesus. Este quadro devia refletir uma realidade que a comunidade de Lucas conhecia bem…

Jesus veio trazer a paz, mas a paz que é vida plena vivida com exigência e coerência; essa paz não se faz com “meias tintas”, com meias verdades, com jogos de equilíbrio que não chateiam ninguém, mas também não transformam nada. A proposta de Jesus é exigente e radical; assim, não pode deixar de criar divisão.

ATUALIZAÇÃO

Refletir a partir das seguintes questões:

¨ O Evangelho mostra que o objetivo de Jesus não passava por conservar intacto o que já existia, pactuando com essa paz podre que não questiona o mal, a injustiça, a escravidão; mas o objetivo de Jesus passava por “incendiar o mundo”, pondo em causa tudo aquilo que escraviza o homem e o priva de vida. Como é que eu me situo face a tudo aquilo que põe em causa o projeto de Deus para o mundo? Como é que eu me situo face a tudo aquilo que cria opressão, injustiça, medo e morte? Com o conformismo e a indiferença de quem, acima de tudo, não está para se chatear com coisas que não lhe dizem diretamente respeito, ou com a coragem e o empenho de quem se sente profeta e enviado de Deus a construir o novo céu e a nova terra?

¨ O “fogo” que Jesus veio atear – fogo purificador e transformador – já atingiu o meu coração e já transformou a minha vida? Animado pelo Espírito de Jesus ressuscitado, eu já renunciei, de verdade, à vida de egoísmo, de fechamento em mim próprio, de comodismo, para fazer da minha vida um compromisso com o “Reino”, se necessário até ao dom da vida?

¨ A proposta de Jesus não passa pela manutenção de uma paz podre, que não questiona nem incomoda ninguém, mas por opções radicais, que interpelam e que obrigam a decisões arriscadas. No entanto, a Igreja de Jesus aceita muitas vezes abençoar as ideologias que escravizam e oprimem, para manter uma certa paz social (a paz dos cemitérios?), para “defender a civilização cristã” (como se pudessem ser cristãos aqueles que constroem máquinas de injustiça e de morte) ou para manter determinados privilégios. Quando isto acontece (e tão acontecido demasiadas vezes, ao longo da história), a Igreja estará a ser fiel a esse Jesus, que veio lançar o fogo à terra e que não veio trazer a

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