A liturgia de hoje é dedicada à Maria,
humilde serva, escolhida por Deus para ser a mãe do seu Filho. Ao
declarar-se serva do Senhor, Maria concebe Jesus. Mulher corajosa, que
aceita sem medo a importante missão, e logo após se coloca a caminho da
casa de sua prima Isabel para servi-la, demonstrando desde então que
Jesus não viria para ser servido, mas para servir.
A cena mostra o encontro de duas mães
agraciadas com o dom da fecundidade e da vida (Isabel era estéril e
Maria não teve relação com nenhum homem). Maria se torna assim, pioneira
insuperável de evangelização, pois leva Jesus-Messias às pessoas. Maria
é discípula fiel (em relação a Deus) e solidária (em relação ao
próximo).
No ventre destas duas mães estão, Jesus e
João Batista no primeiro encontro entre eles. João começa ali a sua
missão de anunciar a vinda do Messias: “Logo que ouvi você me cumprimentar, a criança ficou alegre e se mexeu dentro de mim”, e Isabel inspirada pelo Espírito Santo saúda Maria, reconhecendo-a como a mais abençoada das mulheres, a mãe do Messias.
Ao ser saudada por Isabel, Maria entoa
um cântico a Deus, o “Magnificat, ou canto de Maria”, que está entre o
Antigo e o Novo Testamento, saindo do tempo de espera para o de
realizações. Neste louvor Maria revela a alegria de ser considerada
digna de dar a luz ao Salvador, e com humildade de serva abençoada por
Deus, louva o Santo Nome do Senhor que veio libertar seu povo da
opressão e do pecado defendendo os pobres e marginalizados das
injustiças.
Através do louvor de Maria, se vê
claramente que, diante de Deus, grande é aquele que se torna seu servo e
não o que quer se tornar grande explorando e humilhando os outros.
Maria era uma mulher simples, e esse louvor cheio de graça e beleza, só é
possível porque ela não está cheia de si, mas está a serviço do Pai,
cheia do amor de Deus, repleta do Espírito Santo.
O canto de Maria nos estimula a lutar
pelo mundo novo já iniciado com a ressurreição de Jesus. Esse mundo novo
vai se tornando realidade concreta quando somos cidadãos conscientes e
responsáveis.
A assunção de Nossa Senhora celebrada no
dia 15 de Agosto não está relatada na Bíblia, porém foi assistida por
vários discípulo, entre eles São Dionísio que narrou os fatos
transmitidos oralmente e por escrito durante séculos, e foi definida
pelo Papa Pio XII na Constituição Apostólica de 1950 como dogma (verdade
absoluta sobre a qual não se pode ter nenhuma dúvida), o que significa
que Maria foi acolhida ao céu em sua plenitude, de corpo e alma.
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