22º Domingo do Tempo Comum - Ano
C
“ Ser humilde significa assumir
com simplicidade o nosso lugar... Ser soberbo significa que “a árvore da
maldade criou raízes” no homem”
A liturgia deste domingo
propõe-nos uma reflexão sobre alguns valores que acompanham o desafio do
“Reino”: a humildade, a gratuidade, o amor desinteressado.
O Evangelho coloca-nos no ambiente de um banquete em casa de um
fariseu. O enquadramento é o pretexto para Jesus falar do “banquete do Reino”.
A todos os que quiserem participar desse “banquete”, Ele recomenda a humildade;
ao mesmo tempo, denuncia a atitude daqueles que conduzem as suas vidas numa
lógica de ambição, de luta pelo poder e pelo reconhecimento, de superioridade
em relação aos outros… Jesus sugere, também, que para o “banquete do Reino”
todos os homens são convidados; e que a gratuidade e o amor desinteressado
devem caracterizar as relações estabelecidas entre todos os participantes do
“banquete”.
Na primeira leitura, um sábio dos inícios do séc. II a.C. aconselha
a humildade como caminho para ser agradável a Deus e aos homens, para ter êxito
e ser feliz. É a reiteração da mensagem fundamental que a Palavra de Deus hoje
nos apresenta.
A segunda leitura convida os crentes instalados numa fé cômoda e
sem grandes exigências, a redescobrir a novidade e a exigência do cristianismo;
insiste em que o encontro com Deus é uma experiência de comunhão, de
proximidade, de amor, de intimidade, que dá sentido à caminhada do cristão.
Aparentemente, esta questão não tem muito a ver com o tema principal da
liturgia deste domingo; no entanto, podemos ligar a reflexão desta leitura com
o tema central da liturgia de hoje – a humildade, a gratuidade, o amor desinteressado
– através do tema da exigência: a vida cristã – essa vida que brota do encontro
com o amor de Deus – é uma vida que exige de nós determinados valores e
atitudes, entre os quais avultam a humildade, a simplicidade, o amor que se faz
dom.
LEITURA I – Sir 3,19-21.30-31
Estamos no início do séc. II
a.C., quando os selêucidas dominavam a Palestina. O helenismo tinha começado o
seu trabalho pernicioso no sentido de minar a cultura e os valores tradicionais
de Israel. Muitos judeus – incluindo membros de famílias de origem sacerdotal –
deixavam-se seduzir pelo brilho da cultura helênica, começavam a abandonar os
valores dos pais e a aderir aos valores da cultura invasora…
Jesus Ben Sira é, no entanto, um
judeu tradicional, orgulhoso da sua fé e dos valores israelitas. Consciente de
que o helenismo ameaçava as raízes do seu Povo, vai escrever para defender o patrimônio
religioso e cultural do judaísmo. Procura convencer os seus compatriotas de que
Israel possui, na sua “Torah” revelada por Deus, a verdadeira “sabedoria” – uma
“sabedoria” muito superior à “sabedoria” grega. Aos israelitas seduzidos pela
cultura grega, Jesus Ben Sira lembra a herança comum, procurando sublinhar a
grandeza dos valores judaicos e demonstrando que a cultura judaica não fica a
dever nada à brilhante cultura grega.
O texto que nos é proposto
pertence à primeira parte do livro (cf. Ben Sira 1,1-23,38). Aí fala-se da
“sabedoria”, criada por Deus e oferecida a todos os homens. Nesta parte,
dominam os “ditos” e “provérbios” que ensinam a arte de bem viver e de ser
feliz.
O texto apresenta-se como uma
“instrução” que um pai dá ao seu filho. O tema fundamental desta “instrução” é
o da humildade.
Para Jesus Ben Sira, a humildade
é uma das qualidades fundamentais que o homem deve cultivar. Garantir-lhe-á
estima perante os homens e “graça diante do Senhor”. Não se trata de uma forma
de estar e de se apresentar reservada aos mais pobres e menos preparados; mas
trata-se de algo que deve ser cultivado por todos os homens, a começar por
aqueles que são considerados mais importantes. O autor não entra em grandes
pormenores; limita-se a afirmar a importância da humildade e a propô-la, sem
grandes desenvolvimentos nem explicações. O “sábio” autor destas “máximas” não
tem dúvida de que é na humildade e na simplicidade que reside o segredo da
“sabedoria”, do êxito, da felicidade.
ATUALIZAÇÃO
Para a reflexão e partilha,
considerar os seguintes dados:
¨ Ser humilde significa assumir
com simplicidade o nosso lugar, pôr a render os nossos talentos, mas
sem nunca humilhar os outros ou esmagá-los com a nossa superioridade. Significa
pôr os próprios dons ao serviço de todos, com simplicidade e com amor. Quando
somos capazes de assumir, com simplicidade e desprendimento, o nosso papel,
todos reconhecem o nosso contributo, aceitam-nos, talvez nos admirem e nos
amem… É aí que está a “sabedoria”, quer dizer, o segredo do êxito e da
felicidade.
¨ Ser soberbo significa que “a
árvore da maldade criou raízes” no homem. O homem que se deixa dominar
pelo orgulho torna-se egoísta, injusto, auto-suficiente e despreza os outros.
Deixa de precisar de Deus e dos outros homens; olha todos com superioridade e
pratica, com frequência, gestos de prepotência que o tornam temido, mas nunca
admirado ou amado. Vive à parte, num egoísmo vazio e estéril. Embora seja
conhecido e apareça nas colunas sociais, está condenado ao fracasso. É o
“anti-sábio”.
¨ É preciso que os dons que
possuímos não nos subam à cabeça, não nos levem a poses ridículas de orgulho,
de superioridade, de desprezo pelos nossos irmãos. É preciso reconhecer, com
simplicidade, que tudo o que somos e temos é um dom de Deus e que as nossas
qualidades não dependem dos nossos méritos, mas do amor de Deus.
SALMO REPONSORIAL – Salmo 67 (68)
Refrão: Na vossa bondade, Senhor,
preparastes uma casa para o pobre.
Os justos alegram-se na presença
de Deus,
exultam e transbordam de alegria.
Cantai a Deus, entoai um cântico
ao seu nome;
o seu nome é Senhor: exultai na
sua presença.
Pai dos órfãos e defensor das
viúvas,
é Deus na sua morada santa.
Aos abandonados Deus prepara uma
casa,
conduz os cativos à liberdade.
Derramastes, ó Deus, uma chuva de
bênçãos,
restaurastes a vossa herança
enfraquecida.
A vossa grei estabeleceu-se numa
terra
que a vossa bondade, ó Deus, preparara
ao oprimido.
LEITURA II – Heb 12,18-19.22-24a
Estamos na quinta parte da Carta
aos Hebreus (cf. 12,14-13,19). Depois de pedir a perseverança e a constância
nas provas (cf. Heb 12,1-13), o autor vai pedir uma conduta consequente com a
fé cristã: os crentes são exortados a manter e cultivar relações harmoniosas,
adequadas, justas, para com os homens e para com Deus.
Neste texto, em concreto, o autor
convida os destinatários da carta à fidelidade à vocação cristã. Para isso,
estabelece um paralelo entre a antiga religião (que os destinatários da carta
conheciam bem) e a nova proposta de salvação que Cristo veio apresentar. Os
crentes são, assim, convidados a redescobrir a novidade do cristianismo – essa
novidade que, um dia, os atraiu e motivou – e a aderir a ela com entusiasmo…
Recordemos – para que as coisas façam sentido – que o escrito se destina a uma
comunidade instalada, preguiçosa, que precisa descobrir os fundamentos reais da
sua fé e do seu compromisso, a fim de enfrentar – com coragem e com êxito – os
tempos difíceis de perseguição e de martírio que se aproximam.
O autor estabelece um profundo
contraste entre a experiência de comunhão com Deus que Israel fez no Sinai e a
experiência cristã.
A experiência do Sinai é descrita
como uma experiência religiosa que gerou medo, opressão, mas não relação
pessoal, proximidade, amor, comunhão, intimidade, confiança – nem com Deus, nem
com os outros membros da comunidade do Povo de Deus. O quadro da revelação do
Sinai é um quadro terrífico, que não fez muito para aproximar os homens de
Deus, num verdadeiro encontro alicerçado no amor e na confiança. Por isso, não
há que lamentar o desaparecimento de um tal sistema.
Na experiência cristã, em
contrapartida, não há nada de assustador, de terrível, de opressivo. Pelo Batismo,
os cristãos aproximaram-se do próprio Deus, numa experiência de proximidade, de
comunhão, de intimidade, de amor verdadeiro… A experiência cristã é, portanto,
uma experiência festiva, de verdadeira alegria. Por essa experiência, os
cristãos associaram-se a Deus, o santo, o juiz do universo, mas também o Deus
da bondade e do amor; foram incorporados em Cristo, o mediador da nova aliança,
irmanados com Ele, tornados co-herdeiros da vida eterna; associaram-se aos
anjos, numa existência de festa, de louvor, de ação de graças, de adoração, de
contemplação; associaram-se aos outros justos que atingiram a vida plena, numa
comunhão fraterna de vida e de amor.
A questão que fica no ar – mesmo
se não é formulada explicitamente – é: não vale a pena apostar
incondicionalmente nesta experiência e vivê-la com entusiasmo?
ATUALIZAÇÃO
A reflexão e a atualização podem
fazer-se a partir das seguintes linhas:
¨ A questão fundamental deste
texto e do ambiente que o enquadra é propor-nos uma redescoberta da nossa fé e
do sentido das nossas opções, a fim de superarmos a instalação, o comodismo e a
preguiça que nos levam, tantas vezes, a uma caminhada cristã morna, sem
exigências, sem compromissos, que facilmente cede e recua quando aparecem as
dificuldades e os desafios…
¨ Jesus intimou-nos a superar a
perspectiva de um Deus terrível, opressor, vingativo, de Quem o homem se
aproxima com medo; em seu lugar, Ele apresentou-nos a religião de um Deus que é
Pai, que nos ama, que nos convoca para a comunhão com Ele e com os irmãos e que
insiste em associar-nos como “filhos” à sua família. Tenho consciência de que
este é o verdadeiro rosto de Deus e que o Deus terrível, de quem o homem não se
pode aproximar, é uma invenção dos homens?
ALELUIA – Mt 11,29ab
Aleluia. Aleluia.
Tomai o meu jugo sobre vós, diz o
Senhor,
e aprendei de Mim, que sou manso
e humilde de coração.
EVANGELHO – Lc 14,1.7-14
Esta etapa do “caminho de
Jerusalém” põe Jesus à mesa, em dia de sábado, na casa de um dos chefes dos
fariseus. Deve tratar-se da refeição solene de sábado, que se tomava por volta
do meio-dia, ao voltar da sinagoga. Para ela deviam convidar-se os hóspedes;
durante a refeição, continuava-se a discussão sobre as leituras escutadas
durante o ofício sinagogal.
Lucas é o único evangelista que
mostra os fariseus tão próximos de Jesus que até o convidam para casa e se
sentam à mesa com Ele (cf. Lc 7,36; 11,37). É provável que se trate de uma
realidade histórica, embora Marcos e Mateus apresentem os fariseus como os
adversários por excelência de Jesus (Mateus apresenta tal quadro influenciado,
sem dúvida, pelas polêmicas da Igreja primitiva com os fariseus).
Os fariseus formavam um dos
principais grupos religioso-políticos da sociedade palestina desta época.
Dominavam os ofícios sinagogais e estavam presentes em todos os passos
religiosos dos israelitas. A sua preocupação fundamental era transmitir a todos
o amor pela Torah, quer escrita, quer oral. Tratava-se de um grupo sério,
verdadeiramente empenhado na santificação do Povo de Deus; mas, ao absolutizarem
a Lei, esqueciam as pessoas e passavam por cima do amor e da misericórdia. Ao
considerarem-se a si próprios como “puros” (porque viviam de acordo com a Lei),
desprezavam o “am aretz” (o “povo do país”) que, por causa da ignorância e da
vida dura que levava, não podia cumprir integralmente os preceitos da Lei.
Conscientes das suas capacidades, da sua integridade, da sua superioridade, não
eram propriamente modelos de humildade. Isso talvez explique o ambiente de luta
pelos lugares de honra que o Evangelho refere.
Convém, também, ter em conta que
estamos no contexto de um “banquete”. O “banquete” é, no mundo semita, o espaço
do encontro fraterno, onde os convivas partilham do mesmo alimento e
estabelecem laços de comunhão, de proximidade, de familiaridade, de irmandade.
Jesus aparece, muitas vezes, envolvido em banquetes, não porque fosse “comilão
e bêbedo” (cf. Mt 11,19), mas porque, ao ser sinal de comunhão, de encontro, de
familiaridade, o banquete anuncia a realidade do “reino”.
O texto apresenta duas partes. A
primeira (vers. 7-11) aborda a questão da humildade; a segunda (vers 12-14)
trata da gratuidade e do amor desinteressado. Ambas estão unidas pelo tema do
“Reino”: são atitudes fundamentais para quem quiser participar no banquete do
“Reino”.
As palavras que Jesus dirigiu aos
convidados que disputavam os lugares de honra não são novidade, pois já o
Antigo Testamento aconselhava a não ocupar os primeiros lugares (cf. Prov
25,6-7); mas o que aí era uma exortação moral, nas palavras de Jesus converte-se
numa apresentação do “Reino” e da lógica do “Reino”: o “Reino” é um espaço de
irmandade, de fraternidade, de comunhão, de partilha e de serviço, que exclui
qualquer atitude de superioridade, de orgulho, de ambição, de domínio sobre os
outros; quem quiser entrar nele, tem de fazer-se pequeno, simples, humilde e
não ter pretensões de ser melhor, mais justo, ou mais importante que os outros.
Esta é, aliás, a lógica que Jesus sempre propôs aos seus discípulos: Ele
próprio, na “ceia de despedida”, comida com os discípulos na véspera da sua
morte, lavou os pés aos discípulos e constituiu-os em comunidade de amor e de
serviço – avisando que, na comunidade do “Reino”, os primeiros serão os servos
de todos (cf. Jo 13,1-17).
Na segunda parte, Jesus põe em causa
– em nome da lógica do “Reino” – a prática de convidar para o banquete apenas
os amigos, os irmãos, os parentes, os vizinhos ricos. Os fariseus escolhiam
cuidadosamente os seus convidados para a mesa. Nas suas refeições, não convinha
haver alguém de nível menos elevado, pois a “comunidade de mesa” vinculava os
convivas e não convinha estabelecer obrigatoriamente laços com gente
desclassificada e pecadora (por exemplo, nenhum fariseu se sentava à mesa com
alguém pertencente ao “am aretz”, ao “povo da terra”, desclassificado e
pecador). Por outro lado, também os fariseus tinham a tendência – própria de
todas as pessoas, de todas as épocas e culturas – de convidar aqueles que
podiam retribuir da mesma forma… A questão é que, dessa forma, tudo se tornava
um intercâmbio de favores e não gratuidade e amor desinteressado.
Jesus denuncia – em nome do
“Reino” – esta prática; mas vai mais além e apresenta uma proposta
verdadeiramente subversiva… Segundo Ele, é preciso convidar “os pobres, os
aleijados, os coxos e os cegos”. Os cegos, coxos e aleijados eram considerados
pecadores notórios, amaldiçoados por Deus, e por isso estavam proibidos de
entrar no Templo (cf. 2 Sm 5,8) para não profanar esse lugar sagrado (cf. Lv
21,18-23). No entanto, são esses que devem ser os convidados para o “banquete”.
Já percebemos que, aqui, Jesus já não está simplesmente a falar dessa refeição
comida em casa de um fariseu, na companhia de gente distinta; mas está já a
falar daquilo que esse “banquete” anuncia e prefigura: o banquete do “Reino”.
Jesus traça aqui, portanto, os
contornos do “Reino”. Ele é apresentado como um “banquete”, onde os convidados
estão unidos por laços de familiaridade, de irmandade, de comunhão. Para esse
“banquete”, todos – sem excepção – são convidados (inclusive àqueles que a
cultura social e religiosa tantas vezes exclui e marginaliza). As relações
entre os que aderem ao banquete do “Reino” não serão marcadas pelos jogos de
interesses, mas pela gratuidade e pelo amor desinteressado; e os participantes
do “banquete” devem despir-se de qualquer atitude de superioridade, de orgulho,
de ambição, para se colocarem numa atitude de humildade, de simplicidade, de
serviço.
ATUALIZAÇÃO
Para a reflexão, considerar as
seguintes linhas:
¨ Na nossa sociedade, agressiva e
competitiva, o valor da pessoa mede-se pela sua capacidade de se impor, de ter
êxito, de triunfar, de ser o melhor… Quem tem valor é quem consegue ser
presidente do conselho de administração da empresa aos trinta e cinco anos, ou
o empregado com mais índices de venda, ou o condutor que, na estrada, põe em
risco a sua vida, mas chega uns segundos à frente dos outros… Todos os outros
são vencidos, incapazes, fracos, olhados com comiseração. Vale a pena gastar a
vida assim? Estes podem ser os objectivos supremos, que dão sentido verdadeiro
à vida do homem?
¨ A Igreja, fruto do “Reino”,
deve ser essa comunidade onde se torna realidade a lógica do “Reino” e onde se
cultivam a humildade, a simplicidade, o amor gratuito e desinteressado. É-o, de
fato?
¨ Assistimos, por vezes, a uma
corrida desenfreada na comunidade cristã pelos primeiros lugares. É uma luta –
para alguns de vida ou de morte – em que se recorre a todos os meios: a
intriga, a exibição, a defesa feroz do lugar conquistado, a humilhação de quem
faz sombra ou incomoda… Para Jesus, as coisas são bastante claras: esta lógica
não tem nada a ver com a lógica do “Reino”; quem prefere esquemas de
superioridade, de prepotência, de humilhação dos outros, de ambição, de orgulho,
está a impedir a chegada do “Reino”. Atenção: isto talvez não se aplique só
àquela pessoa da nossa comunidade que detestamos e cujo nome nos apetece dizer
sempre que ouvimos falar em gente que só gosta de mandar e se considera
superior aos outros; isto talvez se aplique também em maior ou menor grau, a
mim próprio.
¨ Também há, na comunidade
cristã, pessoas cuja ambição se sobrepõe à vontade de servir… Aquilo que os
motiva e estimula são os títulos honoríficos, as honras, as homenagens, os
lugares privilegiados, as “púrpuras”, e não o serviço humilde e o amor
desinteressado. Esta será uma atitude consentânea com a pertença ao “Reino”?
¨ Fica claro, na catequese que
Lucas hoje nos propõe, que o tipo de relações que unem os membros da comunidade
de Jesus não se baseia em “critérios comerciais” (interesses, negociatas,
intercâmbio de favores), mas sim no amor gratuito e desinteressado. Só dessa
forma todos – inclusive os pobres, os humildes, aqueles que não têm poder nem
dinheiro para retribuir os favores – aí terão lugar, numa verdadeira comunidade
de amor e de fraternidade.
¨ Os cegos e coxos representam,
no Evangelho que hoje nos é proposto, todos aqueles que a religião oficial
excluía da comunidade da salvação; apesar disso, Jesus diz que esses devem ser
os primeiros convidados do “banquete do Reino”. Como é que os pecadores
notórios, os marginais, os divorciados, os homossexuais, as prostitutas são
acolhidos na Igreja de Jesus?
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