Como seus amores são belos,minha irmã, noiva minha. Seus amores são melhores do que o vinho, e mais fino que os outros aromas é o odor dos teus perfumes. Por isso Eu quero consumir meus dias, no seu amor! ══════ ღೋ♡✿♡ღೋ═══════

Ani Ledodi Vedodi Li


Mais do que qualquer outro motivo, esta é a razão pela qual quero fazer deste blog um caminho para amarmos mais a Deus, por isso seu nome: “Ani Ledodi Vedodi Li”

Para você entrar em nossos artigos click nas imagens nas laterais e encontrarás os lincks dos artigos postados.

Deus o Abençõe !

E que possas crescer com nossas postagens.

É algo louvável esconder o segredo dos Reis; mas há glória em publicar as obras de Deus!

A Igreja não tem pressa, porque ela possui a Eternidade. E se todas as outras instituições morrem nesta Terra, a Santa Igreja continua no Céu.

Não existem nem tempos nem lugares sem escolhas.

E eu sei quanto resisto a escolher-te.

"Quando sacralizamos alguém essa pessoa permanece viva para sempre!"

Sacralize cada instante de tua vida amando o Amado e no Amado os amados de Deus !


Pe.Emílio Carlos

segunda-feira, 21 de junho de 2010

A ESPIRITUALIDADE DO DESERTO

O deserto é um lugar desabitado, despovoado e solitário. É uma região árida com pouca vegetação devido à escassez da chuva. Os ventos fortes são freqüentes, aumentando assim, a secura do clima.
Os grandes desertos têm uma faixa contínua através do Velho Mundo, desde o Saara, na África, passando pelo Oriente Médio e Ásia Central, até a Mongólia. Seus habitantes são nômades. A população vive onde aparecem os lençóis subterrâneos de água que formam os oásis. Os rios correm fora. Insetos e animais perigosos estão presentes. Alguns são quentes e secos o ano inteiro, outros são gelados no inverno. O camelo vive ali. Ele acumula água na corcova e possui válvulas nasais que impedem a passagem da areia. As tempestades de vento e areia são imprevisíveis e podem ocorrer em qualquer momento do dia ou da noite. É sempre um risco viver no deserto, bem como atravessá-lo.

O povo de Deus no deserto

A história do povo de Israel só é compreendida a partir do deserto. De um povo oprimido no Egito, Deus formou o seu povo eleito, levando-o, através do deserto, até a terra prometida.
Os desertos que o povo de Israel atravessou não eram totalmente desabitados. Algumas fontes de água formavam os oásis em torno dos quais era possível viver, criar alguns animais e realizar algumas plantações. Chuvas e orvalhos, em certos períodos do ano, permitiam a formação de pequenos lugares habitados, ligados entre si por caminhos percorridos pelas caravanas. Algumas cisternas permitiam guardar água o ano inteiro.
Durante quarenta anos o povo eleito viveu no deserto.Para chegar à terra prometida foi necessário passar pelo deserto. Esse foi um tempo intermediário entre a escravidão e a liberdade. Foi um período de altos e baixos, revoltas e murmurações, fome e sede, provações e infidelidades.
A grande murmuração dos israelitas, contra Moisés e contra o próprio Deus, foi pela falta de comida e de água. Quando eles encontram uma fonte, esta é amarga. A murmuração mostra que o povo ainda não assumiu a condição de um povo livre. Porém, a água amarga, símbolo de morte, se transformará em fonte de vida (Ex 15,24-25).
Quais são as murmurações de sua vida ?

O deserto é o lugar da fé.
Só conquista a Terra Prometida quem sabe atravessar o deserto.
Tempo de deserto é sempre de provações, de teste. Ele possibilita averiguar se o povo será capaz de permanecer fiel ao projeto de liberdade. O grande risco é se acomodar na situação já conquistada e não caminhar mais. Por isso, o deserto é o espaço para a tomada de consciência.
O amadurecimento na fé faz o povo lembrar que sempre depende de Deus. O deserto é o lugar do imprevistos. É o símbolo do caos da esterilidade. É a imagem do silêncio e da solidão.
O povo de Deus precisou suportar duras penas durante os quarenta anos em que esteve no deserto. Por outro lado, esse tempo foi também um itinerário de conversão e apelo de salvação. O salmista relembra que o povo endureceu o coração: Oxalá ouvísseis hoje a sua voz! Não endureçais vossos corações como no deserto (Sl 95,8).
A leitura dos símbolos ajuda na mística da fé e na retomada de vida, pois quanto mais o símbolo estiver enraizado na experiência humana, tanto mais ele se transforma em momento de salvação. O salmista fala a todos os homens e mulheres de todos os tempos e lugares. A esperança desaparece quando não se alimenta a fé. A espiritualidade do deserto possibilita esse crescimento da fé. Sempre que houver infidelidades na vida, é necessário voltar ao deserto para encontrar luz interior. O deserto é o espaço de uma profunda experiência mística e supõe despojamento total.
Como você tem enfrentado os períodos de desertos em sua vida?

O deserto florescido

Conforme o livro dos Números,o deserto é um lugar inóspito, sem sementes, sem flores e sem frutos:
Impróprio para a semeadura, sem figueiras, nem vinhas, nem romãzeiras e sem dgua para beber (Nm 20,5).
Também o livro do Deuteronômio diz que: O deserto era grande e terrível, cheio de serpentes venenosas e escorpiões, onde não havia água para beber (Dt8,15). Há algo pior do que a sede, serpentes venenosas e escorpiões? Em suma, o deserto parecia um lugar que não recebeu a bênção de Deus. Era o lugar onde habitavam os demônios e os seus poderes. Porém, há um paradoxo, pois nessa terra maldita, Deus mostra mais de perto o seu amor, derramando as suas bênçãos em forma de maná, o pão do céu. O deserto fez o povo perceber que a vida provém de Deus. Foi o próprio Deus que traçou o caminho pelo deserto. Podemos dizer que o deserto foi a idade de ouro da história da salvação. O deserto faz caminhar e não deixa a pessoa se acomodar. Caminhar é levar consigo o objeto da própria esperança. Todos os caminhos da fé, por mais sinuosos que sejam, conduzem a Deus.
Os obstáculos ali encontrados servem para lembrar que a salvação é dinâmica. O profeta Isaías, ao falar de água para os sedentos, apresenta o deserto florido. Para um povo sem esperança, ele diz: No lugar do deserto colocarei cedro, acácia, mirto e oliveira; na terra seca plantarei ciprestes, olmeiros e pinheiros (Is 41,19).
O povo não deve temer os obstáculos, pois o mesmo Deus que libertou os escravos do Egito vai agora agir de novo, libertando-o da nova escravidão. O deserto florescido e renovado é o símbolo dessa libertação.
•O que você precisa renovar?

João Batista e Jesus
A pregação de João Batista se dá no deserto e não na cidade. Quem quisesse ouvi-lo deveria ir lá para confessar seus pecados e receber o batismo. João Batista tem consciência que deve ser uma voz que clama no deserto. É ele quem vai preparar o caminho do Senhor e aplainar suas veredas. Jesus também, após ser batizado por João Batista, pleno do Espírito Santo, vai escolher o deserto como espaço de preparação para sua missão salvadora. As três tentações que vai enfrentar resumem os conflitos que vai experimentar em toda a sua vida e, sobretudo, no momento da cruz. Poder, prazer e ter são três tentações que sempre estarão presentes no coração de todo homem e de toda mulher; de todos os povos e de todos os tempos. Podemos perceber que as grandes tentações acontecem no deserto. Jesus recupera o deserto maldito e o transforma em símbolo de salvação. O tempo é simbólico. Os quarenta dias que Jesus esteve no deserto recordam os quarenta anos que o povo de Israel esteve no deserto.

A EXPERIÊNCIA DE VIVER UM DIA NO DESERTO

O deserto é um itinerário espiritual, lugar constante de tentações e discernimentos. É escola de vida que faz crescer. Tem caráter provisório e não definitivo. Quem vai ao deserto não pode levar consigo muita bagagem, mas só o estritamente necessário. O coração desocupado dos ídolos sente que só Deus é que conta. O deserto passa a ser o tempo da revelação de Deus, renovação da aliança e restauração da santidade. Assim aconteceu com os primeiros monges: eles fizeram a experiência de Deus.

Alguns passos para o seu dia no deserto:
.Escolher um lugar adequado, tranqüilo e longe do barulho;
•que seja um dia de silêncio e solidão;
•é preciso interromper todo o ativismo e ter coragem de parar
•o principal objetivo deve ser a intimidade com Deus;

escolha o texto bíblico para sua oração e contemplação;
•não se deixe abalar pelas crises e tentações;
•perceba suas fraquezas e pecados e seja perseverante na oração;
•estabeleça algumas metas e atitudes de conversão;
•reveja o seu projeto de vida;
•marque em sua agenda um novo dia de deserto.

Textos para a oração :

•Salmo 95: prostração diante de Deus e as provações do deserto;
.Números 20,1-21: a falta de água no deserto;
•Deuteronômio 8,1-20: os ensinamentos do deserto;
•Isaías 41,8-29: o deserto renovado e água para os sedentos.
Pe.Emílio Carlos +

Nenhum comentário:

Postar um comentário