Como seus amores são belos,minha irmã, noiva minha. Seus amores são melhores do que o vinho, e mais fino que os outros aromas é o odor dos teus perfumes. Por isso Eu quero consumir meus dias, no seu amor! ══════ ღೋ♡✿♡ღೋ═══════

Ani Ledodi Vedodi Li


Mais do que qualquer outro motivo, esta é a razão pela qual quero fazer deste blog um caminho para amarmos mais a Deus, por isso seu nome: “Ani Ledodi Vedodi Li”

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Deus o Abençõe !

E que possas crescer com nossas postagens.

É algo louvável esconder o segredo dos Reis; mas há glória em publicar as obras de Deus!

A Igreja não tem pressa, porque ela possui a Eternidade. E se todas as outras instituições morrem nesta Terra, a Santa Igreja continua no Céu.

Não existem nem tempos nem lugares sem escolhas.

E eu sei quanto resisto a escolher-te.

"Quando sacralizamos alguém essa pessoa permanece viva para sempre!"

Sacralize cada instante de tua vida amando o Amado e no Amado os amados de Deus !


Pe.Emílio Carlos

quarta-feira, 16 de junho de 2010

A Vida Contemplativa ( I )


Cada pessoa é um mistério criado por Deus e, talvez por esta mesma razão, traz em si uma sede insaciável de Deus. Existe no ser humano um "espaço" reservado onde só Deus pode penetrar. Por mais que se queira dar a conhecer, por mais que se revele e se comunique a pessoa sempre se depara com esta realidade de que só Deus pode conhecê-la plena e totalmente.
Quando alguém se vê chamado à vida contemplativa, na verdade está sendo convidado a entrar neste mundo de mistério que traz em si, onde o próprio Deus habita desde o seu batismo.
Contemplar é parar diante de algo - ou Alguém - e ficar olhando. É mais que simplesmente olhar. É olhar em profundidade, penetrando no sentido, no conteúdo, na essência do objeto contemplado. Em sua infinita misericórdia, Deus chama algumas pessoas para viver toda a sua vida na contemplação, mergulhadas no mistério de Deus. E para que possam viver esta vida contemplativa Ele lhes oferece um ambiente propício.
Nos Carmelo são vários meios que ajudam nesta vivência, como por exemplo a clausura, o silêncio, a comunidade, os momentos de solidão, o trabalho e toda a estrutura da vida monástica que têm como objetivo levar as monjas carmelitas ou outro ramos contemplativo, monástico, eremita, cenobitas, a uma profunda intimidade com o Senhor.
A vida num mosteiro é muito simples. Na simplicidade, Deus se revelou a Maria em Nazaré e se revela a Seus filhos a cada momento. Como a Sagrada Família nos 30 anos de vida oculta de Jesus, assim o Contemplativo procura viver.
O que faziam Jesus, Maria e José naqueles anos? A Palavra de Deus diz que Jesus crescia em sabedoria e graça diante de Deus e dos homens, e era submisso a Maria e a José. Também na vida Contemplativa se vive nesta simplicidade, sem fazer alarde, buscando fazer a vontade de Deus, numa vida de oração, de amor e entrega ao Senhor. E aí está o grande mistério da vida contemplativa: é esta vida oculta e simples que Deus transforma em baluarte, em força e vida para toda a Igreja.
"No coração da Igreja eu serei o amor", já dizia Santa Teresinha. Pois este coração da Igreja é a vida contemplativa.
Como o coração não pode ser visto, mas dá vida a todo o corpo, assim a vida contemplativa na Igreja, em seu silêncio e escondimento sustenta o trabalho de todos os que trabalham diretamente no apostolado, nas pastorais, nos movimentos e na evangelização, seja qual for o ambiente em que estiver.
É um mistério de amor e de fé. A pessoa que consagra toda a sua vida a Deus num mosteiro contemplativo, não vê o fruto de sua "vida apostólica", mas ela acredita que, através da simplicidade da sua doação, Deus está fazendo grandes coisas no mundo.
Quando a nós que vivemos contemplativos na ação, o importante não é brilharmos, mas sim levarmos a cabo a missão que nos foi confiada e onde estivermos deveremos repito ser apenas a expressão do amor que temos a Deus.
Este amor precisa de alguém que o receba, e é assim que as pessoas que encontramos nos dão o meio de o exprimirmos.
Precisamos de encontrar Deus, e não é na agitação nem no barulho que poderemos encontrá-Lo.
Deus é o amigo do silêncio. Em que tamanho silêncio não crescem as árvores, as flores e a erva! Em que tamanho silêncio não se movem as estrelas, a lua e o sol!
Não é nossa missão dar Deus aos pobres dos casebres? Não um Deus morto, mas um Deus vivo e que ama. Quanto mais recebermos na oração silenciosa, mais podemos dar na nossa vida ativa. Precisamos de silêncio para sermos capazes de tocar as almas.
O essencial não é o que dizemos, mas o que Deus nos diz e o que diz através de nós. Todas as palavras que dissermos serão vãs se não vierem do mais íntimo; as palavras que não transmitem a luz de Cristo aumentam as trevas.
É preciso acreditar neste mistério. Mas, nem a todos é dado entender. Muitas pessoas pensam que os contemplativos fariam mais se estivessem trabalhando diretamente com o povo... Nem a todos é dado entender que mais vale o ser que o fazer.
O fazer é necessário, mas o "ser" é que arrasta e fermenta a massa. E isto todo batizado é convidado a realizar. Vivendo sua vocação cristã, buscando a intimidade com o Senhor na oração, procurando irradiá-lo com a vida, estará sendo agente de transformação do mundo.

Contemplação e vida contemplativa

Contemplação

O sentido da palavra contemplação não é consensual entre os autores cristãos, que lhe têm associado, ao longo da história, diferentes significados. A seleção de definições que quero apresentar a comunidade neste texto procura, na medida do possível, refletir a opinião de uma importante parcela desses autores e o magistério da Igreja.
A contemplação, "um desenvolvimento normal da graça do batismo" é "a abertura da mente e do coração – de todo o nosso ser – a Deus, o Mistério Último, para além de palavras, pensamentos e emoções".
A contemplação é "uma experiência da presença do Deus Trinitário como o substrato em que nosso ser se enraíza, a fonte de onde jorra continuamente a vida". Presença anterior à nossa experiência dela e que, segundo Santo Agostinho, é mais íntima de nós que nós mesmos.
Fala-se e distingue-se duas formas de contemplação reconhecidas pela tradição da Igreja: a adquirida e a infusa. A primeira forma resulta do esforço humano auxiliado pela graça. É um desenvolvimento natural de uma vida dedicada à oração e a outras práticas contemplativas. Por sua vez, a contemplação infusa é puro dom. O esforço humano é de pequena importância para alcançá-la. Os que a conhecem falam do despertar (muitas vezes inesperado) da consciência viva de uma presença misteriosa e amorosa, abraçando a eles mesmos e a todo o universo.
Por vezes simplesmente referida como um "descanso" em Deus, um "olhar amoroso" para ele, a contemplação pressupõe um estado interior de silêncio, de abandono e apaziguamento. No livro "Espiritualidade, Contemplação e Paz", o Pe. Louis Merton, OCSO (Thomas Merton) menciona cinco "elementos essenciais da contemplação mística":

1. É uma intuição que, em seu nível inferior, transcende os sentidos. No nível superior, transcende o próprio intelecto.
2. Daí ser ela caracterizada por uma espécie de luz-nas-trevas, de conhecimento no "desconhecimento".
3. Nesse contato com Deus, na obscuridade, deve haver certa afinidade amorosa de ambas as partes. Do lado do homem, deve haver desapego das coisas sensíveis, um esforço generoso de renúncia ascética de si mesmo.
4. A contemplação é obra do amor, e o contemplativo prova que ama deixando todas as coisas, mesmo as espirituais, para ir a Deus no nada, no desprendimento e na "noite". Mas o fator decisivo na contemplação é a livre e imprevisível ação de Deus.
5. Esse conhecimento de Deus no "desconhecimento" não é intelectual, nem mesmo, no sentido estrito, afetivo. É um trabalho de união interior e de identificação na caridade divina.

Vida contemplativa

É a vida orientada para a busca de Deus, polarizada pela consciência permanente de sua presença, pelo assentimento a sua ação em nós e pelo continuado abandono a sua vontade. É a vida caracterizada pelo deixar-se transformar, deixar-se construir por Deus.
Ao longo da história o conceito de vida contemplativa tem sido, freqüentemente, assimilado (com certa razão) ao de vida de oração. Por ser a forma de vida monástica aquela que oferece mais oportunidades para a prática regular e intensa da oração, tornou-se comum considerar a vida contemplativa como um privilégio exclusivo dos religiosos das ordens de clausura. Felizmente, superado este engano, é possível hoje estender a todos os cristãos, sejam religiosos, sejam leigos, o convite à vida contemplativa.
Há bons motivos para recusar, por outro lado, a idéia de duas formas inconciliáveis de vida: a vida ativa e a vida contemplativa.Aqueles que estão engajados na vida ativa não devem renunciar à contemplação sob o pretexto de que não levam uma vida contemplativa. Bem ao contrário, eles têm uma razão a mais para apegar-se à contemplação, eles têm uma necessidade mais urgente de oração.
A substância da contemplação não lhes é recusada. Eles devem pedir a graça de uma vida interior bastante intensa, para que mesmo sua ação seja decorrente da superabundância de sua contemplação.

Pe.Emílio Carlos Mancini+
o irmão menor grãozinho de areia
( Continuaremos)

2 comentários:

  1. Que lindo artigo! posso copiar para o meu blog?
    gotinha.

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  2. Gotinha claro que pode.Tudo que fazemos para levar outros e outros a entender o que é nossa vida e para quem fomos criados devemos estar sempre propagando .O Evangelho é um boa nova que não deve ficar escondido.Quando eu entendo a sacralidade do outro, me torno mais sacrado. Assim devo me preocupar em tudo fazer para que o outro se encontre cada vez mais com o totalmente Outro.O Absoluto Amor.

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