Como seus amores são belos,minha irmã, noiva minha. Seus amores são melhores do que o vinho, e mais fino que os outros aromas é o odor dos teus perfumes. Por isso Eu quero consumir meus dias, no seu amor! ══════ ღೋ♡✿♡ღೋ═══════

Ani Ledodi Vedodi Li


Mais do que qualquer outro motivo, esta é a razão pela qual quero fazer deste blog um caminho para amarmos mais a Deus, por isso seu nome: “Ani Ledodi Vedodi Li”

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Deus o Abençõe !

E que possas crescer com nossas postagens.

É algo louvável esconder o segredo dos Reis; mas há glória em publicar as obras de Deus!

A Igreja não tem pressa, porque ela possui a Eternidade. E se todas as outras instituições morrem nesta Terra, a Santa Igreja continua no Céu.

Não existem nem tempos nem lugares sem escolhas.

E eu sei quanto resisto a escolher-te.

"Quando sacralizamos alguém essa pessoa permanece viva para sempre!"

Sacralize cada instante de tua vida amando o Amado e no Amado os amados de Deus !


Pe.Emílio Carlos

terça-feira, 8 de junho de 2010

SEXUALIDADE E REALIZAÇÃO HUMANA: A PROPOSTA DA IGREJA CATÓLICA (II)


II.A sexualidade num tempo de grandes mutações

As mutações vividas em nossa sociedade, nas últimas décadas, afetam fortemente o quadro da sexualidade. Não faz muito tempo que nossas populações tomaram contato com a modernidade, processo que ocorreu através da urbanização acelerada e da industrialização crescente. No Brasil rural, tradicional, toda a vida era organizada a partir de padrões uniformes e unânimes, próprios de uma sociedade heterônoma, com matriz fortemente católica e uma visão centrada em Deus. Os costumes, a moral e a própria sexualidade eram vividos dentro de um quadro estático, que buscava dar às pessoas clareza na vivência de valores, papéis e ritos e afirmava na sociedade uma “coesão” própria da cristandade. A Igreja, inicialmente ligada ao Estado, detinha, junto com a Família e a Escola, a educação.
Praticamente durante três séculos foram sendo amalgamadas as bases que sustentaram a vida dos povos de nossas terras. Forjaram uma religiosidade de matriz católica, oscilando entre uma pastoral rígida e uma flexibilidade moral (2).
Rígida era a postura dos missionários que aqui chegaram diante do mal que campeava por estas terras, tais como os costumes desregrados dos colonos, especialmente na área da sexualidade. Para combater essas dificuldades, as ordens religiosas buscaram reforçar a organização da base familiar de tipo patriarcal e tentaram combater as transgressões sexuais, estendendo a sua ação aos campos da religiosidade e da exploração social. Porém, não faltaram vozes, no Brasil colônia, que incentivaram as “solturas” que tanto incomodavam os missionários jesuítas, por exemplo. Eram vozes oficiais como a de Pero Borges, ouvidor na Bahia, de Duarte da Costa e Mem de Sá. Muitos foram os que tentavam neutralizar o rigor dos inacianos.
Amalgamou-se em solo brasileiro uma visão própria da sexualidade, marcada pela rigidez, por um lado, estigmatizada até, e por certa flexibilidade nos costumes, por outro lado. À medida que a modernidade se impõe, impulsionada pela urbanização e industrialização, a visão de indivíduo passa a ser central. A referência, antes centrada em Deus, passa agora a centrar-se no indivíduo, cuja afirmação faz da sexualidade um campo de domínio e administração livres; este cultiva a idéia de ser “dono” de sua sexualidade e do seu corpo. Usa-os e desfruta deles como bem entende. Trata-os como “objetos”, numa separação do “eu pessoal” e do “corpo” ou a sexualidade. Fora da unanimidade e uniformidade do passado, agora a própria sociedade apresenta-se pluralista e policêntrica.
Vivemos uma “sexualidade plástica”, descentralizada, não mais dependente da reprodução,
mas sim centrada no indivíduo, livre até da subordinação ao masculino.

(*) Nilo Agostini é frade franciscano (OFM), sacerdote, doutor em Teologia Moral pela Universidade de Ciências Humanas de Strasbourg, França.
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2 Cf. N. AGOSTINI, Ética e evangelização..., pp. 60-66.

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