Amor e vida são duas realidades sempre unidas.
São dois termos correlativos.
Onde há amor, há sempre vida, e onde há vida, está presente sempre o amor.
Amor e vida, duas palavras escritas com quatro letras e possuem duas sílabas.
O que é a vida?
Qual é a duração humana na Terra?
O que representa a duração de nossa existência dentro do espaço e do tempo?
Quantos séculos já passaram e quantos outros passarão?
Nesta marcha do tempo a duração de uma vida humana representa apenas uma insignificante fração.
“Sendo mortal, o homem é apenas uma gotinha perdida no oceano do tempo”.
E o tempo o que é ?
O tempo é toda nossa Existência!E que é Eternidade!Eternidade é o tempo sem tempo!
O homem nasce, cresce e morre, mas o amor continua a renovar a primavera da vida, sem cessar. A humanidade continua a existir, porque o amor perpetua sua existência. Cada criança que nasce é um fruto do amor que aparece.
Ao nascer, a criança chora; o choro da criança que nasce é sinal de uma nova vida que começa. E quando alguém morre, os vivos que ficam choram a vida que parte. Lá, o choro da vida. Aqui o choro da morte.
Os homens passam mas a vida continua.
Amor, sublime palavra que guarda o segredo da vida! Uma palavra que encerra um mundo de vida, porque toda a vida no mundo depende da vida do amor.
Infelizmente nem sempre esta palavra “amor” é usada no seu verdadeiro e profundo sentido. Muitos confundem amor e paixão fisica ou sensível. Para outros, amor é prazer ou procura egoísta de si mesmo. Para muitos, amor não passa de uma simples função sexual. Outros, enfim, não acreditam que possa existir o verdadeiro amor. Nunca souberam amar, por isto não acreditam na existência do amor. Para aqueles que não acreditam na existência do verdadeiro amor, é oportuno lembrar: “Muitos olham para dentro de si e nada encontram; disto concluem que também fora deles nada existe”.
Olham para dentro de si mesmos e não encontram o verdadeiro amor, e, por isto, não acreditam que outros possam amar verdadeiramente.
O amor humano que leva um homem e uma mulher a se unirem para sempre, no casamento, não é apenas, ou pelo menos, não deveria ser apenas uma atração fisíca ou sensível e nem exclusivamente uma amizade espiritual. Em toda pessoa humana, encontramos três aspectos, três realidades diferentes. Na pessoa humana encontramos o elemento fisico, o sensível e o espiritual, ou seja: corpo, coração e alma. O corpo dá o elemento fisico, o coração representa a sensibilidade e a alma a espiritualidade.
A criatura humana não é só corpo, nem só alma e nem só sensibilidade, mas é o resultado da união dos três elementos: é corpo, sensibilidade e espírito.
O amor humano que une um homem a uma mulher no casamento deve abranger e penetrar os três aspectos. Se excluirmos um dos três elementos, teremos um amor incompleto, truncado, um amor que não resistirá às dificuldades da vida em comum. O amor leva naturalmente à união de duas almas, de dois corações e de dois corpos. E esta a realidade expressa pela Biblia: “O homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher e serão dois numa só carne”.
A união dos corpos sobrevem naturalmente como complemento da união de duas almas e dois corações. A união total é a sublime e verdadeira expressão do verdadeiro amor.
O homem geralmente se deixa atrair mais pelo amor fisico e sensível, enquanto que a mulher se inclina mais para o lado sensível e espiritual.
A expressão total do amor é a união completa das pessoas, união espiritual, sensível e fisica. Duas almas que se unem, dois corações que se entrelaçam, dois corpos que se abraçam e duas vidas que se fundem num único amplexo de amor.
Nesta comunhão de almas, de corações e de corpos reside a mais íntima e nobre expressão na vida de amor.
A união deve ser sempre a conseqüência espontânea e natural da união espiritual e sensível.
A união dos corpos deve ser sempre a expressão amorosa da união dos corações e das almas Será então uma união que eleva, sublima e enobrece.
A união das almas e dos corações precede sempre a união dos corpos.
A união de corpos sem que exista união de almas e de corações no amor é uma mentira, uma fraude, uma farsa, uma hipocrisia.
O verdadeiro amor nunca vê possibilidade de desquite nem de divórcio. O verdadeiro amor entrega-se para sempre em absoluta fidelidade até a morte. Não é promovendo desquites ou introduzindo divórcio que se irá salvar o casamento e a felicidade conjugal, mas realizando uma séria preparação para o amor.
O amor é sempre fonte de vida.
O que é sua vida?
Tome as quatro letras da palavra ‘vida”.
Com elas você dá a definição:
Verdadeiro
Ideal de
Doação no
Amor.
Vida é o verdadeiro ideal de doação no amor.
O que é o amor? O que é amar?
A palavra “amor” tem o “A” de abnegação, o ‘M” de martírio, o “O” de oferecimento o e ‘R” de renúncia. Temos assim o seguinte acróstico:
Abnegação
Martírio
Oferecimento
Renúncia.
Abnegação, martírio, oferecimento e renúncia são os quatro elementos fundamentais que constituem o verdadeiro e autêntico amor humano, que é sempre fonte de vida.
( Neste meu livro a intenção é : dedicar para todos que queiram amar de verdade e ser cristãos por inteiro."O nobre amor de Jesus estimula-nos a realizar coisas grandes e a desejar coisas sempre mais perfeitas. O amor quer estar no alto e não ser aprisionado por baixeza alguma. O amor quer ser livre e separado de qualquer afeto mundano... de fato, o amor nasceu de Deus, e só pode repousar em Deus acima de todas as coisas criadas. Quem ama voa, corre e rejubila, é livre, e nada o retém. Dá tudo a todos e tem tudo em todas as coisas, porque encontra repouso no Único grande que está acima de todas as coisas, do qual brota e provém qualquer bem" (livro III, cap.5-Imitação de Cristo).
Padre Emílio Carlos Mancini+
Livro: Amar é fazer-se um - Realizar, Realizando-se
Editora Com Deus
Adquira:(016)3382.6881
Livraria Católica Alpha e Ômega.
Nenhum comentário:
Postar um comentário