†RELUZIR O ROSTO DE CRISTO NO MATRIMÔNIO A vida consagrada revela a íntima natureza de toda vocação cristã à santidade e a tensão de toda a Igreja-Esposa para Cristo «seu único Esposo»: “A profissão dos conselhos evangélicos está intimamente ligada ao mistério de Cristo, tendo a tarefa de - de certo modo - tornar presente a forma de vida que Ele escolheu, apontando-a como valor absoluto e escatológico” (Vita consecrata, 29). As vocações a esses estados de vida são dons preciosos e necessários que atestam que ainda hoje o seguimento de Cristo casto, pobre e obediente, o testemunho do primado absoluto de Deus e o serviço à humanidade no estilo do Redentor representam vias privilegiadas para uma plenitude de vida espiritual.
A escassez de candidatos ao sacerdócio e à vida consagrada, que se registra em alguns contextos atuais, longe de levar a exigir menos e a contentar-se com uma formação e uma espiritualidade medíocres, deve pelo contrário impelir a uma maior atenção à seleção e à formação daqueles que, ao serem constituídos ministros e testemunhas de Cristo, serão chamados a confirmar com a santidade da vida aquilo que anunciarão e celebrarão. As famílias são chamadas a desempenhar um papel decisivo para o futuro das vocações na Igreja. A santidade do amor esponsal, a harmonia da vida familiar, o espírito de fé com que se enfrentam os problemas quotidianos da vida, a abertura para os outros, sobretudo os mais pobres, a participação na vida da comunidade cristã constituem o ambiente adequado para a escuta do divino chamamento e para uma generosa resposta por parte dos filhos.
O Sacramento do Matrimônio é fonte e origem do Amor. Achamos que o amor é instintivo, se fosse nos uniríamos por instinto. Amar não é natural, é algo sublime, é santo, pois é a essência mesma de Deus que é Amor. O matrimônio morre, por causa que o centro é o EU, a pessoa. Pessoas centradas em si mesmo. Os casais cristãos reproduzem o mistério do amor, igual o amor de Cristo pela Igreja. O que acontece com os casais cristãos, o que destrói o seu relacionamento, é a indiferença religiosa. Ser um casal cristão significa, instaurar, fazer acontecer o reinado de Deus, a todas as pessoas que eu me relaciono. O Batismo é o nosso mergulho nupcial, a Eucaristia é o Banquete das núpcias do Cordeiro. O Matrimonio é o sacramento reflexo do amor de Cristo pela Igreja sua esposa.
Amar é ter a capacidade de morrer. Jesus é o maior exemplo de Amor. Morreu por sua esposa ainda que pecadora. A espiritualidade conjugal fundamenta-se no mistério do Verbo Encarnado, Jesus Cristo, o Esposo da Igreja. A substância do Livro do Gênesis, repete-se e aprofunda-se na leitura da Epístola aos Efésios: “E os dois serão uma só carne". Este é um profundo mistério, e o que eu digo é que se refere a Cristo e à Igreja”. O arquétipo da espiritualidade conjugal encontra-se na relação entre Cristo e a Igreja. Para o homem e a mulher, que se unem em matrimônio cristão, as implicações são claras. Ambos devem empenhar-se em transfigurar aquilo que ao princípio é primariamente um amor de apego físico, o Eros, naquela espécie de amor que reconhece ser agarrado por e transformado no amor "Ágape" de Deus, aquele amor que se esvazia de si mesmo para receber o outro.
O Papa Bento XVI, escreveu ele em sua Encíclica "Deus Caritas Est": “Do ponto de vista da criação, o "eros" aponta ao homem o caminho do matrimônio, um vínculo único e definitivo; assim e só assim é que ele cumpre o seu mais profundo desígnio. Correspondendo a um Deus único temos um matrimônio monógamo. O matrimônio baseado num amor exclusivo e definitivo torna-se o ícone da relação entre Deus e Seu povo e vice-versa. O modo como Deus ama torna-se a medida do amor humano”. Assim gostaria de deixar claro o meu parecer sobre este tão sublime estado de vida no qual para muitos na comunidade olham para mim e dizem que o Padre faz diferenças entre os estados de vida, acolhendo os celibatários, para mim o Matrimônio cristão é anúncio profético relembro aqui que a comunhão conjugal, união de amor do homem e da mulher, é a mais forte expressão da "imagem de Deus" que trazem gravada no seu coração. Por isso esse amor participa da fecundidade do amor de Deus. Essa fecundidade é total.
Não só participam espiritualmente desse amor divino, entrando na comunhão trinitária e semeando, com o seu amor, a alegria noutros corações, mas partilham com Deus a alegria da criação, gerando filhos, outros homens e mulheres, também eles "imagens de Deus" e vocacionados para o amor. Ao gerar filhos, o homem e a mulher participam no poder criador de Deus. Dize o Santo Padre João Paulo II na Familiaris Consortio: "na sua realidade mais profunda, o amor é essencialmente dom. o amor conjugal, levando os esposos ao conhecimento recíproco que os torna "uma só carne", não se esgota no interior do próprio casal, já que os habilita para a máxima doação possível, pela qual se tornam cooperadores de Deus no dom da vida a uma nova pessoa humana. Deste modo os esposos, enquanto se dão entre si, dão para além de si mesmos, um ser real - o filho, reflexo vivo do seu amor, sinal permanente da unidade conjugal e síntese viva e indissociável do seu ser de pai e mãe".
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