«Contemplando as multidões, encheu-Se de compaixão por elas»
Naquele tempo, Jesus percorria as cidades e as aldeias, ensinando nas sinagogas, proclamando o Evangelho do Reino e curando todas as enfermidades e doenças.
Contemplando a multidão, encheu-se de compaixão por ela, pois estava cansada e abatida, como ovelhas sem pastor.
Disse, então, aos seus discípulos: «A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos.
Rogai, portanto, ao Senhor da messe para que envie trabalhadores para a sua messe.»
Jesus chamou doze discípulos e deu-lhes poder de expulsar os espíritos malignos e de curar todas as enfermidades e doenças.
Ide, primeiramente, às ovelhas perdidas da casa de Israel.
Pelo caminho, proclamai que o Reino do Céu está perto.
Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, purificai os leprosos, expulsai os demónios. Recebestes de graça, dai de graça.
Desde hoje, celebramos de todo o coração o advento do Senhor Jesus Cristo, e não fazemos mais que o nosso dever, porque Ele veio, não só a nós, mas por nós. O Senhor não tem qualquer necessidade dos nossos bens; a grandeza da graça que Ele nos fez mostra bem a dimensão que tinha a nossa indigência. Julga-se a gravidade de uma doença pelo que ela custa a curar. [...]
Tínhamos pois necessidade da vinda de um Salvador; o estado em que se encontravam os homens tornava a Sua presença indispensável. Que o Salvador venha então rapidamente! Que Ele venha habitar no meio de nós pela fé, en toda a riqueza da Sua graça. Que Ele venha arrancar-nos da nossa cegueira, que nos liberte das nossas enfermidades, que tome conta da nossa fraqueza! Se Ele está em nós, quem poderá extraviar-nos? Se Ele está no meio de nós, o que não poderemos fazer n'Aquele que é a nossa Força! (Fil 4,13) «Se Ele está a nosso favor, quem poderá estar contra nós?» (Rm 8,31) Jesus Cristo é um conselheiro absolutamente seguro, que não pode, nem enganar-Se, nem enganar-nos; Ele é uma poderosa ajuda, cuja força nunca se extingue. [...] Ele é a própria sabedoria de Deus, a própria força de Deus (1Co 1,24). [...] Recorramos então todos a tal Mestre: em todos os nossos empreendimentos, invoquemos esta ajuda; no coração dos nossos combates, confiemo-nos a Defensor tão seguro. Se Ele já veio ao mundo, é para habitar no meio de nós, conosco e por nós.
São Bernardo (1091-1153), monge cistercense e doutor da Igreja
7º Sermão para o Advento
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