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Deus a quem está disposto a converter-se
Evangelho: Lucas (Lc 5, 17-26)
Leituras paralelas: Mc 2, 1-12; Mt 9, 1-8; Jo 5, 1-9
Comentando o Evangelho
As verdadeiras amizades
O contexto desta passagem é o ministério de Jesus na Galileia. Ele estava ensinando para os fariseus e doutores da lei, que de fato, não estavam ali para aprenderem, mas para espionarem as atitudes e ações do Messias. Por onde Jesus passava as multidões o acompanhava e o local onde se encontrava estava bem lotado. Daí forma-se o seguinte cenário:
1. O esforço dos amigos foi muito grande. Havia fé tanto através dos quatro, quanto da pessoa diretamente interessada. o paralítico, vítima dos males do pecado;
2. Naquele tempo pensava-se que as doenças eram causadas pelos demônios e pelos pecados (Jo 5, 14);
3. Perdoando os pecados Jesus estava atingindo a causa e não apenas os sintomas;
4. Baseado numa interpretação fundamentalista do AT pelos críticos de Jesus, somente Deus podia perdoar os pecados, e, portanto, como se atreve fazer isso um homem qualquer?
5. Jesus não cura a paralisia, mas os pecados do paralitico: “Homem, seus pecados estão perdoados” (v.20b);
6. Jesus cura o mal pela raiz. Liberta o espírito e o corpo e nada cobra por “estes serviços”;
7. Na época de Jesus o perdão só acontecia no Templo tendo-se como contrapartida do fiel as ofertas e os sacrifícios;
8. Através do paralítico Jesus manifesta os poderes que obteve do Pai: o poder sobre as doenças corporais e o perdão dos pecados.
Como o texto seria atualizado para o tempo presente?
1. A fé é o pressuposto fundamental do fiel cristão; sem ela tudo perde sentido;
2. Quatros irmãos envidaram todos os esforços possíveis para ver o amigo paralítico bem próximo de Jesus, superando todos os obstáculos. Isso é possível nos dias atuais? Claro que sim: evangelizando, tomando parte na missão, fazendo a sua parte, com base no amor e respeito ao próximo. Utopia? Para os incrédulos, sim, para o cristão, tudo é possível pela misericórdia de Deus e pela presença do Espírito Santo aos olhos da fé do cristão. Acredite: amigos existem e se apresentam nas horas mais difíceis;
3. Jesus é amigo de todos; basta que o cristão abra o coração para receber a cura dos seus pecados, dos seus males do corpo e do espírito;
4. Os quatros amigos lembram o poder da comunidade à luz da fé: “Onde duas ou mais pessoas estiverem reunidas em meu nome...”;
5. Jesus fazia tudo de graça, obviamente, com base no amor. Hoje fazemos favores na perspectiva da retribuição. Se não houver o retorno perde-se o amigo, na prática. O desafio para o cristão comprometido com o evangelho é desligar-se dos referenciais puramente materiais e mesquinhos;
6. Faça bem ao próximo sem esperar retonos terrenos, mas seguramente de Deus que está bem ligado em nossas ações e atitudes;
No tempo do Advento abra seu coração e prepare-se bem para receber o presente do Amigo Maior!
A†Ω
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