O QUE É O QUE ME DÁ MEDO?
Mc 4,35-41
Por que sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?
Hoje, o Senhor discute com os discípulos por sua falta de fé: «Ele disse-lhes: Como sois medrosos! Ainda não tendes fé?» (Mc 4,40). Jesus Cristo já havia dado suficientes mostras de ser Ele o Enviado e, mesmo assim, não acreditam. Não notam que, tendo com eles o próprio Senhor, nada devem temer. Jesus faz um paralelismo claro entre “fé” e “valentia”.
Em outro lugar do Evangelho, ante uma situação onde os Apóstolos duvidam, se diz que ainda não podiam acreditar porque não haviam recebido o Espírito Santo. O senhor deverá ter muita paciência para continuar ensinando aos primeiros àquilo que eles mesmos nos mostrarão depois, e do que serão firmes e valentes testemunhas.
Estaria muito bem que nós também nos sentíssemos “repreendidos”. Com mais motivo ainda! Recebemos o Espírito Santo que nos faz sentir capazes de entender como realmente o Senhor está conosco no caminho da vida, se realmente buscamos fazer sempre a vontade do Pai. Objetivamente, não temos nenhum motivo para a covardia. Ele é o único Senhor do Universo, porque «Eles ficaram penetrados de grande temor e cochichavam entre si: Quem é este, a quem até o vento e o mar obedecem?» (Mc 4,41), como afirmam admirados os discípulos.
Então, o que é o que me dá medo?
São motivos tão graves como para pôr em dúvida o poder infinitamente grande como é o do Amor que o Senhor nos tem?
Esta é a pergunta que nossos irmãos mártires souberam responder, não com palavras, mas com sua própria vida. Como tantos irmãos nossos que, com a graça de Deus, cada dia fazem de cada contradição um passo mais no crescimento da fé e da esperança.
Nós, por que não?
É que não sentimos dentro de nós o desejo de amar ao Senhor com todo o pensamento, com todas as forças, com toda a alma?
Um dos grandes exemplos de valentia e de fé, temos em Maria, Auxilio dos cristãos, Rainha dos confessores. Ao pé da Cruz soube manter em pé a luz da fé... que se fez resplandecente no dia da Ressurreição!
Podemos fazer a vontade de alguém somente por obrigação, deixando-o satisfeito mas não feliz.
Podemos ir contra a nossa vontade constrangidos, ficando com o gosto amargo da injustiça.
Podemos fazer a vontade de alguém por amor, abrindo um horizonte de felicidade.
Quando se perde por amor a própria vontade, desaparece o constrangimento e a frustração.
Quando fazemos por amor a vontade de Deus, encontramos a verdadeira liberdade.
Pe. Emílio Carlos Mancini+
grãozinho de areia.
A†Ω
Nenhum comentário:
Postar um comentário