Em Gênesis 17,1, lemos que Deus disse a Abraão: “Eu sou o Deus Todo-Poderoso; anda na minha presença e sê perfeito”.
Andar
na presença de Deus leva-nos ao caminho da perfeição ao mesmo tempo em
que esse andar na presença dele aponta de forma clara as nossas
imperfeições.
Não há como sermos santos e
íntegros se o pecado que abrigamos não for denunciado.
O pecado é,
sociologicamente, compreendido de forma simbólica na organização social
humana.
Ao falarmos de pecado, vêm à nossa mente o que rotulamos como
pior, ou inaceitável, como o adultério, o roubo e o assassinato.
Outras
sociedades também possuem suas compreensões simbólicas do pecado. Entre
os konkombas de Gana, o maior pecado é mentir. Entre os indígenas da Amazônia, talvez seja ser “pão-duro”, ou sovina.
De toda forma, precisamos observar que o pecado, mesmo não embutido de
um simbolismo social degradante, igualmente nos afasta de Deus.
É fácil
censuramos a embriaguez, mas temos dificuldade de confrontar a gula.
Apontamos com clareza a falta de domínio próprio nos relacionamentos,
mas convivemos pacificamente com a inveja. Nós nos iramos contra o
roubo, mas somos tolerantes com o engano.
Quando Paulo nos advertiu, dizendo que a carne luta
contra o Espírito e este contra a carne (Gl 5,17), deixou claro que não
derrotaremos a carne lutando contra a carne.
Derrotaremos a carne nos
enchendo do Espírito.
Isso não dilui a necessidade de estarmos alertas, e I Coríntios 10 afirma que é nossa tarefa resistir e suportar (v. 13).
Significa que os processo de transformação que contrariam a carne em
nossa vida se darão pela presença e atuação do Espírito Santo em nós.
Assim, o maior passo a ser dado para termos vida íntegra e santa é
sermos cheios do Espírito.
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