Como seus amores são belos,minha irmã, noiva minha. Seus amores são melhores do que o vinho, e mais fino que os outros aromas é o odor dos teus perfumes. Por isso Eu quero consumir meus dias, no seu amor! ══════ ღೋ♡✿♡ღೋ═══════

Ani Ledodi Vedodi Li


Mais do que qualquer outro motivo, esta é a razão pela qual quero fazer deste blog um caminho para amarmos mais a Deus, por isso seu nome: “Ani Ledodi Vedodi Li”

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Deus o Abençõe !

E que possas crescer com nossas postagens.

É algo louvável esconder o segredo dos Reis; mas há glória em publicar as obras de Deus!

A Igreja não tem pressa, porque ela possui a Eternidade. E se todas as outras instituições morrem nesta Terra, a Santa Igreja continua no Céu.

Não existem nem tempos nem lugares sem escolhas.

E eu sei quanto resisto a escolher-te.

"Quando sacralizamos alguém essa pessoa permanece viva para sempre!"

Sacralize cada instante de tua vida amando o Amado e no Amado os amados de Deus !


Pe.Emílio Carlos

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Contemplação e experiência de Deus





Nossa estrutura de pensamento está condicionada pela visão antropocêntrica do mundo, herdada do Renascimento, mas ainda muito presente no pensamento contemporâneo. As correntes filosóficas, as ciências assim ditas humanas, as ciências positivas e técnicas e o direcionamento da cultura geral fazem com que o homem tenha a ilusão de ser o centro do universo.

Também no mundo religioso, tanto nos grandes movimentos de apostolado como no silêncio da contemplação, o homem continua voltando o pensamento para si mesmo. No apostolado, os grandes problemas da humanidade giram em torno da fome, da miséria, do analfabetismo e da guerra que o atingem. Na mística, são os estados de ânimo que preocupam o homem: “Deus, mesmo para aqueles que acreditam na sua existência, se existe, existe para o homem. É uma dimensão do homem” (Garaudy, Parole d’homme, Paris 1975).

Esta maneira de ver as coisas faz com que pareça estranha, anacrônica e inadmissível a concepção segundo a qual Deus é o centro para o qual convergem todos os movimentos. Nesta concepção o homem e as coisas passam ao segundo plano, dando espaço para a manifestação do Único Absoluto.

Um outro dado importante que podemos ponderar é a respeito da nossa rotina quotidiana. Nós vivemos recebendo uma grande invasão de informações que nem sempre nos levam a maior interioridade e intimidade com Deus. Em geral, somos muito atarefados com reuniões, visitas, celebrações, entrevistas de aconselhamento. Vivemos cheios de compromissos, de planos e projetos. Tudo isso indica que nossas vidas, pastoral e consagrada, tendem a ser tremendamente secularizadas.
Posto isto, ponho-me a refletir sobre a proposta de nossos retiros pessoais e em rever a nova vida no silêncio e na oração buscando conjugar nossas vidas de oração, contemplação e ação com dias de exercício de contemplação e experiência de Deus”.

Percebo que na Igreja quando se fala muito de contemplar , rezar, oração exercícios espirituais e agora quaresma tempo forte de busca da oração que transforma a vida o coração a existência cristã colhemos os sentimentos em relação a esta proposta algumas dificuldades e resistências. A simples idéia de parar, deixar as nossas atividades, empenhos pastorais, causa uma sensação de perda de tempo. Por outro lado, percebe-se que os fiéis e mesmo os religiosos e sacerdotes sentem a necessidade de maior exercício de contemplação e oração, mas esbarramos sempre no quesito do tempo, dos compromissos pastorais, das necessidades do povo. Ficamos profundamente atingidos e de certa forma dependentes das reações do meio e do momento. Temos enorme dificuldade de parar, fazer silêncio e acolher o convite à transformação.

A resolução parece a buscar uma decisão muito sábia em benefício da qualidade de nosso testemunho de vida nas atividades e compromissos cristãos e de Igreja de Jesus Cristo comprometida com o povo. Na medida em que tivermos a coragem de enfrentar o silêncio e a solidão com Deus, estaremos qualificando os nossos trabalhos apostólicos.

Queremos oferecer a todos os fiéis e mesmo religiosos e consagrados , sacerdotes eficaz meio para deixarmos de ser vítimas de nossa sociedade que continua nos enredando nas ilusões do falso eu.

O Pai seráfico S. Francisco nos aponta para um recurso usado pelo próprio Jesus: o recolhimento na solidão, que é o lugar da grande luta e do grande encontro; luta contra as compulsões do falso eu, e o encontro com Deus. É o que desperta o medo que se oculta ou se disfarça em resistências diversas.

Mas é importante recordar: o tempo que nos é oferecido, não é tempo perdido, nem tempo ou lugar para recarregar as baterias e continuar a competição da vida, nem para descansar... Também pode servir para isso.
Mas esse tempo de contemplação é muito mais convite à solidão, que é o lugar privilegiado da conversão, onde o falso “eu” morre e o verdadeiro renasce, onde morre o velho homem e ressurge o novo.

Percebo no meu próprio viver que é muito dificil entrar na "aventura da morte" junto com o Cristo em sua paixão, morte, para ressucitar para a vida nova . Sim Teresa de Jesus dizia-nos que : " Não vejo outro caminho para alcançar a santidade, a não ser a morte do meu querer!"

Quão dificil é a morte de minha vontade própria , do meu querer, da minha natureza de caida.

Não vai ser tarefa fácil, mas vale a pena tentar. Muitos de nós já tivemos alguma experiência semelhante e sabemos o quanto isso foi decisivo na própria vida. Agora estamos tendo esta oportunidade para aperfeiçoar a nossa vida de santidade , aproveitemos este tempo que Paulo chama de " Káiros" -Tempo favoravél de conversão que é a quaresma – quem sabe – desenvolver um modelo cristão de contemplação que poderá estimular muitas outras pessoas a buscarem o Senhor.

Em visita a nos no seminario menor e propedêutico nosso bispo ao falar conosco seminarista e reitor dizia-nos: " É preciso aprender dosar ação e contemplação.Há pessoas que trabalham muito , mas não rezam. Há outras que rezam muito mas não trabalham. Precisamos aprender a administrar o nosso tempo !"

No início da Quaresma, a Palavra de Deus apela a repensar as nossas opções de vida e a tomar consciência dessas “tentações” que nos impedem de renascer para a vida nova, para a vida de Deus.

Este tempo quaresmal ajuda-nos na busca de uma vida de contemplação e convida-nos a prescindir de uma atitude arrogante e auto-suficiente em relação à salvação que Deus nos oferece: a salvação não é uma conquista nossa, mas um dom gratuito de Deus. É preciso, pois, “converter-se” a Jesus, isto é, reconhecê-lo como o “Senhor” e acolher no coração a salvação que, em Jesus, Deus nos propõe.

Paz e Bem!


A obediência é a sua atenciosa escuta da vontade do Amor e do Amado.A sua mística é fazer-se um só com o Divino numa superação de si mesmo para ser sempre alma Esposa.

Padre Emílio Carlos+

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