Do lado ferido
Naquele tempo, Jesus partiu com os discípulos para as aldeias de Cesareia de Filipe. No caminho, fez aos discípulos esta pergunta: «Quem dizem os homens que Eu sou?»
Disseram-lhe: «João Baptista; outros, Elias; e outros, que és um dos profetas.»
«E vós, quem dizeis que Eu sou?» perguntou-lhes. Pedro tomou a palavra, e disse: «Tu és o Messias.»
Ordenou-lhes, então, que não dissessem isto a ninguém.
Começou, depois, a ensinar-lhes que o Filho do Homem tinha de sofrer muito e ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e pelos doutores da Lei, e ser morto e ressuscitar depois de três dias.
E dizia claramente estas coisas. Pedro, desviando-se com Ele um pouco, começou a repreendê-lo.
Mas Jesus, voltando-se e olhando para os discípulos, repreendeu Pedro, dizendo-lhe: «Vai-te da minha frente, Satanás, porque os teus pensamentos não são os de Deus, mas os dos homens.»
Avançam os estandartes do Rei:
o mistério da Cruz ilumina o mundo.
Na cruz, a Vida sustou a morte,
e na Cruz a morte fez surgir a vida
Do lado ferido
pelo cruel ferro da lança,
para lavar nossas máculas,
jorrou água e sangue.
Cumpriram-se então
os fiéis oráculos de Davi,
quando disse às nações:
«Deus reinará desde o madeiro».
Ó Árvore formosa e refulgente,
ornada com a púrpura do Rei!
Tu foste digna de tocar
tão nobres membros.
Ó Cruz feliz, porque de teus braços
pendeu o preço que resgatou o mundo.
Tu és a balança onde foi pesado
o corpo que arrebatou as vítimas do inferno.
Salve ó Cruz, única esperança nossa,
neste tempo de Paixão aumenta nos justos a graça
e dos crimes dos réus obtende a remissão.
Ó Trindade, fonte de toda salvação!
Ó Jesus, que nos dás a vitória pela Cruz,
acrescentai para nós o prêmio de vossa celeste mansão. Amém.
Hino da Paixão: «Vexilla regis», por Venance Fortunat (530?-600?)
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