Como seus amores são belos,minha irmã, noiva minha. Seus amores são melhores do que o vinho, e mais fino que os outros aromas é o odor dos teus perfumes. Por isso Eu quero consumir meus dias, no seu amor! ══════ ღೋ♡✿♡ღೋ═══════

Ani Ledodi Vedodi Li


Mais do que qualquer outro motivo, esta é a razão pela qual quero fazer deste blog um caminho para amarmos mais a Deus, por isso seu nome: “Ani Ledodi Vedodi Li”

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Deus o Abençõe !

E que possas crescer com nossas postagens.

É algo louvável esconder o segredo dos Reis; mas há glória em publicar as obras de Deus!

A Igreja não tem pressa, porque ela possui a Eternidade. E se todas as outras instituições morrem nesta Terra, a Santa Igreja continua no Céu.

Não existem nem tempos nem lugares sem escolhas.

E eu sei quanto resisto a escolher-te.

"Quando sacralizamos alguém essa pessoa permanece viva para sempre!"

Sacralize cada instante de tua vida amando o Amado e no Amado os amados de Deus !


Pe.Emílio Carlos

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012


DOM DO SER

Somos o que somos por um dom de Deus.

Tempo houve em que nada éramos, em que nada existia, exceto Deus. Naquele tempo não havia tempo, mas pouco importa. Poderei sempre dizer que houve um tempo em que nada existia, para exprimir que o que existe saiu de um querer divino.

Algo existe e nós existimos. É o único fato que realmente ergue uma pergunta. Como se dá que exista alguma coisa? Como? Aqui, o "por que" é secundário. O "como" não tem resposta. É um fato funda­mental e sabemos que as próprias raízes de nosso ser, como as do universo, nos são inacessíveis.

O primeiro ser a ter existência não pode deixar de ter sempre existido . . . Mas o "sempre" não tem nenhum sentido antes de o tempo existir. Antes do tempo, o "sempre" não é mais do que outra maneira de exprimir o supremo poder, o poder de ser de si mesmo. Se houvesse para este ser uma possibilidade de não ser, ele jamais teria existido . . .

Este ser existe e é o que nos interessa agora. Não vem de nenhum outro a não ser de si mesmo. Mas nós vimos dele. Vimos dele e não somos ele. Não somos uma parte de seu ser colocado em novas condições de existência. Não somos uma parcela de divindade lançada num espaço que ela criou ao penetrá-lo.

Deus realizou este ato admirável de nos colocar no ser sem que sejamos ele mesmo; mas somos dele e por ele.-Deus nos deu o ser, a vida. Este ser e esta vida são tanto dele quanto possível sem serem ele. Não somos Deus. Por mais longe que possamos ir na identificação de nosso ser com Deus, existirá sempre uma diferença fundamental entre Deus e nós. Não podemos levar a doutrina da união com o divino ao ponto que a levam os advaítas do hinduísmo. (Os advaítas são aqueles que professam a doutrina da não-dualidade — "advaíta" — do absoluto e da alma). Não cremos numa simples não-dualidade. Cremos que somos de Deus, numa dualidade fundada sobre uma comunicação íntima do dom do ser, numa comunhão de vida. Deus nos dá de sua vida, mas num outro modo, o da criação.

Tais fatos dão à contemplação cristã sua forma essencial e condicionam seu exercício.

O fundamento da contemplação é o dom que Deus faz de sua vida e o contínuo retorno desta vida para o seu autor; sem o constante refluxo para Deus, a vida humana perde todo o seu sentido. É preciso que a vida, em suas raízes profundas e zonas superficiais, em sua unidade essencial e em seus ritmos, harmonize-se com esta relação a Deus de que acabo de falar.

Freqüentemente, nossa contemplação limita-se a ser um olhar do espírito pousado na idéia que faze­mos de Deus.

Também é fácil nos determos no sentimento de uma força que sobe do fundo do ser. A simples cons­ciência da vida que está em nós pode-nos fazer crer que encontramos Deus. Com efeito. Deus está nesta vida ... Dá à vida sua força, seu poder. É preciso, porém, aspirar a uma tomada mais misteriosa, no âmago da alma, deste ser que chamamos Deus e que nos dá a vida. A fé nos guia além de nós mesmos para nos colocar em contemplação diante da fonte de onde de­corre toda a energia contida em nós.

A contemplação muitas vezes não é assim apresentada nos manuais; no entanto, é a esta descoberta de Deus em nossa vida de homem que a contemplação deve levar-nos. O próprio Deus deve ser o objeto e o fim da contemplação.

O problema existe e complica-se pelo fato de, ao procurar Deus, não podermos encontrá-lo sem que ele queira. Podemos nos descobrir numa intuição, mas, se Deus se recusa, não temos, nesta intuição, nenhuma abertura sobre o mistério divino. Ora, Deus que se deixa buscar, já abriu caminho àquele que o busca. Basta que a alma reconheça humildemente que não poderá encontrar Deus fora de sua luz.

Padre Emílio Carlos+

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