Celebramos a Assunção de Maria, isto é, sua subida
ao Céu de Corpo e Alma. Este é um dogma de nossa Igreja que com seu Magistério
e após longos estudos e discernimento determina os Dogmas como verdades
reveladas por Deus o que nos dá garantia para crer sem sombras de dúvidas. Para
muitas pessoas os dogmas são ações arbitrárias da Igreja em determinar leis e
normas que temos que aceitar por uma imposição hierárquica. Mas não é assim. Os
dogmas são verdades que garantem a nossa fé onde podemos crer sem medo,
certamente podemos estudar os dogmas e devemos estudá-los conforme a Igreja nos
orienta.
Assim, hoje
celebramos um dos quatro dogmas Mariano, são eles: “Theotokos” – Mãe de Deus; “Pan-Hagia”
– Toda Santa (Imaculada Conceição); “Aeiparthenos” – Sempre Virgem; E o dogma
da Assunção promulgada pelo Papa Pio XII em 1950 pela Constituição Apostólica
“Munificentissimus Deus”.
O Catecismo da
Igreja Católica nos diz: "‘Finalmente, a Imaculada Virgem, preservada imune de
toda mancha da culpa original, terminado o curso da vida terrestre, foi assunta
em corpo e alma à glória celeste. E para que mais plenamente estivesse conforme
a seu Filho, Senhor dos senhores e vencedor do pecado e da morte, foi exaltada
pelo Senhor como Rainha do universo.’ A Assunção da Virgem Maria é uma
participação singular na Ressurreição de seu Filho e uma antecipação da
ressurreição dos outros cristãos: ‘Em vosso parto, guardastes a virgindade; em
vossa dormição, não deixastes o mundo, ó mãe de Deus: fostes juntar-vos à fonte
da vida, vós que concebestes o Deus vivo e, por vossas orações, livrareis
nossas almas da morte....’” (CEC 966).
A
leitura de Apocalipse nos mostra “uma mulher vestida de sol,
tendo a lua debaixo dos pés e sobre a cabeça uma coroa de doze estrelas”. Este texto se aplica a Igreja, ela é a esposa do
Cordeiro, mas certamente cabe a mãe da Igreja que é a grande representante de
nossa raça diante de Deus e que foi preparada para receber a vinda de Deus em
nosso meio. Ele se fez carne a habitou
entre nós. Assim quando olhamos para Maria não estamos diante de uma pessoa
como as outras ela é o modelo do ser
humano perfeito, é o protótipo da
humanidade, é a única pessoa em todos os tempos que Deus pode olhar e
contemplar sua criação na perfeição original. Ela é o Ícone perfeito do ser humano. Por isso que celebrar Maria é exaltar
a humanidade naquilo que todos nós deveríamos ser. Puxa! Como o pecado nos
desfigura nos deforma ao ponto de não percebermos realmente quem é Maria e
muito ainda duvidar de sua santidade inigualável.
Neste sentido vemos o
papel de Isabel. Na verdade somente quem passa por uma experiência com Deus
pode entender a experiência do outro mesmo que não seja na mesma intensidade,
como é o caso de Isabel. Pense bem. Quem poderia entender a experiência de
Maria? Quem poderia compreender o mistério de Deus em gerar Seu filho no útero
de uma mulher no poder do Espírito Santo? Somente quem tivesse passado por uma
experiência semelhante, Isabel em sua velhice e estéril recebe a graça de gerar
uma vida. Por isso que no encontro das primas, Isabel já proclama “Como posso merecer que a mãe do meu
“Senhor” (Kyrios = Deus) me venha
visitar? Este encontro é uma teofania, uma manifestação de Deus que opera
uma sublime comunhão em Seu Espírito.
Tudo o que Deus anunciou se realiza em Seu tempo.
Jesus disse que ressuscitaria os que nele cressem, pois bem essa ressurreição
já se iniciou e a primeira só poderia ser com o único ser humano perfeito –
Maria. “Como em Adão todos morrem, assim
também em Cristo todos reviverão. Porém, cada qual segundo uma ordem
determinada”. Nesta ordem determinada aparecem em primeiro lugar Maria,
nosso modelo perfeito e Mãe de Nosso Senhor. Feliz de quem entende isso, pois
somente o Espírito Santo pode revelar. Isso mesmo! Nós entendemos os mistérios
de Deus, aceitamos e vivemos os mistérios saboreando a manifestação de Deus
somente na força do Espírito Santo. Por isso quem não tiver a assistência plena
do Espírito Santo não entende essas coisas. E essa assistência está na Igreja
Católica, o Senhor disse: “E eu te
declaro: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do
inferno não prevalecerão contra ela”. (Mt 16, 18).
Assim vemos no Magnificat a profecia feita por
nossa Mãe, a Mãe da Igreja: “eis que agora as
gerações hão de chamar-me de bendita.
O Poderoso fez por mim maravilhas e Santo é o seu nome! Seu amor, de geração em
geração,
chega a todos que o respeitam”.
Chamar Maria de Bendita é glorificar a Deus por tudo o que Ele realizou em
nosso meio para a nossa salvação e Maria foi à pessoa escolhida entre todos os
seres humanos para acolher o Verbo.
Possamos ser como Maria. Que permitamos que o
Senhor seja gerado em nós pelo poder do Espírito Santo e nos configure a Ele.
Antonio
ComDeus
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