Como seus amores são belos,minha irmã, noiva minha. Seus amores são melhores do que o vinho, e mais fino que os outros aromas é o odor dos teus perfumes. Por isso Eu quero consumir meus dias, no seu amor! ══════ ღೋ♡✿♡ღೋ═══════

Ani Ledodi Vedodi Li


Mais do que qualquer outro motivo, esta é a razão pela qual quero fazer deste blog um caminho para amarmos mais a Deus, por isso seu nome: “Ani Ledodi Vedodi Li”

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Deus o Abençõe !

E que possas crescer com nossas postagens.

É algo louvável esconder o segredo dos Reis; mas há glória em publicar as obras de Deus!

A Igreja não tem pressa, porque ela possui a Eternidade. E se todas as outras instituições morrem nesta Terra, a Santa Igreja continua no Céu.

Não existem nem tempos nem lugares sem escolhas.

E eu sei quanto resisto a escolher-te.

"Quando sacralizamos alguém essa pessoa permanece viva para sempre!"

Sacralize cada instante de tua vida amando o Amado e no Amado os amados de Deus !


Pe.Emílio Carlos

sábado, 25 de agosto de 2012


 21º DOMINGO TEMPO COMUM – ANO B
26 DE AGOSTO DE 2012




“O Senhor pousa seus olhos sobre os justos”
(Sl 33,16)


Leituras: Josué 24,1-2a. 15-17.18b; 
Salmo 33 (34); 
Carta de São Paulo aos Efésios 5, 21-32; 
João 6, 60-69 (“Senhor, a quem iremos?”).

COR LITÚRGICA: Verde

Nesta páscoa semanal vemos que após os sinais, o anúncio e as propostas de Jesus sobre o pão da vida, alguns discípulos o abandonam, porque acham suas palavras duras e exigentes. Pedro responde decididamente a pergunta de Jesus. Ele representa a comunidade que se decide pelo seguimento do Mestre. Hoje, último domingo de agosto, comemoramos, de modo especial, a missão dos catequistas e de todas as pessoas que se dedicam à ação evangelizadora em nossas comunidades.

1. Situando-nos brevemente

É uma graça e uma benção estarmos reunidos, celebrando o mistério pascal de Cristo acontecendo em nossa vida e em nosso trabalho. Na Páscoa de Jesus, Deus revelou a sua opção pela humanidade. Jesus venceu, pela cruz, todos os limites que impedem a vida humana de ser feliz e divina.

No centro do Evangelho, está Pedro, que, questionado por Jesus, o identifica como Filho de Deus. E, falando em nome do grupo, decide seguir Jesus: “A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna. Nós cremos firmemente e reconhecemos que Tu és o Santo de Deus”.

Damos graças por essa opção de Deus por nós e pela presença da páscoa libertadora. Abrimos o coração à interpelação que Jesus nos faz, como fez a Pedro, e, a exemplo dos apóstolos, queremos estar com ele no caminho e na luta por uma sociedade diferente, nova e fraterna. Ele nos encoraja a abandonar os ídolos, que nos levam à destruição e à morte.

No último domingo de agosto, lembramos a missão dos catequistas e de todas as pessoas que se dedicam à ação evangelizadora em nossas comunidades e no mundo.

2. Recordando a Palavra

A leitura de Josué lembra que estamos nos anos que se seguiram à entrada do povo na Terra Prometida. Moisés já havia morrido. Josué assume a liderança. Tempos difíceis e com muitas incertezas, por causa do contato do povo com muitos deuses no tempo de escravidão, conservando muitas simpatias no coração por alguns deles.

Josué, depois das conquistas e organizações iniciais, reúne o povo para conservar com ele sobre qual Deus seria o deus oficial. E para não ficarem dúvidas e muito menos inseguranças, exige uma resposta clara, firme e definitiva do povo.

Isso, à primeira vista, parece estranho, uma vez que, no Egito e durante o êxodo, Javé se manifestara libertador, amigo do povo, selando com ele uma aliança no Sinai. Mas os tempos mudaram. A situação econômica era outra, a realidade política tão diferente e as ambições começaram afetar as relações sociais e religiosas. Muitos se perguntavam se Javé deveria continuar sendo o Deus único e capaz de ajudar Israel.

Josué, diante da nova situação, organiza a assembléia de Siquém, reunião constitutiva do povo. É o ponto de partida de um movimentado que tem raiz no êxodo. Todos devem aceitar sua nova identidade de povo da aliança, com repercussões na vida social e política, bem como cultural e religiosa. Exige uma escolha sem rodeios: “Se vos desagrada servir ao Senhor, escolhei hoje a quem quereis servir... Porque, quanto a mim, eu e minha casa serviremos ao Senhor”.

E o povo respondeu sem hesitação: “Longe de nós abandonarmos o Senhor; temos certeza que não há Deus melhor do que Ele”.

As palavras “nos tirou, a nós e a nossos pais...” , tantas vezes repetidas, se referem ao povo reunido em Siquém que não esteve no Egito e, em sua maioria, não passou pelo deserto. Mas todos estavam lá, na casa da escravidão, e todos foram libertos. É a fé em Deus aliado dos pobres, e não o sangue que nos une nessa aliança tribal.

O tema central da assembléia de Siquém é fazer a opção consciente de quem o povo deseja servir. Opta pelo Deus do êxodo: aquele que vê a opressão do povo, que ouve o grito de dor e conhece seus sofrimentos; que está decidido a descer para libertá-lo do poder dos opressores (Ex 3, 7-8). É o Deus de seus pais, o Deus da história. Os deuses “estranhos”, imagens corrompidas de Deus, geram escravidão e morte.

O Salmo 33 (34) constitui uma ação de graças, pela presença e ação libertadora de Deus. Ele escuta a oração dos simples e se faz próximo dos seus sofrimentos. Ensina-lhes sabedoria, mata a sua fome e defende a vida de todos. Por isso, nada falta aos que o procuram e seguem os seus passos. Ele é a paz e salvação dos justos. O salmista convida-nos a louvar a Deus com ele e, aludindo ao grande perigo de que foi libertado, diz-nos como o Senhor é bom e tudo dá aos que o procuram e temem.

Aos Efésios, Paulo sugere orientações para a vida em família e no relacionamento marido-pessoa. Inserido na cultura do tempo, considera o marido cabeça da mulher. Entende o relacionamento homem-mulher na perspectiva da teologia da Igreja, onde Cristo é a sua cabeça.

Ninguém duvida de que a Igreja deva se submeter e obedecer a Cristo-cabeça. E se não fizer isso, perde a sua identidade e razão de ser. Obviamente que, hoje, o mesmo não se pode afirmar na relação marido-esposa.

Mas qual o significado da expressão: “Sejam submissos uns aos outros por temor a Cristo”? Cristo, na verdade, é o ponto de partida para todo o tipo de relacionamento entre as pessoas. E a carta aos Filipenses (2,5-11) explica o sentido do temer a Cristo; Ele se pôs a serviço de todos, desceu ao nível social último e se fez servo obediente até a morte, e morte de cruz.

Nesse contexto, fica clara a missão e a tarefa do marido: “Que os maridos amem as suas esposas como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela. Assim devem os maridos amar suas esposas como a seus próprios corpos. Quem ama sua esposa, ama a si mesmo”.

Não esqueçamos que o autor, nesta carta, desenvolve uma teologia da Igreja: Deus revelou todo o mistério de sua vontade de unir em Cristo todas as coisas.

O Evangelho, conclusão do capítulo 6 de João, mostra como a encarnação e a eucaristia andam de mãos dadas, mexem com as pessoas e as levam a um posicionamento: aceitam Jesus e se abraçam com Ele, ou se chocam e escandalizam com Ele e se afastam do seu projeto de vida e liberdade.

Diga-se de passagem: Jesus, de fato, frustrou as expectativas e esperanças de muitos. Depois dos milagres, sinais e prodígios, concluem: “Este é o profeta que devia vir ao mundo...” e querem agarrá-lo para fazê-lo rei, mas Jesus foge sozinho para a montanha.

Nem todos entenderam a proposta de Jesus, e Ele passa a atualizar o sentido dos acontecimentos. José Bortolini resume a explicação de Jesus: “Na pessoa de Jesus, Deus oferece à humanidade um pão que sustenta para sempre. Esse pão é a pessoa de Jesus, o maior presente que o Pai fez ao mundo. Quem recebe o pão e o assimila (Eucaristia), descobre que Deus lhe confia uma tarefa, que é a adesão a Jesus, tornando-se, também, pão partilhado para a vida de todos (encarnação). Não há meio-tempo: quem recebe Jesus como pão não pode eximir-se da responsabilidade de ser, como Ele, pão para a vida dos outros. A Eucaristia e a encarnação põem as pessoas diante de uma decisão. E aqui surgem muitas crises e abandonos.” (José Bortolini, Roteiros Homiléticos, Anos A, B,C – Festas e Solenidades; Paulus, São Paulo, 2008, p.429).

De fato, a tentação é buscar uma religião fácil, sem compromissos nem maiores conseqüências. Mas, no plano de Deus, essa religião e liturgia não existem. A verdadeira religião é assumir a prática e a doação de Jesus em favor dos menos favorecidos. Liturgia é memória e mergulho no mistério do pão partilhado, a Páscoa de Jesus.

Por causa disso, Jesus decepcionou muita gente. Ele não procurou a glória das pessoas nem prometeu glória aos seus seguidores. A realeza e a glória de Jesus consistem em doar-se radicalmente até esgotar a própria vida.

Eucaristia e glória. O pão não tem fim em si mesmo. Existe para ser consumido e devolver as forças para quem passa fome. Os que amam sabem que a vida não tem sentido se não se traduzir em pão, em dom a ser partilhado com os outros.

E Jesus mostra que a vida é para ser partilhada, e a morte pode se tornar a maior expressão de amor. Ele não dispensa ninguém de dar a vida até a morte, se for preciso. Judas, aquele que entregou Jesus, não entendeu a vida como oferta para os outros. Mas viu a vida como um bem a ser conservado egoisticamente. Em vez de doar a sua vida, entregou Jesus à morte. Ou seja, faz a opção pela morte.

Jesus, antes de elevar-se para a glória de Deus, assume a cruz, numa oferta total de sua vida. Sua “subida” é o gesto supremo de serviço à humanidade que precisa de paz, de reconciliação e de alegria. Muitos o entenderam. Outros não, e, por isso, deixaram de segui-lo, porque sua proposta foi tornando-se muito exigente, humanamente inaceitável.

Confessar que Jesus é o “santo de Deus” e reconhecer que não há outro caminho significa aderir a Ele, continuando e realizando o que Ele fez como peregrino e missionário do Pai.

3. Atualizando a Palavra

Há uma pergunta nos bastidores da Igreja e na consciência dos cristãos: o que significa e implica servir ao Deus verdadeiro, nos dias de hoje?

É duro admitir que a fé na Eucaristia não seja unicamente crer na presença de Jesus nas espécies do pão e vinho, mas também no pobre, no aleijado, no espoliado, no maltrapilho, e que Ele encarna-se na realidade concreta das pessoas.

O que significa ser pão para os outros? Por que muita gente se escandaliza e cai fora quando mostramos os compromissos da Eucaristia? Aparece hoje um certo “espiritualismo eucarístico” que esconde e escamoteia a encarnação de Jesus no contexto histórico.

A fé exige decisão e adesão sem reservas àquele cujas palavras prometem e comunicam a vida eterna. Jesus é efetivamente o enviado que Deus consagrou. A escolha para segui-lo não suprime a liberdade e não impede a possibilidade de traição. Seguir Jesus impõe condições que nem todos aceitam. Servir o Senhor da vida é penoso e exigente, e podemos sucumbir à tentação de “ir embora” e largar o seguimento.

Hoje existem formas discretas de nos retirar da caminhada sem dar muito na vista: ficar na comunidade sem assumir ou sem se importar com o projeto de Jesus, vivendo uma religião como rotina, para ter a consciência em paz; escolher trechos mais convenientes do Evangelho e fingir não ver as exigências cristãs da caridade, da justiça e da ação transformadora da sociedade; inventar um Jesus a nosso gosto, que nos incomode pouco, ou nada, e faça sempre a “nossa vontade”.

Será que é possível se dizer cristão, freqüentar a igreja, sem de fato ter tomado uma decisão verdadeira de seguimento a Jesus e de compromisso com o seu projeto?

4. Ligando a Palavra e a Eucaristia

Na celebração, nos abrimos ao convite que o Senhor nos faz pela Palavra a uma opção decisiva por Ele, superando os estímulos da “carne” para viver no espírito. Professamos nossa fé inspirada na afirmação de Pedro. “A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna. Nós cremos firmemente e reconhecemos que tu és o santo de Deus”.

Na liturgia eucarística, fazemos memória da doação e entrega de Jesus por nós. Rendemos graças por tamanho gesto de bondade e generosidade. Agradecemos ao Pai, que, em Jesus, fez uma opção amorosa e comprometedora pela humanidade. Ao celebrar o “mistério da fé”, somos provocados a superar as aparências e olhar com os olhos da fé o mistério de nossa vida e da vida dos irmãos e irmãs.

Suplicamos que Ele nos ensine a não fugirmos dos conflitos e a não perdemos a alegria de viver, apesar das dificuldades encontradas em nosso caminho. Buscamos forças e inspiração para a nossa maior e mais radical doação em prol de um projeto de vida para todos.

A Eucaristia nos coloca diante de Cristo e nos pede uma opção pronta e decisiva. A Palavra proclamada é luz, e o pão que recebemos é força e alimento, em vista de uma resposta positiva e responsável.


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