Como seus amores são belos,minha irmã, noiva minha. Seus amores são melhores do que o vinho, e mais fino que os outros aromas é o odor dos teus perfumes. Por isso Eu quero consumir meus dias, no seu amor! ══════ ღೋ♡✿♡ღೋ═══════

Ani Ledodi Vedodi Li


Mais do que qualquer outro motivo, esta é a razão pela qual quero fazer deste blog um caminho para amarmos mais a Deus, por isso seu nome: “Ani Ledodi Vedodi Li”

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Deus o Abençõe !

E que possas crescer com nossas postagens.

É algo louvável esconder o segredo dos Reis; mas há glória em publicar as obras de Deus!

A Igreja não tem pressa, porque ela possui a Eternidade. E se todas as outras instituições morrem nesta Terra, a Santa Igreja continua no Céu.

Não existem nem tempos nem lugares sem escolhas.

E eu sei quanto resisto a escolher-te.

"Quando sacralizamos alguém essa pessoa permanece viva para sempre!"

Sacralize cada instante de tua vida amando o Amado e no Amado os amados de Deus !


Pe.Emílio Carlos

sexta-feira, 17 de agosto de 2012


LITURGIA DOMINICAL - ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA

A presente festa é uma grande felicitação de Maria da parte dos fiéis, que nela vêem, ao mesmo tempo, a glória da Igreja e a prefiguração de sua própria glorificação.
A festa tem uma dimensão de solidariedade dos fiéis com aquela que é a primeira e a Mãe dos fiéis. Daí a facilidade com que se aplica a Maria o texto de Ap 12 (1ª leitura), originariamente uma descrição do povo de Deus, que deu à luz o Salvador e depois refugiou-se no deserto (a Igreja perseguida do 1° século) até a vitória final do Cristo.

Na 2ª leitura, a Assunção de Maria ao céu é considerada como antecipação da ressurreição dos fiéis, que serão ressuscitados em Cristo. Observe-se, portanto, que a glória de Maria não a separa de nós, mas a une mais intimamente a nós.

Merece consideração, sobretudo, o texto do evangelho, o Magnificat, que hoje ganha nova atualidade, por traduzir a pedagogia de Deus: Deus recorre aos humildes para realizar suas grandes obras. Deus escolhe o lado de quem, aos olhos do inundo, é insignificante.
Podemos ler no Magnificat a expressão da consciência de pessoas “humildes” no sentido bíblico, isto é, rebaixadas, humilhadas, oprimidas (a “humildade” não como aplaudida virtude, mas como baixo estado social): Maria, que nem tinha o status de casada, e toda uma comunidade de humildes, o “pequeno rebanho” tão característico do evangelho de Lc (cf. 12,32, peculiar de Lc).

Na maravilha acontecida a Maria, a comunidade dos humildes vê claramente que Deus não obra através dos poderosos: antecipação da realidade escatológica, em que será grande quem confiou em Deus e se tomou seu servo (sua serva), e não quem quis ser grande por suas próprias forças, pisando em cima dos outros. Assim, realiza-se tudo o que Deus deixou entrever desde o tempo dos patriarcas (as promessas).

Pois bem, a glorificação de Maria no céu é a realização desta visão escatológica. Nela, é coroada a fé e a disponibilidade de quem se toma servo da justiça e bondade de Deus, impotente aos olhos do mundo, mas grande na obra que Deus realiza. É a Igreja dos pobres de Deus, que hoje é coroada.
A “arte” litúrgica deverá, portanto, suscitar nos fiéis dois sentimentos dificilmente conjugáveis: o triunfo e a humildade. O único meio para unir estes dois momentos é colocar tudo nas mãos de Deus, ou seja, esvaziar-se de toda glória pessoal, na fé de que Deus já começou a realizar a plenitude das promessas.

Em Maria vislumbramos a combinação ideal de glória e humildade: ela deixou Deus ser grande na sua vida. É o jeito… ( “Liturgia Dominical”, de Johan Konings, SJ, Editora Vozes)

Primeira leitura (Ap 11,19a; 12,1.3-6a.10ab)

Salmo (Salmos 44)

À vossa direita se encontra a rainha,/ com veste esplendente de ouro de Ofir.
As filhas de reis vêm ao vosso encontro,/ e à vossa direita se encontra a rainha/ com veste esplendente de ouro de Ofir.
Escutai, minha filha, olhai, ouvi isto:/ “Esquecei vosso povo e a casa paterna!/ Que o rei se encante com vossa beleza!/ Prestai-lhe homenagem: é vosso Senhor!
Entre cantos de festa e com grande alegria,/ ingressam, então, no palácio real.

Segunda leitura (1º Coríntios 15,20-27a)
 
Evangelho (Lucas 1,39-56)

Reflexão:

                                Magnificat: a mãe gloriosa e a grandeza dos pobres

Em 1950, o Papa Pio XII definiu a Assunção de Maria como dogma, ou seja, como ponto referencial de sua fé. Maria, no fim de sua vida, foi acolhida por Deus no céu “com corpo e alma”, ou seja, coroada plena e definitivamente com a glória que Deus preparou para os seus santos. Assim como ela foi a primeira a servir Cristo na fé, ela é a primeira a participar na plenitude de sua glória, a “perfeitissimamente redimida”. Maria foi acolhida completamente no céu porque ela acolheu o Céu nela – inseparavelmente.

O evangelho de hoje é o Magnificat de Maria, resumo da obra de Deus com ela e em torno dela. Humilde serva – nem tinha sequer o status de mulher casada -, ela foi “exaltada” por Deus, para ser mãe do Salvador e participar de sua glória, pois o amor verdadeiro une para sempre. Sua grandeza não vem do valor que a sociedade lhe confere, mas da maravilha que Deus opera nela. Um diálogo de amor entre Deus e a moça de Nazaré: ao convite de Deus responde o “sim” de Maria, e à doação de Maria na maternidade e no seguimento de Jesus, responde o grande “sim” de Deus, a glorificação de sua serva. Em Maria, Deus tem espaço para operar maravilhas. Em compensação, os que estão cheios de si mesmos não deixam Deus agir e, por isso, são despedidos de mãos vazias, pelo menos no que diz respeito às coisas de Deus. O filho de Maria coloca na sombra os poderosos deste mundo, pois enquanto estes oprimem, ele salva de verdade.

Essa maravilha, só é possível porque Maria não está cheia de si mesma, como os que confiam no seu dinheiro e seu status. Ela é serva, está a serviço – como costumam fazer os pobres – e, por isso, sabe colaborar com as maravilhas de Deus. Sabe doar-se, entregar-se àquilo que é maior que sua própria pessoa. A grandeza do pobre é que ele se dispõe para ser servo de Deus, superando todas as servidões humanas. Mas, para que seu serviço seja grandeza, tem que saber decidir a quem serve: a Deus ou aos que se arrogam injustamente o poder sobre seus semelhantes. Consciente de sua opção, o pobre realizará coisas que os ricos, presos na sua auto-suficiência, não realizam: a radical doação aos outros, a simplicidade, a generosidade sem cálculo, a solidariedade, a criação de um homem novo para um mundo novo, um mundo de Deus.

A vida de Maria, a “serva”, assemelha-se à do “servo”, Jesus, “exaltado” por Deus por causa de sua fidelidade até a morte (Fl 2,6-11). O amor torna semelhantes as pessoas. Também a glória. Em Maria realiza-se, desde o fim de sua vida na terra, o que Paulo descreve na 2ª leitura: a entrada dos que pertencem a Cristo na vida gloriosa do pai, uma vez que o Filho venceu a morte.

“Liturgia Dominical”, de Johan Konings, SJ, Editora Vozes

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