AS TENTAÇÕES: VIDA OU MORTE
TEXTO DE APOIO: V 20, 25-28
Introdução:
O mês de novembro se inicia com a festa de todos os santos. No dia seguinte, comemora-se na liturgia o dia dos finados. O chamado à santidade é vocação universal. Todos somos chamados. Santidade é, portanto, graça de Deus e resposta humana a essa graça. Se por um lado somos chamados, por outro lado temos a oportunidade de fazer a escolha. Aceitar ou não ao chamado. Dar resposta afirmativa ou ignorar o chamado ou, mais grave ainda, ir em direção oposta ao convite universal. No Antigo Testamento já nos lembra o Deuteronômio que devemos escolher a vida. Deus é, pois, o Deus da vida. Seu povo é o povo que segue o caminho da vida. O amor é a fonte da vida. No amor é que caminhamos nas veredas da vida. Jesus, pois, é a vida. É Ele o nosso caminho.
Enquanto estamos presos ao tempo e ao espaço, seguimos em meio a sinais de vida e sinais de morte. Muitas vezes é difícil distinguir o que está gerando vida e o que está gerando morte. Ter a lucidez para caminhar é também graça de Deus, graça que sempre devemos pedir: “Enviai, Senhor, o teu Espírito e renovareis a face da terra. Oremos. Ó Deus, que instruístes o coração dos vossos fieis ... fazei que apreciemos retamente todas as coisas, segundo o mesmo Espírito....”
As tentações que Jesus experimentou são as mesmas tentações que Teresa experimentou e que nós também experimentamos. Teresa viveu no século XVI, na Espanha, numa época que os historiadores denominam século de ouro. Época cheia de contrastes – como todas as épocas! Na época de Teresa, a sociedade era dominada pela classe alta, onde supervalorizava a questão do convencionalismo, títulos e tratamentos.
A ação de Teresa vai contra o que pregava o seu mundo (= a sociedade do século XVI). Isso mostra que Teresa está bem inserida dentro da sua realidade, que tinha conhecimento para onde as coisas iam e que, portanto, poderia contribuir seguindo nas mesma direção do mundo ou agindo na contramão da história. Teresa, como Jesus, seguirá na contramão. Chega até a trocar o nome de Teresa de Almada para Teresa de Jesus. Teresa, tal como o Mestre, em palavras e ações, combaterá as tentações e semeará o Reino de Jesus com todo o seu ser. ‘Uma esposa fiel a seu esposo é aquela que assume as causas de seu esposo’. Teresa tinha consciência de que ‘o Espírito do Senhor pairava sobre ela (cf. Lc 4,18-19). Chegará criticar os 3 grandes pseudo-valores de sua época: culto à honra; afã do dinheiro e busca de prazeres. E é com o auxílio da graças – sem ela nada se pode fazer – que Teresa vai tomando consciência de sua vida, de sua vocação, de seu entorno e do que o Senhor queria dela (e, portanto, de como deveria agir para dar contento ao Senhor).
Á medida que vai tomando consciência, Teresa vai deixando as coisas velhas e abraçando as coisas novas; vai morrendo e ressurgindo. Utilizando o linguajar de São Paulo, à medida que vai morrendo o homem velho, vai surgindo o homem novo. Alguma coisa era possível Teresa fazer para matar o homem velho, outras coisas não lhe estava em suas mãos. Era Deus quem deveria dar o golpe final na morte do homem velho. Na linguagem de São João da Cruz, o que se pode fazer para matar o homem o velho no que tange à humana ação chama-se purificação ativa. O que não depende do homem, mas unicamente de Deus, chama-se purificação ou noite passiva. A noite, pois, é graça de Deus. E a graça agiu em Teresa, ou antes, Teresa não colocou obstáculo a ela.
PARA REFLETIR:
1) Você consegue identificar quais são as grandes tentações do mundo presente (ou seja, em nossa atualidade)?
2) Como você se lida com essas tentações? Como você reage diante delas? Você é resistente ou conformista? Você a combate ou consente a ela? Consegue dar exemplos concretos?
3) Muita coisa na gente a gente não consegue enxergar com os nossos olhos. É preciso que tomemos emprestado o olhar do outro. Você já teve oportunidade de enxergar você mesmo pela boca de outro? (esse enxergar é refletir, ponderar, considerar; o outro pode ser desde pessoa até um, texto, um livro).
4) Teresa, em sua vida, venceu as tentações e lutou contra o mundo sendo radical na sua vocação ‘guardando com perfeição a regra que professou’. Você combate as tentações? Como? Dê exemplos concretos.
ODCs Brasil.
com minha benção
Pe.Emílio Carlos+
Introdução:
O mês de novembro se inicia com a festa de todos os santos. No dia seguinte, comemora-se na liturgia o dia dos finados. O chamado à santidade é vocação universal. Todos somos chamados. Santidade é, portanto, graça de Deus e resposta humana a essa graça. Se por um lado somos chamados, por outro lado temos a oportunidade de fazer a escolha. Aceitar ou não ao chamado. Dar resposta afirmativa ou ignorar o chamado ou, mais grave ainda, ir em direção oposta ao convite universal. No Antigo Testamento já nos lembra o Deuteronômio que devemos escolher a vida. Deus é, pois, o Deus da vida. Seu povo é o povo que segue o caminho da vida. O amor é a fonte da vida. No amor é que caminhamos nas veredas da vida. Jesus, pois, é a vida. É Ele o nosso caminho.
Enquanto estamos presos ao tempo e ao espaço, seguimos em meio a sinais de vida e sinais de morte. Muitas vezes é difícil distinguir o que está gerando vida e o que está gerando morte. Ter a lucidez para caminhar é também graça de Deus, graça que sempre devemos pedir: “Enviai, Senhor, o teu Espírito e renovareis a face da terra. Oremos. Ó Deus, que instruístes o coração dos vossos fieis ... fazei que apreciemos retamente todas as coisas, segundo o mesmo Espírito....”
As tentações que Jesus experimentou são as mesmas tentações que Teresa experimentou e que nós também experimentamos. Teresa viveu no século XVI, na Espanha, numa época que os historiadores denominam século de ouro. Época cheia de contrastes – como todas as épocas! Na época de Teresa, a sociedade era dominada pela classe alta, onde supervalorizava a questão do convencionalismo, títulos e tratamentos.
A ação de Teresa vai contra o que pregava o seu mundo (= a sociedade do século XVI). Isso mostra que Teresa está bem inserida dentro da sua realidade, que tinha conhecimento para onde as coisas iam e que, portanto, poderia contribuir seguindo nas mesma direção do mundo ou agindo na contramão da história. Teresa, como Jesus, seguirá na contramão. Chega até a trocar o nome de Teresa de Almada para Teresa de Jesus. Teresa, tal como o Mestre, em palavras e ações, combaterá as tentações e semeará o Reino de Jesus com todo o seu ser. ‘Uma esposa fiel a seu esposo é aquela que assume as causas de seu esposo’. Teresa tinha consciência de que ‘o Espírito do Senhor pairava sobre ela (cf. Lc 4,18-19). Chegará criticar os 3 grandes pseudo-valores de sua época: culto à honra; afã do dinheiro e busca de prazeres. E é com o auxílio da graças – sem ela nada se pode fazer – que Teresa vai tomando consciência de sua vida, de sua vocação, de seu entorno e do que o Senhor queria dela (e, portanto, de como deveria agir para dar contento ao Senhor).
Á medida que vai tomando consciência, Teresa vai deixando as coisas velhas e abraçando as coisas novas; vai morrendo e ressurgindo. Utilizando o linguajar de São Paulo, à medida que vai morrendo o homem velho, vai surgindo o homem novo. Alguma coisa era possível Teresa fazer para matar o homem velho, outras coisas não lhe estava em suas mãos. Era Deus quem deveria dar o golpe final na morte do homem velho. Na linguagem de São João da Cruz, o que se pode fazer para matar o homem o velho no que tange à humana ação chama-se purificação ativa. O que não depende do homem, mas unicamente de Deus, chama-se purificação ou noite passiva. A noite, pois, é graça de Deus. E a graça agiu em Teresa, ou antes, Teresa não colocou obstáculo a ela.
PARA REFLETIR:
1) Você consegue identificar quais são as grandes tentações do mundo presente (ou seja, em nossa atualidade)?
2) Como você se lida com essas tentações? Como você reage diante delas? Você é resistente ou conformista? Você a combate ou consente a ela? Consegue dar exemplos concretos?
3) Muita coisa na gente a gente não consegue enxergar com os nossos olhos. É preciso que tomemos emprestado o olhar do outro. Você já teve oportunidade de enxergar você mesmo pela boca de outro? (esse enxergar é refletir, ponderar, considerar; o outro pode ser desde pessoa até um, texto, um livro).
4) Teresa, em sua vida, venceu as tentações e lutou contra o mundo sendo radical na sua vocação ‘guardando com perfeição a regra que professou’. Você combate as tentações? Como? Dê exemplos concretos.
ODCs Brasil.
com minha benção
Pe.Emílio Carlos+
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