Lc 1, 19
Quando leio no Evangelho que “Maria pôs-se a caminho e dirigiu-se à pressa para a montanha, a uma cidade de Judá” (Lc 1, 39) para ir cumprir a sua obrigação de caridade com sua prima Isabel, vejo-a passar, tão bela, calma, majestosa e recolhida dentro de si com o Verbo de Deus.
Tal como a Dele, também a oração de Maria foi sempre: “Eis aqui.” Quem? “A escrava do Senhor” (Lc 1,38), a última das suas criaturas: Ela, sua Mãe!
Ela foi tão verdadeira na sua humildade porque sempre se esqueceu de si mesma, ignorando-se, liberta de si mesma. Foi por isso que pôde cantar: “Desde agora todas as gerações me hão-de chamar ditosa, porque me fez grandes coisas o Omnipotente” (Lc 1,48, 49).
Esta Rainha das Virgens é também Rainha dos Mártires. Mas foi o seu coração que foi trespassado por uma espada (Lc 1, 35), porque nela tudo se passa no coração. […] Oh, quão bela é de contemplar durante o seu longo martírio, quão serena, envolvida numa espécie de majestade que respira, ao mesmo tempo, força e doçura! É que tinha aprendido com o próprio Verbo quanto devem sofrer aqueles que o Pai escolhe como vítimas, aqueles que decidiu associar à grande obra da redenção, aqueles que “escolheu e predestinou para serem conformes ao seu Cristo”, crucificado por amor.
Ela está ali junto à cruz, de pé, cheia de força e de valentia.
Beata Elisabeht da Trindade (1880-1906)
carmelita
Último retiro, 15º dia
com minha benção.
Pe.Emílio Carlos+
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