Neste período da nossa história marcado pela violência, apresentemo-nos sem armas: apenas com a da reconciliação, dando um passo; a do diálogo, escutando e falando; a do respeito, olhando e ousando falar; a da solidariedade, estendendo a mão… Os desarmados não são gente que baixa os braços dizendo: “nunca se conseguirá!” A vitória é-lhes assegurada pelo próprio Deus: “Glória a Deus e paz na terra aos homens por Ele amados!”
ORAÇÃO NA LECTIO DIVINA.
Na meditação da Palavra de Deus (lectio divina), pode-se prolongar o acolhimento das leituras com a oração.
No final da primeira leitura:
Bendito sejas, Deus nosso Pai! Numa humanidade ferida pelas espadas e pelas lanças das querelas e das guerras, Tu revelaste o caminho da paz, comunicando a Palavra e instruindo o teu povo.
Nós Te pedimos pelas Igrejas espalhadas por todo o universo: que elas irradiem a tua luz para traçar no mundo o caminho da paz.
No final da segunda leitura:
Nosso Pai, nós Te bendizemos pelo tempo da salvação: Tu nos anuncias o fim da noite e a vinda do dia, e em cada domingo se torna presente a ressurreição do teu Filho, Jesus, nosso irmão.
Nós Te pedimos por nós mesmos: guarda-nos das atividades das trevas, reveste-nos para o combate da luz, reveste-nos do Senhor Jesus.
No final do Evangelho:
Nós Te damos graças pela tua vigilância e pela tua solicitude: mesmo nas infelicidades da nossa terra, Tu vigias os teus fiéis, com atenção e bondade.
Nós Te pedimos ainda: que o teu Espírito nos torne atentos e preparados, que o teu Filho Jesus nos encontre em situação de vigilância, na oração e na atenção ao próximo.
PALAVRA EXPLICADA 1: SIÃO.
SIÃO. É a antiga denominação do lugar de Jerusalém, antes da instalação dos Hebreus. Em sentido estrito, este nome designa a colina sul da cidade, mas foi estendido em seguida a toda a cidade (2Re 19,31). E aplicado, em particular, ao lugar do templo (Is 2,3, primeira leitura deste domingo), como lugar da presença de Deus (Am 1,2). A população da cidade era chamada “Filha de Sião”, como é indicado pelos Evangelhos para a entrada de Jesus em Jerusalém (Mt 21,5 e Jo 12,15, que citam Zac 9,9 e Is 62,11). Nas visões cristãs do mundo que virá, o monte Sião é transposto para o céu, para a grande reunião da multidão dos eleitos (os 144.000 segundo Ap 14,1), na cidade celeste do Deus vivo (Heb 12,22). Antigas tradições cristãs situavam igualmente nesta mesma colina de Sião, o local (chamado cenáculo) no qual Jesus tinha celebrado a Ceia e que se considerava também como o lugar onde se encontravam os apóstolos no Pentecostes (Ac 2,1). Nesta compreensão, Sião era, pois, o lugar de nascimento da Igreja.
Na liturgia, isso orientou a compreensão dos salmos, que evocam Sião e a sua aplicação à Igreja.
PALAVRA EXPLICADA 2: VIGÍLIA.
VIGÍLIA. A oração na noite é uma originalidade cristã, como testemunham já os Atos a propósito da prisão de Pedro (12,12), depois de Paulo e de Silas (16,25), e a propósito do encontro de Troas (20,7). Por volta de 250, um regulamento de comunidade (“Tradição Apostólica” 41) justificava a vigília pela parábola do cortejo nupcial e o convite de Cristo a vigiar (Mt 25,6.13), para acrescentar: “os antigos que transmitiram a tradição ensinaram-nos assim que a esta hora toda a criação repousa um momento para louvar o Senhor: os astros, as árvores, as águas e todos os anjos, com as almas dos justos. Eis porque aqueles que crêem devem apressar-se em rezar a esta hora”.
Do século IV veio-nos o testemunho de São Basílio de Cesareia: “Entre nós, durante a noite, o povo levanta-se para se dirigir à casa de oração.
Depois de passar a noite numa salmodia repartida em vários coros e na qual intercalam orações, quando o dia começa já a aparecer, todos juntos, numa só boca e num só coração, fazem subir para o Senhor o salmo da confissão”.
Pensar em Jesus!
Durante a celebração, se há a coroa de Advento com as quatro velas, pode-se pedir às crianças para acender a primeira vela, com uma palavra de introdução. Mas pode-se também pensar em algo relacionado com as palavras de Jesus no Evangelho: “na hora em que menos pensais…” No fundo, ao longo dos dias, pensamos regularmente em Jesus? Um modo de fazer as crianças pensar em Jesus é entregar a cada uma, no final da celebração, uma pequena carta, com o título: “Advento 2010 – Eu penso em ti, Jesus!” E, por baixo, as crianças anotarão durante a semana, os momentos em que terão pensado em Jesus.
PALAVRA PARA O CAMINHO.
Vigiai! Para esperar o quê? Ou quem? Que esperamos concretamente? Vigiai! Como no tempo de Noé ou de Jesus, estamos absorvidos por tantos interesses! Vigiai! A vida é curta! Paulo indica-nos alguns meios muito práticos para ficar vigilantes e reorientar a nossa espera. Vigiai! Em tempo de Advento, em cada dia da semana que nos é dada para viver!
Coroa do Advento
Uma coroa de pinheiro ornada com 4 velas, decorada com laços, pinhas, frutas secas... a Coroa do Advento.
A luz e as folhas protegem dos malefícios e das catástrofes, e as 4 velas simbolizam as 4 semanas que precedem o Natal.
Elas exprimem também as 4 estações do ano e os 4 períodos da vida. A tradição manda acender uma vela a cada domingo durante o período do Advento, até a noite de Natal, quando as 4 velas acesas evocam a luz e o renascimento do Sol.
com minha benção
Pe.Emílio Carlos+
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